terça-feira, dezembro 29, 2009

Se Abra e Seabra



Mistério resolvido, achei o Philippe. Estava em um retiro natalino no interior de Goiás. Agora, enquanto passa pela tradicional descontaminação de pequi, aproveita para contar como foi a mixagem do áudio do DVD em Nova York. Parece que não foi tão fácil quanto imaginava, as gravações tinham vários problemas que exigiu uma perícia tecnológica e habilidades de produção para chegar ao resultado final. Com isso, o Seabra não viu nada da Big Apple, pois ficou trancado dias num estúdio escuro. O resultado valeu à pena, pelo pouco que ouvi (Remota Possibilidade) e pelas declarações entusiasmadas do Sr. Seabra. Vou conferir em breve o show na íntegra.
Uma surpresa e excelente oportunidade que surgiu: a nova novela das 7 da Rede Globo, Tempos Modernos, terá como música tema Até Quando Esperar. Muito oportuno inundar o povão com Plebe Rude justamente num período quando estamos planejando lançar o DVD. Verifiquem as chamadas, acima.

quarta-feira, dezembro 23, 2009

Top 10 de 2009

Chegou o final do ano e a hora das listinhas. Abaixo, os melhores discos de 2009, com modestos comentários justificando cada escolha.

Bibio – Ambivalence Avenue

Cozinha fusion é aquela na qual o chef mistura técnicas e sabores de diferentes gastronomias para criar pratos novos, modernos, tentando sair dos paradigmas da cozinha tradicional. Impossível ouvir o Ambivalence Avenue do Bibio e não fazer o paralelo com a cozinha fusion. Como um chef ousado, Bibio mistura uma guitarrinha limpa e dedilhada, um vocal que me remete à Califórnia hippy (ou folk) com modernos eletrônicos, criando algo totalmente novo. Sabe dosar as guitarras que têm um timbre que normalmente me fariam sair correndo, com as linha melódicas cantadas em falsete, que também causariam enjôos se exageradas, com os blips e as batidas eletrônicas. Se não ouvido com cuidado, pode levar o ouvinte a pensar se tratar de um disco cafona, tal as guitarras passadas pelo Jazz Chorus, os vocais em coro. No entanto, como um prato fusion, os paladares individuais devem ser relegados e o novo, emergente paladar posto sob o holofote. E tem mais, uma capa contendo uma rua cheio da Karmanguias estacionados só pode ser indício de uma pessoa de extremo bom gosto.



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The Phantom Band – Checkmate Savage

Esse disco foi lançado no início do ano. Logo quando saiu, uma critica de um site que respeito muito declarou que já era o disco do ano na opinião do autor. Achei um exagero, mas baixei o disco para saber do que se tratava. Achei tão boas as musicas desses escoceses que resolvi comprar o LP, em vinil. Se tivesse que escolher um rótulo para facilitar o entendimento, diria que é indie-inglês. No entanto, é tocado de uma maneira tão íntima, que não se compara com os outros pseudos Oasis/Blurs/Primal Screams que vivem batalhando um espaço nas páginas do NME (que, graças a Deus ignorou o Phantom Band – hoje estar no NME é igual estar nas páginas da Contigo ou da Atrevida). Os Highlands da Grã Bretanha se fazem presentes no feeling geral do disco, com letras obscuras e climas célticos, se isso é possível de se imaginar. Low key, low production, grande banda. Foi uma das minhas trilhas sonoras de 2009.



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Boys Noize – Power

Grande surpresa o Power, do produtor eletrônico alemão Alexander Ridha. Não apreciei muito o disco de estréia de 2007, Oi Oi Oi, pois não trazia nada de novo ao mundo da eletrônica. Mas esse é outra história. Soa como se o Kraft e o Justice estivessem fazendo um jam para salvar a humanidade do tédio. Experimental sem ser pedante, divertido sem ser clichê. Grande companheira sonora nas viagens feitas com a Plebe em 2009.



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Crookers - I Love Techno

Posso incluir um compilação nos melhores do ano? Sem dúvida! Ainda mais quando se trata de músicas mixadas e preparadas especialmente para esse feito. Os italianos dos Crookers não economizaram nas pesquisas e conseguiram entregar num CD uma festinha portátil. E como tem grave! Isso num sistema bom ou num bom fone de ouvidos (sugiro os do Dr. Dre) é uma experiência sensorial de outro mundo.


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LCD Soundsystem - Bye Bye Bayou

Dos Horrors ao LCD, todos adoram o Suicide. Essa música, a única do disco - um 12 polegadas de um só lado - é uma versão do Alan Vega, ex-Suicide. É pouco, mas é eficiente. O James Murphy tem um grande mérito, bebe das fontes certas e não tem medo de usar suas influências nas suas composições. Só que faz isso de forma bastante criativa. Mesmo assim, em algumas, a gente percebe bem a forma original. Nesse caso, um cover como covers deveriam ser feitos: não tentando imitar o original, mas adicionando a esse o talento do intérprete. Se o novo disco for nessa linha, vai ser uma maravilha.



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Shit Robot - Simple Things

Shit Robot lança seu segundo 12” no DFA. Não são os queridinhos da mídia, com outros artistas do selo, mas eu os coloco lá em cima. Começa com um tema que vai se repetindo, pequenos barulhos sendo acrescentados aqui e ali. Daí começa o rap/canto do xxxxxx, descrevendo como a vida da gente muda com responsabilidade, como é difícil acordar e ir para o trabalho, como até respirar se torna um fardo. Ouço indo para o Banco. Para o final da música, um groove meio disco-not-disco entra e o clima reverte para o entusiasmo. O outro lado, outra versão da mesma música. Altamente recomendada, ainda quero descobrir uma pista onde som assim é tocado.



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White Denim - Fits

Um trio de texanos loucos! Redundância? Nesse caso não, esses caras misturam Grand Funk Railroad, com Hendrix e pintadas de Motown. Resultado? Ares novos para o rock. Gravado nas coxas, mas com um impacto sonoro respeitável. Coladeiras de baixo e guitarra, viradas malucas, vocais setentistas. Um puta disco de Rock, com R maiúsculo, mostrando que há vida inteligente nesse seguimento.



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Yo La Tengo - Popular Songs

Adoro quando bandas se reinventam sem perder o estilo. Ouvi esse disco sem esperar muito, pensando ser outro low fi shoegazer americana rock. Mas a música de abertura, com orquestra simplesmente é fantástica. O resto das obras não decepcionam, tornando uma das boas surpresas de 2009.


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The Horrors - Primary Colours

A volta dos morcegos! Tanta referência óbvia aqui que é quase um pastiche: My Bloody Valentine, Jesus and Mary Chain, the Bunnymen, Cramps, e assim vai a lista. Mas os caras são autênticos e a música é viajante. Serviu como analgésico sonoro durante o ano todo. Altamente recomendado!



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Chilly Gonzales - Wake

Versão chocante de Wake, hino techno original do Erol Alkan & Boys Noize. Com pianinho e melodia. Inacreditável! E no lado B, o próprio Chilly comentando o remake.


terça-feira, dezembro 22, 2009

Back from the USA

De volta e a procura do Sr. Seabra, que, teoricamente, também retornou para o Brasil no mesmo dia que eu. Ele estava lá numa missão muito mais gloriosa: mixar o áudio de nosso DVD. Estou louco para ouvir, pois quando saiu daqui, o Philippe garantiu que seria uma porrada sonora. Ansiedade, ansiedade. Ontem, teve uma batatada na casa do Fê e do Flávio, pré-natal tradicional da tchurma. Esse ano, contamos com a presença do Pedro Hienna, ex- Arte No Escuro, que está aqui vindo de Londres (para onde retorna hoje). Porém, nada do Philippe, que não respondia nem as chamadas no celular que foram constantes durante a noite.

Scooby, temos um mistério em nossas mãos!

quarta-feira, dezembro 16, 2009

Saudações de San Diego


Estou em San Diego, a trabalho. Um fuso horário de 6 horas a menos do que o Brasil está me deixando louco! E pior é que quando acostumar, já estarei voltando. Tijuana, o paraíso dos adolescentes americanos é aqui do lado, atravesando a fronteira para o México. Lá é possível a molecada reprimida beber até cair sem medo da lei. Tem uns show legais lá, inclusive foi cenário de um show clássico dos Cramps.

Tentando não dormir às 16 horas (22 no meu relógio biológico) fui ver Ninja Assassino. A idéia era boa demais para ser verdade: um filme sobre ninjas com toda tecnologia que o cinema moderno pode nos oferecer. Pena que o roteiro é uma merda. Não foi dessa vez que Hollywood nos entregou um bom filme de ninjas. As lutas até que são legais, mas a história é óbvia demais, muita ponta solta, muito clichê.

Não entendo pq Hollywood não pára de usar esse roteristas manjados e contrata sangue novo, do underground, de preferência de fora do cinema, pessoas vindas dos quadrinhos.

Hasta la vista!

sexta-feira, dezembro 11, 2009

The Decapitator





Intervenções artísticas urbanas sempre me interessaram. Desde os vagões de metrô pintados por grafiteiros, até as obras do Keith Harring, admiro essas manifestações e queria muito trazer várias para minha casa. Todos conhecem – e se não conhecem paguem duzentas flexões e vão procurar conhecer – o Banksy, mestre dos artistas urbanos, que ganhou até uma retrospectiva no Bristol City Museum.

Agora tem outro que gosto mais: The Decapitator. O que o cara faz é pegar um anúncio de rua e decapitar o modelo. Muito legal! Vejam as imagens originais e após intervenção. Ele tem uma conta no Flickr que vale a pena conhecer.
Mais interessante foi saber que o Decapitator passou por São Paulo e fez umas intervenções bem bacanas no Iguatemi e nas ruas paulistas. Queria que ele fizesse uma capa para a Plebe Rude – ai meu pescoço!

quinta-feira, dezembro 10, 2009

Indie clipe de Proteção


Adoro esses clipes feitos em casa que postam no You Tube. Esse é de Proteção, com umas imagens bem bacanas.

Philippe deve estar enfurnado num estúdio em NY mixando o áudio do DVD. Volta em dez dias!

terça-feira, dezembro 08, 2009

Nada é o que parece!


Parece que o ano terminou para a Plebe? Parece! Estamos sem fazer shows, as notícias são poucas e não muito informativas. Mas não é a real. Ontem fui ao estúdio do Philippe ver algumas imagens do DVD. Excelentes, tá lindo, vocês estão lindos, estamos todos lindos (papo esquisito, não?). Isso porque, hoje, agora, o Sr. Seabra está num avião rumo aos EUA onde será mixado o áudio do DVD. Volta em dez dias com tudo pronto. Em janeiro, será feito a sincronização com as imagens e daí partimos para escolher que irá lançar e distribuir o primeiro DVD da Plebe Rude.

E ainda, nesse último fim de semana, o Philippe, Nasi, Manteiga e outros músicos deram um super jam em Rezende. Yeah, the train keeps a rollin' all night long!

quinta-feira, dezembro 03, 2009

Até Quando no Blog do Noblat

Como indicado pelo João, no blog do Noblat, entre uma nota sobre o mensalão mineiro e outra sobre um calendário de manifestações contra o Arruda, um vídeo da Plebe Rude tocando Até Quando Esperar no Programa Livre. Yeah!

E agora na TV, um documentário sobre o mestre da Chapada, Raul Seixas. Muito bom!

Sniff Sniff para Lombardi


Como disse a Renata Assunção, as vozes da infância estão se silenciando. Primeiro o Hebert Richards, agora Lombardi. São sons que me acompanharam desde pequeno. Domingos sendo finalizados ao som do Lombardi anunciando abobrinhas para o Silvio Santos, aquela sensação de que o fim de semana está se finalizando e a segunda-feira se aproxima como uma cadeia sobre rodas (para citar o Clash). Ou então aquelas tardes sem nada pra fazer, lição de casa já feita, reprises na Sessão da Tarde sendo encerradas com "versão brasileira Hebert Richards". Um sniff sniff para os dois!

E para finalizar: o Lombardi chega no céu cantando Silvo Santos vem aí!

terça-feira, dezembro 01, 2009

Rap do Arruda!

Cliquem aqui para ouvir o Rap do Arruda. Depois, gravem e fiquem ouvindo a todo volume circulando por Brasília.
Gostei da parte: "para pobre é invasão, para rico é expansão da área verde", isso reflete o DF demais.
Também excelente a parte que diz que vai chorar nos bancos dos réus. Igual ao Sarney, ha ha ha......

segunda-feira, novembro 30, 2009

Nasi toca Plebe no AC/DC


Nasi abriu o show do AC/DC, provando que o rock está acima das Madonas e festivaizinhos da vida!!! E foi bem recebido, claro!

O Concreto Vai Rachar!


Será que agora vamos ser um Distrito Federal ou ainda vamos continuar sendo uma exceção entre os distritos federais do mundo? Digo isso porque nenhum DF que tem uma assembléia legislativa e outros órgãos típicos de estados e municípios. Sendo um distrito que pertence à federação, quem é responsável é o senado, pelo menos esse é o entendimento jurídico. O governador no caso é um representante do Senado, que atua em nome deste.
Sempre desconfio quando algum governante começa a construir estradas e pontes em tudo quanto é lugar. Aí tem coisa!
E os cinqüenta anos de Brasília já estão comprometidos. Que Madona, que nada! Nem Paul McCartney! Vamos chamar The Police!
Voltei de um fim de semana no Rio. Lá, o governador quer educar o povo a não poluir a cidade. Para isso, propõe não recolher o lixo durante um dia. Que porcaria vai dar, heim!

quarta-feira, novembro 25, 2009

Submergido no Rio

Estou preso no trânsito, dentro de um taxi, debaixo de um toró, no Rio de Janeiro. Só assim para arrumar um tempo para atualizar o blog. Na decida para aterrizar no Santos Dumont, o piloto errou a pista e foi um momento de pânico dentro do avião. Mas tudo bem, estou vivo e em solo carioca!

O Philippe passou os últimos dias trabalhando o áudio do DVD. O Clemente ouviu e diz estar impressionante. Com os testemunhos que ouvi sobre a imagem, acho que vamos entregar um belo registro da Plebe ao vivo.

Não perguntem por onde vai sair, nem quando. Vamos finalizar o disco, preparar a capa e depois procurar um interessado em comercializar o produto.

Enquanto isso, o lobby carioca tá crente que vai levar o brasilierão.

sexta-feira, novembro 20, 2009

Mekons - Never Been in a Riot


Depois de escrever o último post, sobre o selo Fast Products, fui pesquisar um pouco mais sobre os Mekons e, mais especificamente, sobre a música Never Been in a Riot. Descobri duas coisas interessantes. Primeira: os Mekons eram amigos pobres do Gang of Four. Foi com os instrumentos deles que gravaram o primeiro disco pela EMI, que errou na arte e colocou fotos do Gof4 na contracapa!!! Segunda: a música era uma resposta ao White Riot, do Clash. "Nunca estive numa confusão e isso tem funcionado para mim!" Muito bom!

"I’ve never been in a riot / Never been in a fight / Never been in anything / That turns out right”

Fast Products



Morava em Sheffield, na Inglaterra, quando o movimento de selos independentes ganhou força. Liderados pela Stiff e pela Factory, muito selos novos surgiram. Cada um tinha seu estilo, objetivos e propósitos. O Fast Products era um que se destacava. Gerenciado pelo Bob Last, começou suas operações a partir de Edimburgo, Escócia, lançando o compacto dos Mekons, chamado “Never Been in a Riot” (tradução: Nunca Estive Numa Revolta/Bagunça/Confusão). Lembro-me de como essa letra me afetou a primeira vez que ouvi a música na BBC, no programa do John Peel. Até então, todos os punks tinham uma imagem de durões, que batiam e perguntavam depois. Os Mekons são os primeiros geek rockers! Vieram falando que nunca tinham estado em brigas, que evitavam confusões. Bacana!

Depois, fiquei chapado com o primeiro compacto do Human League, uma banda da cidade em qual morava, Sheffield, que tocavam só sintetizadores, fazendo um som mais acessível e dançante do que o Kraft. O compacto Being Boiled fez um X adolescente dançar muito sozinho no meu quarto!

Outro compacto dos Mekons é até hoje a minha música de amor favorita de todos os tempos: Where Were You?

Daí, veio o grande divisor de águas: o primeiro compacto do Gang of Four, Damaged Goods. Três sensacionais músicas! Todas regravadas para o primeiro LP pela EMI, mas as versões do compacto da Fast Products são muito melhores, principalmente a microfonia de Armalite Rifle.

O FP também lançou compactos de estréia dos Scars, uma das bandas que mais influenciaram a Plebe e favoritos do Renato Russo (reconheço muitas referências de letras dos Scars nas primeiras composições da Legião), e dos Dead Kennedys.

Outro dia, surfando o eBay, me dei de cara com um leilão da compilação de 1978 do selo chamado The First Year Plan. Fiz um lance e ganhei! O bolachão chegou hoje! Imagine um cara feliz! Tenho, num disco só, os cinco primeiros compactos do Fast Products. Rock n Roll não fica melhor do que isso.

De novo vem a pergunta: porque não funciona selos independentes no Brasil? Será porque não têm identidade (o FP, a Factory , a Rough Trade (no começo) todos tinham uma linha clara de sonoridade)? Será que porque o roqueiro brasileiro não se interessa? Dúvidas......







quarta-feira, novembro 18, 2009

Unidade Repressora Oficial!

Não chega a ser uma censura, mas fui obrigado a colocar um dispositivo nos comentários que me permite filtrar o que vai ou não ser exibido. A gota d'água foi um comentário anônimo de que eu estou me lixando para os amigos dos anos 80s. Em primeiro lugar, respeito muito os idosos. Em segundo, não sou a Capricho para ficar fazendo fofoca sobre a desgraça dos outros. Sobre o Dinho, desejo total e irrestrita recuperação.

Minha intenção não é vetar críticas, por mais tendenciosas que sejam, mas sim esses abusos que ferem minha vida pessoal e dos meus chegados.

Se o Sarney pode censurar o Estadão, eu também posso filtrar o meu blog!

terça-feira, novembro 17, 2009

Pós Prêmio Colunistas


Tata e Clemente
Upload feito originalmente por apmmx
Clemente se diverte e curte um bom prato de raviolli.

Prêmio Colunistas


Prêmio Colunistas
Upload feito originalmente por apmmx
Não foi uma festa estranha com gente esquisita. Pelo contrário, festão normal, com gente normal. O que estava estranho era a Plebe Rude tocando num evento desse porte, ainda mais fechado! Não foi ruim, foi um desafio pelo qual passamos muito bem.

O público estava lá para comemorar mais um fim de ano do mercado publicitário e celebrar as melhores campanhas e profissionais do ano. Muita bebida, muita comida, muita gente. Sempre quando temos muitas pessoas, temos que nivelar por baixo, não adianta querer agradar uns poucos. O problema é que a Plebe era desconhecida para a maioria. Quem conhecia, curtiu. Quem não, a gente conquistou ou afastou, não houve meio termo.

Era sexta-feira 13 e a bruxa estava solta. Som horrível, amplificador de baixo pifa na primeira música. Tive que tocar sem me ouvir. Já tentou? Então sabe que é possível, mas requer uma concentração danada. O Philippe e o Clemente faziam o máximo para atrair as pessoas para perto do palco - elas ficavam à uma distância segura de uns 5 metros (tirando um ou dois mais plebeus). Tocamos até uns covers para animar o povo.

Saímos do palco e, para nossa surpresa, pediram bis. Voltamos animados e acho que viramos o jogo. Saldo final: festa normal, com gente normal, com a Plebe feliz!

segunda-feira, novembro 16, 2009

Set-up do Txotxa.


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Upload feito originalmente por Plebe Rude
Adora essa foto do set-up do Txotxa, completo com garrafas de água e toalhinha em cima do banco. Também do Jefferson Modesto.

Fotos: Guará


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Upload feito originalmente por Plebe Rude
Fotos novas do show do Guará foram adicionadas ao álbum no Flickr. São do Jefferson Modesto, que deveria mudar o nome, pois, modéstia a parte, o cara é muito bom.

sexta-feira, novembro 13, 2009

Hoje tem Plebe no Prêmio Colunistas


Anualmente a comunidade publicitária de Brasília se reúne para premiar os melhores do ano. É um jantar festa, com muita comida, bebida e shows. Esse ano, a Plebe será uma das atrações.

De quebra, um videozinho legal encaminhado pelo Alex Seabra (que estará aqui na próxima sexta!)

Alguém notou ou sou eu o paranóico? Há um complô para o Fluminense não cair. Primeiro, anulam um gol legal do Obina. Aí, teve aquele gol roubado do Palmeiras contra o Sport. Com isso, garantiram o rebaixamento do time Pernambucano, deixando menos chances para o tricolor cair. Quero só ver o que vão aprontar contra o Furacão, no domingo!

quarta-feira, novembro 11, 2009

Plebe no Gama


Vídeo amador feito no show do Gama por alguém da platéia. Mostra bem como foi difícil pegar um palco caótico, com garrafas jogadas e monitores fora de lugar. A gente teve que ir acertando tudo nas primeiras músicas.

Amanhã chega o Clemente para uma rodada de ensaios, eba!

terça-feira, novembro 10, 2009

Caê Come Gordon!


Caetano Veloso ignora a Luana Piavoni e dá em cima de Kim Gordon! O velho tá caído, mas ainda sobe, ha ha ha ha..... Thruston Moore, com sua formação católica, ficou chocado e reclamou para a imprensa. Muito boa essa! Legal, lendo o livro, é que o SY é louco só na música. Fora, são bastante tradicionais - basta ver o casamento de décadas se segurando dentro da banda. Dá-lhe, baiano! E vá pra casa ouvir alguns LPs do SY para se inspirar!

domingo, novembro 08, 2009

Sonic Youth - O Livro



Tem um pintor famoso chamado Jackson Pollock. Vendo os quadros do cara, temos a impressão de que, num acesso de raiva, o artista pegou um monte de cores e jogou na tela, criando um efeito bonito, porém caótico. Um filme sobre o pintor, com o Ed Harris, que assisti me mostrou que havia um método por trás da loucura. Toda gotinha de tinta, todo borrão, toda mancha tinha uma razão de ser, era planejada e executada.

O que isso tem a haver com o Sonic Youth? É que ouvindo a música dos caras, a gente tem a impressão que entram no estúdio, ligam as guitarras e fazem um zoeira dos infernos, assim, num módo randômico. Mas lendo o livro "Goodbye 20th Century", do David Browne, aprendemos que não é bem assim. Como o Pollock, no Sonic Youth tem um método por trás da sua loucura.

Para mim, Sonic Youth é o máximo em bandas de guitarra. O que eles fazem, o som que eles tiram das guitarras é algo que é forte suficiente para Jimmy Page, Clapton e Jeff Beck ficarem rúbros de vergonha e se esconderem debaixo de seus armários. A história deles é muito boa, mostra como uns caras tentando fazer um som atual, conseguiram passar dos limites.

Tenho como meta ouvir toda a coleção do SY enquanto leio o livro. Uma tarefa nada fácil, pois, sonoricamente falando, tenho muito tempo de barulho e microfonia pela frente. Já estou no Evol, um dos que conheço bem e para qual acendo uma vela a cada temporal.

O que mais me identifiquei foi com o Thruston Moore. O cara passou pelas mesmas fases do que eu, ouvia as mesmas coisas e ficou imerso no úniverso do pós-punk no início dos anos 80s. Até a fase dele de namorar o hardcore americano, que conseguiu fazer um mercado paralelo que não dependesse de MTV ou distribuição major, eu passei (com as mesmas frustrações quando descobrimos que os HCs tinham preconceito de qualquer coisa que não fosse HC!).

Pena que não fui no show em SP! Na próxima....

sexta-feira, novembro 06, 2009

Plebe para os Plebeus!

Que história mais doida! A gente arruma um jeito de penetrar nesse mundo de shows fechados - históricamente ocupado por bandas como Lulu Santos, Paralamas e Capital - e os plebeus crucifixam a gente. Pior, acusam a Plebe de renegar os fãs!

Quem conhece nossa tragetória, já foi em nosso camarim, já conversou com a gente, sabe que tudo isso é uma grande falácia. Sempre botamos o plebeu em primeiro lugar, seja no direcionamento da energia do show, seja nas entrevistas.

Agora, podemos tocar onde bem entendermos! Levar nosso som para audiências cada vez maiores. Isso não significa venda para o sistema, mas sim uma penetração no status quo musical.

É muito bonito o carinha criticar por criticar. Enquanto isso, nós vamos expandindo nossa base, sem mudar nossa música.

Ainda bem que a opinão de poucos, não significa a concordância da minoria silenciosa que nos apóia.

Plebe para os plebeus! Presentes, passados e futuros!

quarta-feira, novembro 04, 2009

Uma pausa para os comerciais....


Cumbuco - André na Jangada
Upload feito originalmente por apmmx
Foi isso que aconteceu. Fui recarregar minhas baterias em Cumbuco, Ceará. Só sol, peixe, mar, Rosinha e Ana durante três dias.

O show de Taguatinga foi bom, mas os atletas (era uma apresentação dentro de uma competição) foram embora, porque começou tarde demais! Atleta dorme cedo!

No dia 13, tocaremos um show fechado em Brasília para os Colunistas. Se você for um, sorte sua!

quarta-feira, outubro 28, 2009

25 Festival de Música do Gama


25 Festival de Música do Gama
Upload feito originalmente por Plebe Rude
Excelente foto tirada pela Rosinha, que pegou bem a paradinha de O Que Se Faz. Os shows foram bons, é importante tocar nas cidades satélites, levar a música e cultura até lá. Ainda mais nós, uma banda do DF. Tirando o monta-desmonta-monta, a chuva, as quedas de energia e os atrasos, foi tudo muito legal, público energético e entusiasmado. Só valeu!


Mais fotos do show em nosso Flickr (link aí do lado!)

Camarim no Guará


Camarim no Guará
Upload feito originalmente por Plebe Rude
Vejam só que foto legal, que espelha bem a maratona Guará/Gama que enfrentamos nesse domingo. Logo na saída do hotel para o Guará, encontramos o Fred (Supergalo/Raimundos), que nos acompanhou nessa epopéia e ainda fez uma aparição no meio de Até Quando Esperar.


Mais fotos do camaim do Guará aí do lado, no link do Flickr.

terça-feira, outubro 27, 2009

Novas Fotos do Clash


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Upload feito originalmente por Plebe Rude
Novas fotos do show do Clash no nosso Flickr! Dessa vez da Elizabete e da Fabiane.

segunda-feira, outubro 26, 2009

Clash 24/10/2009


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Upload feito originalmente por Plebe Rude
Foi aberto no Flickr álbum com fotos do Clash, que estão chegando aos poucos. Por enquanto, só fotos do Alexandre Black. Mas são mais de 100! E ainda um vídeo. Mais virão.

A casa está tentando estabelecer um horário alternativo de shows, tendo em vista que após a meia noite abre suas portas para a turma eletrônica. Não pegou ainda, mas o pouco público presente viu uma das melhores apresentações da Plebe do ano.

Aqui o link: http://www.flickr.com/photos/pleberude/sets/72157622666384264/

domingo, outubro 25, 2009

Hoje tem Guará e Gama!!!


Esporte Radicais ou Festival de Múscia? Você escolhe: Guará ou Gama? Ou os dois!!!

Já estamos no DF prontos e motivados.

A foto aí é de ontem, no Clash, que comentarei em postagem futura. Agora tô com sono.

quinta-feira, outubro 22, 2009

Jornada Dupla no Domingo



Nesse domingo, jornada dupla. Um show no Gama, outro no Guará.

Tocaremos no XXV Festival de Música Popular do Gama. Se não me engano, também tocamos no primeiro. Mas com certeza já tocamos nesse festival, antes até da gravação do Concreto. Lembro-me de uma bandeira enorme da Elis Regina atrás do palco e nós, como protopunks que éramos, não achamos legal.

No Guará, tocaremos no II Jogos Radicais de Brasília, junto com os Detonautas. O Philippe tá todo animado pensando que jogo radical é torcer por uma vitória do Fluminense....

quarta-feira, outubro 21, 2009

Canecão ++fotos


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Upload feito originalmente por Plebe Rude
Agora foram adicionadas ao Flickr as fotos do Dário Alvarez. Essa do Philippe com a camisa do Fluminense é um achado. Segundona, lá vamos nós.

Plebe Rude no Canecão + Fotos


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Upload feito originalmente por Plebe Rude
Agora são as fotos do Marcelo Rocha que foram adicionados ao nosso Flickr. Confiram.

Happy happy, Joy joy.


Tô feliz. Hoje, chegaram em casa duas caixas enormes, por meio do Sedex 10. Eram minha mala e meu baixo, que tinham sido roubados pelo Living Colour. Parabéns ao Hotel Princess de Copacabana, principalmente a gerente Invonete, que assumiu o erro e apresentou a solução, coisa rara em nossa cultura.

terça-feira, outubro 20, 2009

Novas Fotos do Canecão


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Upload feito originalmente por Plebe Rude
Estão chegando novas fotos do Canecão. Vejam nosso Flickr, link aí do lado, para checar as excelentes fotos do MacVanl.

segunda-feira, outubro 19, 2009

Canecão

Três vídeos em HD para vocês:




Canecão/Rio de Janeiro


Canecão/Rio de Janeiro
Upload feito originalmente por Plebe Rude
Foto do público tirada pela Lomo Fisheye nº 2.


O show do Canecão foi muito legal. É bom voltar ao Rio com estilo. No mesmo dia, o Living Colour estava tocando no Circo Voador. Além disso, estavam hospedados no mesmo hotel que a gente. Na saída, uma confusão dos empregados do hotel, eles levaram meu baixo MusicMan e minha mala! Fui assaltado pelo Living Colour!!! Quero meu baixo de volta!

As únicas fotos que tenho por enquanto são as que tirei com minha Lomo Fisheye nº 2. São meio experimentais, mas acho que agradarão pelo inusitado. Sigam o link.
No vôo de volta, pensei que seria o fim da Plebe. Turbulência dos infernos, Thor querendo se vingar da gente. O Philippe tentou dar uma de blasé, nem ligando. Já eu, rezei mais em 2 horas do que na minha vida inteira. Funcionou.


Canecão/Rio de Janeiro

sábado, outubro 17, 2009

Show no Canecão/RJ

Ontem foi nosso oitavo show no Canecão, tradicional casa de espetáculos no Rio de Janeiro. Veio uma sensação de nostalgia, relembrando de uma só vez todos os outros. Minha mente foi inundada com lembranças do Alternativa Nativa, do lançamento do Nunca Fomos, do show do Enquanto a Trégua Não Vem, do Gutje, Jander e todos que trabalhavam com a Plebe nos bastidores. Temos uma história e tanto!

O show de ontem estava insirido na festa Naftalina, da Transamérica, um dos programas mais antigo da rádio. De uma época quando até as grandes estações tocavam rock e tinham programações diferenciadas. Tocamos muito bem, para um público animadíssimo, casa cheia. Estou querendoas fotos, mandem!

quarta-feira, outubro 14, 2009

segunda-feira, outubro 12, 2009

Agenda de Outubro.



Mais shows da Plebe em outubro, inclusive uma jornada dupla no domingo, dia 25:

Naftalina Radio Transamerica Canecão/RJ Dia 16 de Out./09 Sexta Feira 22H00

Clash Club/SP Dia 24 de Out./09 Sábado. 21H00

Esportes Radicais/Guará 2/DF Dia 25 de Out./09 Domingo 21H00

Teatro de Arena Festival/Gama/DF Dia 25 de Out./09 Domingo 23H30MIN

sexta-feira, outubro 09, 2009

Retrô X

Retrô, eu? Antes que alguém me acuse de ser um negador dos avanços tecnológicos, um iconclausta moderno, quero deixar claro que não abandonei nosso queridinho mundo digital. Ainda tenho meus gigabytes de MP3, minhas queridas fotos que posso mandar para todos e até postar no blog e meus documentos em pdf. No entanto, um dia, parei para perguntar: "se tudo isso é digital, como é que não posso tocar com meu dedo?"

A partir daí, comecei a ter saudades de manipular um LP (para os muito novos: aquele bolachão de vinil que usamos para ouvir músicas num toca-discos). Fiz uma pesquisa e descobri que há um mercado florescendo vendendo discos novos, de vinil virgem (porque aquilo que a gente ouvia nos anos 80s era tudo reciclado, perdendo qualidade a cada reprensada), agora com 180 gramas e sulcos profundos para melhor reproduzir o som. Timidamente, comprei o novo Sonic Youth em vinil. Depois alguns compactos (Joe Strummer tocando The Harder They Come, entre eles), uns EPs e quando vi, estava viciado em ouvir LPs novamente. Meu harddrive, contendo milhares e milhares de músicas, está com inveja, mas sentar no sofá, ouvindo um som, com a capa na mão é meu novo hobby caseiro.



Em recente viagem à Alemanha, Alice e eu passamos muito tempo dando uma olhada nas sessões de LPs nas lojas e, principalmente, nos mercados de pulga. Muitos achados bons, entre eles o único e maravilho LP do Fred Banana Combo (vide o vídeo abaixo, aliais, ouça, porque a imagem não tem nada a ver com a banda).


Também fui conquistado pelo filme de fotografia por meio das máquinas Lomo. Entrei na Lomografia, que usa câmeras Lomo, de plástico, baratas, mas produzem fotos lindas (vide abaixo). Minha digital está na prateleira, pegando poeira. Esperem muitas fotos de Lomo do show no Rio, na próxima semana.

Aliáis, boas notícias: a primeira loja Lomo do Brasil vai ser no Rio e vai abrir em breve! Sigam pelo twitter dos caras aqui.




E continuo a ler livros impressos. Esse negócio de livrodigital não vai me pegar! Ou vai?

Próximo passo: dirigir um carro que não tenha a maldita quinta marcha. Sonho: um Chevette Tubarão Turbinado com um adesivo do Jaws na janela de trás e outro do Tutubarão do outro lado!

quinta-feira, outubro 08, 2009

Plebe no Canecão!


Por essa vocês não esperavam: Plebe no Rio na próxima sexta-feira, dia 16 de outubro! Será no Canecão, dentro da festa Naftalina, promivida pela Rádio Transamérica, que também irá colocar na sua programação a versão em inglês de A Ida, trilha sonora do filme O Federal.

No mesmo dia em que gravamos o DVD, foi gravado também imagens que serão usadas num clipe inédito da Plebe para essa versão de A Ida. O Philippe é o responsável pela trilha sonora do filme. Então, antes que o DVD chegue às lojas (em 2010), vocês terão oportunidade de ver a Plebe em vídeo inédito.

Rio, aguardamos vocês!

sexta-feira, outubro 02, 2009

De Volta ao Brasil!


Depois de Amsterdã, fiquei sem acesso barato à internet, impossibilitando as postagens. Parece que no final do mês faremos os primeiros shows pós-gravação de DVD. Um será em SP, no Clash, outro no Gama e um terceiro ainda a confirmar. Mais detalhes assim que eu souber mais.

Quanto à discussão de que devemos buscar nossas próprias soluções e não copiar as de fora, discordo totalmente. Acho que a gente aprende muito com as experiências dos outros. Tem um termo em inglês que é "leapfrog", traduzido literalmente como pular carniça, sabe, aquele jogo de criança. Quando usado na absorção de conhecimento alheio, significa usar a informação e dar um pulo a mais, indo mais longe. É isso que espero.

O Brasil sempre vem com essa desculpa nacionalista de querer solucionar seus problemas de forma única. Lembro-me do desenvolvimento de nossa indústria de TI, que se fechou do resto do mundo e não produziu nada de bom. Foi só com a abertura econômica que eles começaram a ter competitividade e competência.

Vejam um exemplo bom de Berlin. Essa bicicleta aí da foto tem iguais por todo canto da cidade. Você cadastra seu celular na empresa e quando quer usar uma, basta mandar uma mensagem, que eles te devolvem a senha. Você daí destrava a bici, usa quanto quiser e deixa em qualquer lugar. Todas tem um GPS que permite controle de onde estão.

Antes que alguém reclame, Berlim é maior que Brasília, tem mais gente e tem várias formas de transporte público de qualidade. Comparo com Brasília, pois a parte ex-soviética é muito parecida. Metrô, bonde, trem, ônibus e SBahn. Você decide. Ou pega uma bicicleta!

terça-feira, setembro 22, 2009

Dia Mundial sem Carros 2009


Chegamos a mais um Dia Mundial Sem Carro com entusiasmo, mas pessimistas quanto ao futuro. Essa máquina poluidora, desagregadora, que está acabando com nossa qualidade de vida não dá sinal que vai embora.
Estou em Amsterdã, passeando com a Alice, minha filha. Desde que chegamos aqui, não andamos nenhuma vez de carro. Do aeroporto até a cidade de trem, da estação até o hotel de bonde. Hoje, alugamos uma bicicleta e conhecemos os principais pontos turísticos. A cidade é toda amigável para o pedal. Os poucos carros respeitam os ciclistas, há ciclovias por tudo quanto é lugar e o holandes tem na bicicleta seu meio de transporte número um. Desde rastafaris, punks, yuppies, peruas de salto alto, trabalhadores e burocratas, todos andam pela cidade pedalando suas bikes.
A cidade tem uma trilha sonora diferente, sem aquele fluxo incessante de carros que estamos expostos todos os dias nas grandes metrópoles brasileiras. Aqui, o governo não deve ser refém da indústria automoblística como no Brasil. Devem ter sua fonte de dinheiro taxando os ricos, os bancos e as igrejas, todos ignorados pela receita brasileira.
Em fim, fizemos nossa parte, pedalamos o dia inteiro. Estou queimado de sol, testa vermelha e feliz.
Saudades de casa e de todos.

segunda-feira, setembro 21, 2009

Porão do Rock é de Brasília!


Ontem o Porão do Rock, edição 2009, perimitiu que Brasília voltasse a se orgulhar com seu legado rock n roll. Tirando o Capital Inicial, todas as bandas que já foram bandas importantes para a história do rock candango subiram ao palco. E quando digo todas, não podia ficar de fora a maior de todas, Legião Urbana, com Dado e Bonfá fazendo bonito, apoiados por músicos convidados (Philippe tocou Geração Coca-Cola).

Tivemos Little Quail, Mascavo Roots (com a formação original), Escola de Escândalo (tem gente que sempre erra e escreve/fala no plural, é Escândalo, não Escândalos!), Detrito Federal e, claro, Plebe Rude. Conseguimos até arrancar um elogio do Jamari França! Faltaram Low Dream e Oz, mas não se pode tudo, né?

Fico satisfeito com Brasília mostrando sua face rock mais uma vez. Fico feliz em ver o Porão cada vez mais profissional e sintonizado com a cidade. Parabéns a todos!

O Correio Brasiliense fez uma matéria especial muito legal, rolando até um enquete sobre o melhor do rock BSB. A Plebe fez bonito, ficando em segundo lugar nos LPs, na música e o Txotxa e eu escalados com a banda dos sonhos. Leiam aqui.

quinta-feira, setembro 17, 2009

Flickr da Gravação do DVD


IMG_4279
Upload feito originalmente por Plebe Rude


Achei essa bandeira sensacional. Deu um toque todo especial ao evento, valeu plebeus! Vocês fizeram o show.

Vejam, aqui, as primeiras fotos colocadas no album do Flickr. Temos fotos da Elizabete Guitzel e do Bernardo Bessa. Outras serão adicionadas em breve.

quarta-feira, setembro 16, 2009

Gravação da gravação (4) - Tudo o que poderia ser

A Pamela veio de Niterói, fez esse lindo video e tem um monte de ótimas fotos no seu Flickr: http://www.flickr.com/photos/pamelakopp/

terça-feira, setembro 15, 2009

Gravação da gravação (3): Censura

Essa vai para o senador bigodudo que há décadas impõe a censura no Brasil.

Gravação da gravação (2) Proteção

segunda-feira, setembro 14, 2009

Gravação da gravação do DVD (1)

Começam a chegar na internet as primeiras imagens feitas pelo público da gravação do DVD. Nesse trecho, Até Quando Esperar.

domingo, setembro 13, 2009

Missão Cumprida (Comprida?).

Ontem mais um sonho realizado. Depois de mais de um ano de planejamento, passos para frente, passos para trás, negociações e ensaios, conseguimos gravar nosso primeiro DVD. É um registro importante da Plebe em seu ambiente natural, no palco interagindo com os plebeus.

Uma gravação desse tipo é um processo estranho. O show teve muito mais pausas que a gente geralmente faz. Isso esfriou um pouco o andamento da apresentação. Causou estranheza para aqueles que conhecem a Plebe tocando no pau, uma música após a outra. Espero que os que lá estiveram presentes entendam isso. Quando o diretor mandava parar, para afinar as luzes ou posicionar as câmeras, a gente tinha que pausar. Aí, a adrenalina baixava. Mas voltava a mil outra vez quando gritava "rodando!".

O importante é que as imagens estão lindas. O visual está de primeira, graças à habilidade do Rodrigo e sua equipe. Como é bom lidar com pessoas que entendem a nossa postura e têm pensamentos iguais.

Obrigado principalmente aos plebeus que deram um show a parte. Abraços especiais para todos que vieram de longe e perto. Desculpem a falta de atenção, valeu pela presença.

Agora, mixar, editar e colocar na rua.

sexta-feira, setembro 11, 2009

Área Vip, não! Área para Plebeu!

Haverá um espaço reservado e isolado por uma passarela por onde caminharão o Clemente e o Philippe. Quem estiver lá, estará no centro de tudo. E só pode entrar lá que for Plebeu de carteirinha.

Como? Se identificando antes do show. "Ei, eu quero estar no centro de tudo!"

Amanhã: Gravação do DVD

É amanhã, gente! Lá pelas 18 horas estaremos tocando para vocês e as câmeras. Um DVD diferente, sem convidados, sem prezepadas. Só a Plebe, os plebeus, Brasília de fundo e o nosso rock.

Daqui a pouco, hoje, sexta à noite, passagem de som na Ermida!

quarta-feira, setembro 09, 2009

Transporte para as Satélites confirmado!

A Secretaria de Transportes do DF aprovou onibus especial para o evento da gravação do DVD da Plebe Rude.

Ônibus sairão da Rodoviaria do Plano Piloto a cada meia hora das 14 horas a 22 horas... (tarifa preço de onibus normal do plano piloto.

Estejam lá! Repito, o sucesso desse DVD depende dos plebeus. Vocês são a máquina, nós somos somente a gasolina!

domingo, setembro 06, 2009

segunda-feira, agosto 31, 2009

Oficial: Gravação do DVD 12 de setembro!

AGORA É OFICIAL: GRAVAÇÃO DO DVD DA PLEBE RUDE AO VIVO - DIA 12 DE SETEMBRO DE 2009 NA ERMIDA DOM BOSCO EM BRASÍLIA!!!

MAIS DETALHES EM BREVE!

segunda-feira, agosto 24, 2009

Crime/Irvine Welsh

Um dos meus autores de ficção favoritos é o escocês Irvine Welsh, mais conhecido por ter escrito Trainspotting, que todos conhecem, não pelo livro, mas sim pelo filme.
Não é uma leitura divertida. Os seus personagens são traumatizados por problemas psicológicos, que bloqueia suas reações e interações sociais. Isso é descrito de forma tão detalhada, que o leitor se vê contaminado pela doença do personagem. Muitas vezes largava o livro com uma sensação imensa de depressão.
Comecei a ler seu último livro, chamado Crime. Muito me alegrou encontrar um trailer para o livro no You Tube. Juro que não conhecia essa forma de divulgar livros. Bacana, talvez consiga trazer mais pessoas ao hábito da leitura.
No entanto, alerto aos interessados que o filmezinho não traduz bem do que se trata o livro. Não é propriamente dito uma história polical, mas sim a luta de um policial escocês tentando se livrar do fantasma de um caso de assassinato com abuso infantil e de um vício de cocaína, enquanto viaja com sua noiva obsecada em organizar um casamento perfeito para Miami. Claro, nada dá certo. Quem já viu Miami Vice sabe que escolheu o lugar errado para se livrar do vício.

sexta-feira, agosto 21, 2009

Só na terra onde reina Sarney.


Só num país fictício como o nosso para um edifício pegar fogo ao lado de uma loja de extintores de incêndio! Viva o Sarney!

Philippe na Revista Caras

Alguém viu a foto do Philippe e do DJ Marquinhos na Revista Caras? Ficou hilária! Não tou conseguindo scannear, mas em breve posto aqui!

Drogas e direção.


E o pior, só um desses atos é pego no bafómetro!

Quando o Tecido da Sociedade se Deteriora

A idéia era voltar a postar com grande estilo, comunicando a data oficial da gravação do DVD, mas aconteceu o que era tão previsível, mas mesmo assim choca.

O Senado Federal, num gesto corporativista, corroborou todos os atos corruptos do Sarney, dando carta branca para que continue tratando o Brasil como seu celeiro de renda e poder. O pior, contou com ajuda de um partido que vestia legitimamente a camisa da ética na política. O Mercadante faz bem de querer sair, deixe o Lula com seus colegas do PMDB, assim como o Collor naufragou com seus cúmplices na sua renúncia.

Não posso dizer que estou chocado, simplesmente anestesiado, não sabendo o que pensar. É esse o país que quero deixar para minhas filhas? Onde uns coronéis nordestinos ditam o futuro de uma inteira geração? Ninguém está indignado? Precisamos de um Lee Oswald? De um John Booth para botar ordem na casa? Será que adianta nos rebaixar à maneira deles pensar?

Jardel com travesti, Sarney com bisturi, cortam todas as notícias que vocês não vão ouvir! Sim, agora temos uma razão sólida para voltar a tocar Censura nos shows. Refiro-me à censura que está ocorrendo no Estado de São Paulo a mando do bigodudo. Falem de mim, mas serão censurados!

Policiais civis presos com uma professora e um pastor evangélico traficando drogas. Ouvi na rádio hoje! Três profissões que deveriam ser modelos de moralidade. Num país que abençoa um Sarney, tudo é possível! É a fibra moral da nossa sociedade que está se deteriorando. Ficamos com uma falsa moral religiosa burguesa, onde tudo é permitido, desde que não balance o barco. Desde que todos tenham uma fatia do bolo.

Tenho medo. Muito medo.

sexta-feira, agosto 07, 2009

Plebe In Prudente

Plebe em Pres. Prudente
Plebe Rude em Presidente Prudente. Tocamos lá no dia 1 de agosto, no Thermas Rock, cujo slogan foi "todos na mesma legião". Juro que não entendi. Também não entendi o som, que foi um dos piores que a gente já pegou. Nem as habilidades acústicas do Gustavo Dreher deram conta de transformar aquele bolo sonoro em algo perceptível.

O interessante foi que encontramos o Dado e o Bonfá que também estavam lá participando do festival - em dias separados, claro. Bacana rever os velhos amigos. Outro no qual esbarramos foi o Fernando Magalhães, do Barão, que já é velho conhecido e colaborado da Plebe, tendo até gravado umas guitarras em Mais Raiva.

A ida e a volta foram demoradas, vans, estrada e espera. Mas tudo por um show.

Fotos aqui.

sexta-feira, julho 31, 2009

Baixistas

O NME era um jornal musical sério. Referência para quem gostava de música. Hoje ele até tenta transmitir um ar de seriedade, mas não passa de uma Contigo indie. Que saudades daquele tablóide que fazia uma crítica de disco de uma página, estabelecendo a relação da música no contexto político/cultural atual.

O NME está fazendo uma enquete sobre baixistas. Entrem aqui e votem no seu favorito. Eu já fiz e estou decepcionado com o resultado. Tem gente que tá dando 4 pontos, de 10, para o Jaco Pastorius! E dez pontos para o Sid Vicious!!! Tudo bem, cada um dentro do seu estilo, o Dee Dee era o melhor naquilo que fazia, mas tudo tem um limite!

E pior, está à frente da votação dos leitores do NME um tal de Chris Wolstenholme, da banda toco-progressivo-mas-fingo-que-sou-indie Muse. A frente do John Entwistle!!! Vejam a parada aqui.

Amanhã tem Plebe em Presidente Prudente!!!!

E para terminar bem a semana, uma foto do Obama após consulta com o médico do Wacko-Jacko (Miguel Jackson).

quinta-feira, julho 30, 2009

Pós-New abre o baú!!!

A tchurma de Brasília nos anos 80s não era composta somente por músicos. Tínhamos artistas, escritores, bailarinos e fotógrafos. Muitos fotógrafos. Dois deles, Nicolau El-Mor e Bolinha (aka Ricardo Junqueira), formaram o Pós-New, que era definido assim:
“Nos anos 80, todos no mundo do Rock eram pós ou new alguma coisa. O Rock Brasília tão diverso e profícuo não era muito diferente do resto do Mundo. Dentro desse turbilhão criativo os fotógrafos Nicolau El-moor e Ricardo Junqueira fundaram a Pós-New Fotografia, agência que registrou a cena musical da cidade e fez um retrato da cultura de Brasília. Nos 50 anos da cidade, Junqueira e El-moor irão publicar suas imagens em livro e exposição.”
Eles lançaram um blog como aperitivo da exposição. Aqui está o link: PÓS NEW. Deliciem-se!

terça-feira, julho 28, 2009

Runaways


Já que estamos na sessão naftalina e eu estou meio saudosista depois de ler o livro do Carlos Marcelo, trago à tona outro vinil que mudou a minha vida. O ano era 1976, tinha 14 anos e fui ao Carrefour fazer compras com meus pais numa noite da semana (detalhe para os curiosos: eu adoro ir ao supermercado – fui voluntariado, meu irmão ficou em casa). Uma das coisa que gostava era que o supermercado tinha uma sessão de discos e, enquanto meus pais enchiam os vários carrinhos com compras para o mês, prática comum na época da inflação, eu ficava vendo as capas.
Dois discos atraíram a minha atenção. O primeiro foi o disco de estréia do Boston. Já tinha lido algumas boas notas sobre ele. Outro foi de um grupo de meninas bem jovens chamadas Runaways. Achei diferente, nunca tinha ouvido falar. Joguei os dois LPs num dos carrinhos e, como sempre, passaram pelo caixa sem que percebessem. Assim, economizava minha mesada e voltava para casa com dois novos discos!
Noitinha, no meu quarto, com fone de ouvidos e o disco do Boston no meu 3 em 1, começo a conhecer minhas novas aquisições. Bastante decepcionado com a masturbação musical do Boston (que Boston!), coloco o LP das Runaways. Primeira música: Cherry Bomb. Simples, empolgante. A letra me é estranha, estava acostumado com os baby baby push push, do Led Zeppelin, os she’s a highway stars, do Deep Purple, os songs from the woods, do Jethro Tull. Essa falava de pais bêbados, fugir de casa, ficar a noite toda aprontando. E é cantado por meninas com 16 anos! Quase minha idade!
Na verdade, o disco me fascinou, mas me assustou também. Músicas sobre ficar doidão e perder a noção. Ficar preso em prisões de delinqüentes juvenis. Quebrar a lei. Muita informação diferente para um adolescente de 14 anos, numa época em que a gente era blindado desse tipo de coisa.
As Runaways foi um projeto do produtor, empresário e músico Kim Fowley que queria fabricar um sucesso. Já havia trabalhado com o Slade, o Soft Machine e o Ritchei Blackmore. Achou esse grupo de meninas, que contava com uma jovem Joan Jett e Rita Ford. Se baseou numa performance dos New York Dolls em Hollywood e resolveu investir. Esse primeiro disco é foda, com F maiúsculo. Só depois, ganhou rótulo de punk. Considerando a idade delas, acho genial o resultado final.
O problema foi a partir do segundo disco, quando o Kim Fowley tentou meter o dedo dele nas músicas, levando mais para o heavy blues metal e dar um ar sexy às garotas, que eram na verdade umas adolescentes rebeldes. A Joan Jett foi a primeira a se rebelar, inclusive processando a revista Playboy que publicou uma foto sua com alguns comentários sexistas. Não estava no sangue delas serem vendidas desse jeito. Mais um ponto, na minha visão!
Eu mostrava para alguns conhecidos da Colina, muito mais velhos que eu, que torciam o nariz e voltavam a ouvir seus Yes e ELP da vida. Eu insistia: “elas só têm 16 anos!!!”, nem me ouviam. No colégio, foi a mesma coisa, o pessoal só querendo Kiss e Lynard Skynard. Ainda bem que tinha amigos como o Pretorious e o Fê Lemos que entenderam de primeira sobre o que se tratava.
Ninguém estava preparado para ouvir garotas adolescentes com atitude no anos 70s. A banda acabou em 1979. Gosto de bandas assim: carreiras rápidas e contundentes. Alguém agüenta ouvir outro disco do Oasis?

PS – Descobri que querem fazer um filme sobre elas, leiam aqui.

sexta-feira, julho 24, 2009

Revista Pop salva os Andrés!


O ano era 1977, com tudo que isso simbolizava no Brasil: ditadura, censura, impossibilidade de importar coisas, dificuldade de obter informação. Boatos de que uns jovens da Inglaterra começaram um movimento cultural, voltado para os jovens, vendo o mundo como ele é, indo contra o atual establishment musical começavam a soprar em Brasília. Dois jovens Andrés, um Mueller, outro Pretorius, nem tinham ouvido ainda o som que era a bandeira do movimento, mas já gostavam do pouco que liam.

Para nossa surpresa, uma revista voltada para um rock insosso lança um LP chamado: Revista Pop Apresenta o Punk Rock. Era uma sexta-feira quando compramos nossa cópia. Fui passar a noite na casa do Pretorius, que na verdade era a Embaixada da África do Sul. Quando os pais dele foram dormir, saímos da parte de moradia do edifício e entramos na parte administrativa, totalmente às escuras naquele horário. Fomos direto para o escritório de embaixador, onde tinha um toca-disco.

Como o gabinete era longe de onde o restante da família estava dormindo, podíamos colocar na altura que quiséssemos sem atrapalhar ninguém. E ouvíamos alto aqueles primeiros acordes de God Save the Queen. Em seguida, Ramones, com Loudmouth (uma das primeiras músicas que tirei no baixo). Não acreditávamos o quão bom era, pura energia sonora! Duas pedradas seguiam, Jam, com In the City, e Eddie & the Hot Rods, com I Might be Lying. Foram momentos mágicos essa primeira ouvida. Se alguém acha que música não muda nada, não entendem de música, nem de humanidade.

Não sei quem fez a seleção musical, obviamente ninguém da revista Pop. Tinha Ultravox, Runways, London (boa múscia, nunca mais ouvi falar....) e a fraquinha banda francesa Stinky Toys. Não é que não conhecíamos esse som antes, mas as experiências anteriores foram umas fitas K7 que o Fê tinha mandado da Inglaterra, gravadas do rádio. Esse foi o primeiro contato de verdade.

Outra noite, surfando a net, achei um link para baixar o LP em MP3. Não perdeu a força! Vou atrás do LP original. Ouvindo novamente, me fez ver como a gente era inocente e isolado do mundo. Hoje, qualquer um pode ouvir qualquer música quando quiser. Não sei se terão uma lembrança dessas no futuro; “ah, o dia que eu baixei o primeiro disco do Oasis mudou a minha vida”. Não bebíamos, nem usávamos drogas. Era água, invasão de espaço alheio e punk rock! Ouvimos o disco dezenas de vezes, tirávamos as letras, escrevendo-as em papeis com o timbre da embaixada. Diversão pura!

The Herbaliser Band - Ginger Jumps The Fence


O Herbaliser (nome sugestivo, não?)é uma banda de Trip Hop inglesa. Em 2000, a dupla de produtores ingleses do Herbaliser, Jake Wherry & Ollie Teeba juntaram-se a uma banda de jazz pra tocarem versões instrumentais de musicas de seus três primeiros discos. Tudo gravado todo ao vivo em estúdio, como uma jam session. As músicas, sem os samplers e os eletrônicos ficaram outra coisa, muito mais elegantes e sérias. Recomendo para aquelas reuniões a dois, no escuro, com uisquinho. Ou climas parecidos. Ouçam, ampliem seus horizontes, coisa de primeira. O resultado são dois discos: Session One e Session Two.

terça-feira, julho 21, 2009

Bob Marley com ciúmes!


Essa semana a gente ia ter um ensaião na quarta, mas o Txotxa não pode ir pois coincidia com um compromisso anual dele: assistir à estréia do novo filme de Harry Potter. Infelizmente, não tenho uma foto do super-batera trajando o uniforme de Hogwarts, mas ele promete tocar assim no próximo show, que será em Presidente Prudente, no dia 1º de agosto.

Admito que já li alguns livros, com a Alice, meu álibi, e vi alguns filmes. Gostava do bobão turbinado Vincent Crabbe, que vive seguindo o malvadinho Draco Malfoy. Achava que poderia ser um novo John Candy. Hoje descobri que o ator que faz o Crabbe foi preso por plantar maconha em casa. Dez pés! O juiz ficou abismado com a sofisticação utilizada, coisa de botar qualquer botânico no chinelo.

“De que se trata?” pergunta o juíz.
“É mágica!”, responde o Vincent Crabbe. “Mergulhei muito em meu papel, queria me transportar para um mundo alternativo,” justifica.

Agora entendo toda aquela névoa do filme! O Crabbe alegou que tudo era para consumo próprio. Dez pés! Que larica! Por isso está desse tamanho!

Vocês sabem como o personagem morre nos livros? Crabbe morre ao conjurar a magia “fogomaldito” para tentar matar Harry em Harry Potter e as Relíquias da Morte. Fogoamigo, isso sim! E maconha em inglês é pot. Esse sim é o verdadeiro potter, há há há há.

“Aí, Harry, tem um fogo aí?”, pergunta o Crabbe estalando os dedos no set de filmagem.
“What som é esse?”
“A Emma Watson também quer? Relaxa, tenho dez pés!”
Há há há há há!

Foi mal a ausência prolongada de posts. É que abri uma conta no Twitter e fiquei meio obcecado com a coisa....

sexta-feira, julho 10, 2009

Scott Pilgrim: um baixista no holofote!


O meu amigo e guru Chico Bóia define a humanidade em duas categorias: carneiros ou pastores. A definição vai um pouco além de ser líder ou liderado. Refere-se à capacidade de ser independente, de ter uma visão única do mundo, de descobrir coisas novas e ter opinião própria. Esses são os pastores. Os que vão na onda, copiam, consomem produto feito para as massas, esses são os carneiros.
Tem uma série canadense em quadrinhos, desenhado por Bryan Lee O’Malley, que vai fazer a diferença entre os carneiros e os pastores. É o personagem Scott Pilgrim, um baixista de 22 anos que se apaixona pela Ramona Flowers. Só que para ganhá-la, tem que passar pelos seus sete ex-namorados maléficos. Soa meio adolescente imbecil, mas é fantástico.
Acontece que vão fazer um filme. O filme, sim, vai ser dirigido ao público adolescente. Muito difícil capturar o “legal” da história na tela. Então, antes de chegar aos cinemas, é bom vocês lerem. Daí vão poder falar: “pô, não captou nada do que eram os quadrinhos”. Vamos poder sair do cinema rindo dos “carneiros” que estão sendo alimentados cultura regurgitada.
Sejam pastores, leiam a série Scott Pilgrim, a única vez que um baixista vira herói!
E parece que a Cia das Letras vai publicar a série em português. Não porque entenderam do que se trata, mas porque vai virar filme e eles querem colher os lucros.

quarta-feira, julho 08, 2009

Lost in the Supermarket.

Fui atropelado dentro de um supermercado! Fazendo compras, domingão de manhã, lá estava descendo com meu carrinho pela esteira rolante em direção à garagem quando algo me atinge pelas costas com força. Bate na altura da cintura, me prensando contra a barra de mão do carrinho de compras. Com o impacto, as canelas são pressionadas com força contra a parte de baixo do carrinho.
Os carrinhos de compras têm umas rodas especiais que se encaixam nos sulcos das esteiras rolantes, travando sua descida pela rampa. Com a pressão vinda por trás, começamos a nos mover para frente. Para não cair, começo a correr junto, mantendo o ritmo da descida. Chegando a parte plana, já fora da esteira, me jogo no chão, para o lado, enquanto o meu carrinho e, o que vim a descobrir ser um carro de carga usado para carregar caixas e estocar as prateleiras, se chocam contra a parede do fundo.
Saldo, uma dor imensa no abdome, duas canelas sangrando e inchadas. Pareciam que havia bolas de golfe por dentro da pele! O funcionário que havia soltado o carro lá de cima (não havia agüentado o peso!) pede umas desculpas sem entusiasmo e só se preocupa em juntar as suas caixas esparramadas no chão.
Reclamei com o supervisor, fiz ocorrência na polícia, perícia no hospital (estava preocupado com hemorragia interna) e no IML. Imaginem se fosse uma criança, teria batido bem na cabeça! Ou alguém da terceira idade, já era! O perigo nos ronda, tomem cuidado.
A boa notícia é que ainda consigo tocar. E tem show em Presidente Prudente no dia 1º de agosto!