sexta-feira, março 09, 2007

Outro fim-de-semana!


A dica para esse fim-de-semana é o Flávio Campos. Quem é ele? Bom, ele foi o baixista de uma banda carioca chamada Distúrbio Social, que chegou a ter algum prestígio no underground no final da década de 80. Eles ensaiavam numa casa no alto do Jardim Botânico, me lembro de ter ido para vê-los lá, mas não me lembro do Flávio. Mas isso não importa, pois o cara trabalha no BCB, no mesmo edifício em que trabalho aqui em Brasília. Isso também não importa, o que importa é que o Flávio é um idealista persistente e um músico que não para de produzir. Seu último trabalho foi produzido pelo Philippe, que ainda toca nas faixas. O Txotxa também dá uma mão (ou duas) na batera. Foi gravado no Daybreak, o estúdio do Philippe e as faixas estão disponíveis de graça na internet. Confira aqui: FLÁVIO CAMPOS.

O que me deixa triste: mais de 100 mil pessoas saem às ruas para protestar contra o Bush, enquanto um protesto contra a violência no Brasil não consegue reunir mais de 10 mil. Quando compararmos que em 2006 morreram 3 mil assassinados no Iraque contra 200 mil no Brasil, vemos que realmente não damos importância às vidas de nossos compatriotas. Hoje em dia, Bagdá está mais segura que o Rio de Janeiro.

O que me deixa feliz: tomar uns grapefruit martinis com a Rosa e que o Philippe está marcando novos ensaios.

Divirtam-se, mas não tanto quanto o camarada aí na piscina.

quinta-feira, março 08, 2007

Almoço da família Seabra

Hoje recebi um e-mail do Ricky Seabra, que é o irmão do meio do Philippe, guitarrista da Plebe. Ele me disse que tem uma filmagem em Super-8 realizado no topo do World Trade Center, em 1987, com o Philippe e eu, quando fomos para lá, logo após a gravação do Nunca Fomos, torrar nosso adiantamento concedido pela EMI. As imagens são geniais e ele concorda que dariam um ótimo vídeo clipe. Também me informou que iria colocar uma versão editada, com pouco André/Philippe, no You Tube. Fui procurar, mas ainda não está lá. No entanto, achei essa pérola. Será a família do Philippe? Se sim, onde está ele? Segurando a câmera?

quarta-feira, março 07, 2007

O dia em que o Brasil foi invadido

Sensacional filminho feito toda em animação corta-e-cola. Mesmo com todo tom cômico, critica a ambição americana no mundo globalizado e, mais importante, nossa incompetência em melhorar o Brasil. Divirtam-se.

Tenha medo, tenha muito medo.


O mundo se tornou menor, as informações circulam com mais facilidade, barreiras culturais e econômicas ruíram e, teoricamente, deveríamos estar convivendo com mais harmonia, cooperação e compaixão com o próximo. No ano passado, foram geradas 161 exabytes de informação. Isso equivale à 161 bilhões de exabytes, totalmente disponível a qualquer um que tenha um acesso à internet. Com tanta informação, como é que ainda temos preconceito, como é que tem gente que ainda não respeita o próximo, como é que tem gente que ainda cai nas grandes mentiras dos políticos, padres e falsos profetas?

Ando assustado com o mundo em que vivemos. Balas perdidas, gente passando fome, ódio crescente, a natureza degringolando, o que está acontecendo? Se você ainda acha que nada disso vai te atingir, se suas preocupações estão restritas ao seu microcosmo (casa, emprego, diversão), aqui vai algumas razões para começar a se preocupar. São coisas que vão acontecer nos próximos 50 anos e, certamente, vão mudar o seu estilo de vida:

1. A entrada de quase um bilhão de consumidores novos no mercado, cada um querendo possuir carro, casa, ar condicionado, passagens aéreas, entre outros produtos-sonhos de toda classe média, além de demandar serviços como escolas, hospitais, academias, entre outros. Tudo bem, você diz, deixa vir. Mas o problema é como atender esse pessoal todo, a maioria vindo da Índia, Rússia, Indonésia e China, que estão fazendo o dever de casa direitinho, se inserindo no contexto global de progredindo (não se preocupe, o Brasil deve contribuir muito pouco nesse saldo). Não vai haver recursos disponíveis para atender a todos. Não vai haver energia (petróleo, eletricidade, carvão, água) para suprir suas demandas. O resultado: meio-ambiente destruído, guerras para garantir recursos naturais, barreiras serão erguidas novamente. O egoísmo intolerante reinará.
2. Buscando tirar o poderio concedido aos árabes pelo petróleo, o mundo se prepara para entrar na era do etanol. Para o Brasil, uma maravilha, pois seremos o maior exportador e vamos suprir o mundo. Todos se beneficiarão? Não, pois as terras cultiváveis brasileiras serão ocupadas todas pela cana. Comida terá que ser importada, ficará mais cara e mais passarão fome. Como, no Brasil, não se distribuí a riqueza, os lucros do etanol ficarão na mão de poucos, que concentrarão mais terra, gerando mais conflitos e estendendo o já extenso fosso social.
3. Guerra nuclear, uma ameaça mais eminente hoje do que na guerra fria. Tudo bem, você diz, vai ser lá no Oriente Médio ou entre a Índia e o Paquistão, ou, ainda, Coréia do Norte e o Japão. Mas guerra significa retirada dos meios de comunicação, com o cenário mais provável da internet ficar restrita ao uso militar. É bom ir se acostumando a viver sem podcasts, blogs, chats, downloads e informação just-on-time.
4. A floresta Amazônica está encolhendo e o governo brasileiro, o principal responsável, não está nem aí. Vejam como foi o início deste ano, chuvas, secas, ventos. Até tornados já são visto em solo tupiniquim. Sem falar que pode dizer adeus ao cerrado (viva a soja e a cana!), ao pantanal (viva a pecuária!) e à mata atlântica. Comece a se acostumar a viver no calor, na chuva, com desmoramentos e avisos de ciclones.
5. Cada vez menos artistas têm acesso aos meios de comunicação, especialmente àqueles acessíveis à grande população, como rádio e tv, principalmente por causa do jabá. Isso significa menos músicas circulando, o que retraí a demanda por shows. Esse acontecimento já é sentido, podem verificar quantos artistas estão em turnê hoje em dia. Disco já deixou de ser cultura a muito tempo, shows também deixarão.

O que podemos fazer? Nos isolar, nos tornarmos xiitas, mudar de planeta? Sou um otimista (não parece, né?), acho que a sabedoria e a inteligência humana sempre acharão um jeito – ou será que estou me iludindo?

Para os que ainda não estão preocupados a ponto de fazer alguma coisa, pensem no seguinte: os fatos acima, isolados, já são ruins. A realidade, porém, é outra: estão acontecendo simultaneamente, junto com outros que não citei. Aí é que funciona a sinergia, sempre contra a gente. Está preocupado agora?

terça-feira, março 06, 2007

Plebe na Globo FM -Promoção


O ano está começando, depois do carnaval molhado que, ainda bem, passou. Eu sei que o carnaval definitivamente acabou quando a banca perto de casa tira os posters que anunciam as vedetes (Atrizes? Modelos? Podutoras?) que possam para as revistas masculinas publicadas durante a festa de Momo. Só para seu conhecimento, os posters foram para o lixo hoje.

Mas não é só isso, as engrenagens estão começando a se mexer. A Globo Fm está com uma promoção do R ao Contrário. Clique aqui >;} para saber mais. Isso é um passo importantíssimo, pois estamos conseguindo vincular nosso CD independente aos grandes canais de comunicação. Nossa meta: criar mais plebeus, sem perder os antigos de casa.

Em breve, mais notícias.

Mais uma Batalha Ganha! (Lá Fora)

Quem está acompanhando a guerra anti-jabá que acontece nos EUA tem mais um motivo para comemorar. A gente sempre noticia quando uma gravadora grande é obrigada a pagar multas milionárias por ter pago para canais de comunicação dar preferência aos seus artistas de forma discriminatória contra outros. A justiça entende que essa é uma forma de coibir que gravadoras menores e artistas independentes ganhem um espaço nos holofotes e, também, concentra a atuação nas ondas do rádio – que é uma concessão governamental – em poucas empresas e artistas. Além de negar o livre acesso à produção musical, a prática é vista como uma barreira a proliferação da cultura do país.

Agora, pela primeira vez, o corrompido também foi multado. Uma rádio – a quarta maior dos EUA – foi condenada a pagar US$ 12,5 milhões em multas e, essa é a parte mais legal, terá que providenciar 8.400 inserções de meia hora grátis para gravadoras independentes.

Imagine se isso acontecesse no Brasil! Seria uma glória para os selos independentes. Nem precisa da multa, basta exigir o espaço cedido aos vários selos, distribuidoras e artistas que penam, nadam e morrem na praia. A principal causa, o jabá. Aproveitem e passem um e-mail já para seu senador e deputado federal comunicando a notícia e exigindo o mesmo em terras tupiniquins.