sexta-feira, maio 19, 2006

Inéditas.


Mais um take inédito do novo clipe do CapIn. Nessa cena, notem no fundo, alguns paralamas tomando baculejo da polícia.



Outra inédita: foto da sede de consultoria em polícia usada pelo Governo de São Paulo.



Bom fim-de-semana para todos!!!

quinta-feira, maio 18, 2006

Fê Lemos Solo no O'Rilleys


Depois do megashow na Esplanada, o Girrafest, o Capital Inicial foi embora, mas o Fê Lemos ficou em Brasília para apresentar o seu trabalho solo, capturado no CD Hotel Básico (já mencionado nesse blog). Fez dois shows, um na livraria Cultura, no domingo, e outro, de onde vem a foto acima, no pub O'Rilleys.



O que admirio no trabalho do Fê é uma busca alternativa para o pop. Tenho certeza que muito roqueiro torce o nariz por ser muito "eletrônico", e muito raver torce o nariz por ser muito "pop", mas é uma quebra de paradigmas do que vinha realizando com o Capital. Quando toca ao vivo, o Fê fica nos controles e em alguns vocais. Além dele, viaja com uma vocalista, a Talita, aí na foto, e o Nivaldo na guitarra, que não aparece.



Philippe Seabra pedindo um autógrafo do Fê!

Obrigado, Lidiana, pelas fotos!

quarta-feira, maio 17, 2006

Outros cameos no clipe do CapIn




O Didiu Mocó gentilmente disponibilizou mais dois frames do novo clipe do Capital Inicial, anúncio de refrigerante, que deve estreiar no final do mês. No vídeo animado, estarão presentes várias figuras da tchurma de Brasília que deu origem ao rock desta capital federal. Acima, o saudoso Fejão e o Little Quail and the Mad Birds, que, apesar de não serem da tchurma original, foram muito inspirados por ela.

E lembrem: vocês viram primeiro aqui!

terça-feira, maio 16, 2006

Síndrome do Pânico em SP

Pâncio em SP! Conforme comentário do Black, o Clemente foi profeta, visionário. Não desmerecendo o Clemente, tendo a discorda. Os fatos estavam claros – tensões sociais geradas por falta de investimento em educação, orçamentos que interessam os políticos, não os governados, forte presença do governo onde não deveria haver governo (cinema, informática, comércio, futebol, etc.), falta do governo onde deveria estar presente (saúde, segurança, educação). Qualquer um poderia ver que forças paralelas às oficiais estavam se organizando, ocupando o vácuo deixado pela ausência do Estado. Sinais visíveis nas periferias, nos morros, nos condomínios da classe-média. Um dia, uma dessas organizações ia se achar mais forte que o Estado e desafia-lo. Esse dia chegou.

Segurança pública não dá voto. Educação também não. Pontes e praças sim. Por isso a concentração de políticos cortando fitas nas inaugurações de obras e nenhum mostrando os benefícios de uma política de longo prazo de aplicação pedagógica ou de uma integração polícia-bairro. Só tem um jeito de mudar isso – não votem nos que aí estão. Escolham os novatos. Dêem uma chance aos calouros.

Alguém viu a patética entrevista do Governador Lembo no Jornal Nacional de ontem? Para ele, nada de errado estava acontecendo, somente uns incidentes isolados. Que papo furado! E os paulistas ainda terão que agüentar essa mula até o fim do ano. Mas liguem não, ele já negociou com o PCC. O que ofereceu em troca do cessar-fogo não sei, mas vai sair do bolso de vocês. Outra dica: tomem cuidado com os vices! Enquanto o titular prosa, o vice versa! Tenham em mente os extermindadores-de-futuros Sarney, Itamar, Lembo, entre outros.

Mas tudo isso vocês já sabem. A solução é de longo prazo. Requer investimento agora, trabalho duro e colher os frutos no futuro. Isso demora muito, não reelege ninguém. Enquanto isso, ficamos espremidos nas trincheiras entre os tiroteios entre os marginais nas prisões e os marginais nos prédios públicos. Chamem o Lula para inaugurar uma praça! Convoquem o Lembo para ..... ih, nem me lembo......

segunda-feira, maio 15, 2006

Plebe em clipe do Capital!


A Plebe Rude, em sua formação original, estará no próximo clipe do Capital Inicial, da música Anúncio de Refrigerante. Fizemos as pazes com o Gutje? O Jander mudou de idéia? Nada disso, trata-se de clipe animado pelo mestre Didiu. Aqueles ligados nos Ratos do Porão devem se lembrar de um clipe que ele desenhou para a banda dois anos atrás (ou mais?). Vejam a cena, acima. Trata-se de um resgate dos shows que ocorriam no Foods, uma lanchonete na Asa Sul. Vejam o Jander, com seu colete de brim. O Philippe com seu topete exagerado. E esse que lhes escreve com a camisa com o A da anarquia. Didiu, faltou o detalhe, que abaixo do A tinha a frase: "enforquem o Fábio Jr."

MTV - seu passado, seu presente.

Clipes promocionais de músicas de artistas surgiram nos meados da década de 1960, quando mega-bandas como os Rolling Stones e os Beatles se tornaram tão grandes que era impossível atenderem toda a demanda de aparição em TVs pelo mundo todo. A solução foi filmá-los fazendo mímica para seus últimos sucessos e mandar o clipe para àquelas estações que quisessem exibi-los. No seu formato inicial, eram bem toscos e ingênuos. No entanto, as raízes dos vídeos que conhecemos hoje podem ser traçadas para as seqüências musicais de filmes como Help! e Hard Days Night.

Mas foram os Monkees, aquela banda sempre acusada de copiar os Beatles, que, no seu programa televiso semanal, que cunharam o que viria a ser a programação de vídeos. No programa, sempre havia clipe para uma música da banda, mostrando, além dos músicos tocando (fazendo mímica) seus instrumentos, uma história que tinha a ver com as letras (ou não – o programa, um favorito deste que lhes escreve, era muito doido).

Não é a toa que a idéia da MTV surgiu da cabeça de um ex-Monkee, o Michael Nesmith, o mais sério do quarteto trapalhão. Quando deixou a banda, nos anos 1907s, ele começou a criar um monte de clipes para promover a sua carreira solo. Daí, para a criação de uma estação de TV que passasse exclusivamente vídeos musicais, foi um pulo.

Mas no começo, acreditem se puderem, a MTV não tinha acesso a grande número de clipes. Tinham que mendigar nas gravadoras para que liberassem os vídeos promocionais de graça, sem cobrar pela exibição. Não havia caído na cabeça obtusa dos executivos fonográficos (assim como hoje, são lentos para ver oportunidades) a força que isso teria nas vendagens de seus produtos.

À época, vendas de discos estavam em livre queda. As grandes rádios americanas baseavam os seus playlists em consultorias contratadas para planejar a sobrevivência das mesmas. Para tanto, aconselhavam, e elas idiotamente aceitavam, só tocar rock tradicional, antigo. Bem, se é antigo, é bem provável que o ouvinte já tenha o disco, então não comprava nada de novo. Acontece que essas bandas tradicionais, Lynard Skynard (eca!), REO Speedwagon (Deus nos livre!), Deep Purple, Sabath e outras dessa laia não tinham vídeos promocionais. Quem tinha eram as chamadas bandas New Wave – Elvis Costelo, Talking Heads, Thomas Dolby, Thompson Twins – que tinham uma base artística bem mais abrangente que a musical. Então, a MTV passou a tocar esses, por falta de outros clipes.

Foi a salvação da indústria! Onde tinha MTV, vendas de novos artistas começaram a subir, e muito. De uma hora para a outra, o canal parou de solicitar os clipes e passou a negociar com as gravadoras para tocá-los, com vantagens para o canal, claro. Foi o fim da novidade, da chance de mostrar novos artistas. Claro que as empresas fonográficas investiam naqueles que dariam o maior retorno, os velhos artistas, as Madonnas da vida, os mais maleáveis e vendáveis.

Uma história bacana – e triste ao mesmo tempo – é a relação do Devo com a MTV. Dois integrantes do Devo sempre foram defensores do vídeo clipe. O Casale e/ou Statler dirigiam todos os clipes da banda, tinham um acervo imenso dos hits devianos. A MTV chamou eles para uma reunião e literalmente implorou que deixassem exibir os vídeos de graça. Eles aceitaram, crente que seria para sempre um canal que apoiaria os novos diretores, novos conceitos e novas bandas, sem preconceito, sem jabá. Quando a MTV estourou, o Devo encaminhou o seu novo clipe, da música That’s Good. Qual a surpresa dos caras quando os executivos da MTV quiseram censurar a cena de uma batata frita passando por dentro de um donut – desculpa fiada para não tocarem o clipe. Como o Devo não tinha cacife para negociar, nunca tocou.

Achei interessante todos conhecer como funciona o mundo executivo-musical. Ninguém é inocente (talvez somente o Devo), não há almoço grátis. Fico imaginando o que poderia ser uma MTV vibrante, inovadora, independente. A brasileira dá de dez na americana, que é totalmente controlada pelas megas corporações. Ainda consigo assistir a nacional. E nossas VJs dão de dez nas gringas, he he he.

(Fonte da informação: MTV and the Second British Invasion, artigo escrito pelo Simon Reynolds).