
Philippe Seabra conseguiu capturar o retrato atual da nação na forma de uma música pop. Os sinais estão aparentes, avisando que o futuro não será brilhante: um presidente que não gosta de decidir, a educação - força motriz que garante o futuro - relegada, gastos públicos direcionados somente para propaganda governamental, corrupção clara e aparente. O gato já subiu no telhado a muito tempo, mas os cordeiros se recusão a ver os sinais.
É, mil gatos no telhado
Para o desavisado deveria bastar
Quem é que duvidaria
Da bandeira la de cima
Mas pra você não há nada de errado, acorrentado sem saberEnquanto isso, na máquina administrativa, tudo é como sempre foi. O Deputado Queiroz, réu confesso de ter sido agraciado pelo Valérioduto, foi inocentado por seus pares. Isso, contrariando a recomendação da Comissão de Ética, ou seja, no Congresso, não há ética. As pestes continuam consumindo o dinheiro público como se fosse deles. Como sempre foi. Até quando? Ao invéz de reclamar, lutar, os cordeiros vão para suas seitas caça-níqueis rezar.
É, mil ratos no sobrado
Roendo aqui do lado, não ouve, não vê?
Ja vi essa história antes
Muda a data e os nomes e só resta você
Sempre de braços cruzados, anestesiado pela féE porque esse medo de mudar, de arriscar, típica do brasileiro? Talvez porque a gente se tornou país, mas nunca nação. Somos a única colônia que não se rebelou contra a metrópole - quem fez nossa independência foi um português!!! E se declarou imperador!!! E a gente aceitou!!!
Veja você, o medo que ninguém precisa ter
Se há o que temer, que venha
Que alguém foi antes de vocêA miséria, insegurança e falta de diretrizes públicas viram rotina, a gente se acostuma, cruza os braços e se preocupa com nossos umbigos. Não aprendemos ainda que a união é que faz a força. Desconfiamos dos próximos, queremos garantir o nosso.
Condicionado pela vida
Enfrentando todo dia mesmo sem poder
Acostumado a rotina
De ser julgado a revelia por quem não te vêEnquanto isso, os sinais estão claros: as coisas não vão melhorar se a gente não agir. Levantamos a bunda da cadeira, ou os bundas sentam em cima de nós!
Sempre estacionário
E o resultado sabe de cor
Mil gatos no telhado perante você
Mil ratos no sobrado perante você