sexta-feira, novembro 03, 2006

Mais Uma do Jô (Passagem de Som)

As Capas Que Faltaram no Último Post






Black n White - Top 10

Hoje acordei com sintoma de “Alta Fidelidade”, mais especificamente a vontade de escrever listas. Então bolei uma listinha contendo os melhores discos já lançados que tenham capas pretas e brancas. Sem nenhuma cor! Aliais, são as melhores capas, ainda mais quando eram em vinil (que saudades do vinil!). Vejam, abaixo, o que consegui juntar. Será que deixei algum essencial de fora? Quais vocês substituiriam?

1º - Dirk Wears White Sox – do Adam & the Ants.

Esse grupo estourou com Kings of the Wild Frontier, que se tornou um marco do movimento New Romantics. No entanto, o melhor disco deles, da época que eram independente, foi esse, que nada tem a ver com o que veio a ser os Ants. Na verdade, a banda de apoio do Adam Ant eram os excelentes músicos que depois formariam o Bow Wow Wow. Esse disco foi um marco na minha vida, pois mostrou que o velho formato punk de três acordes havia se saturado e que outras coisas mais interessantes estavam surgindo no underground.


2º - Second Edition – Public Image Ltd.

O que posso falar? A edição com capa de papel do Metal Box. O disco que quebrou os tabus criado pelo punk, misturou dub, com rock, com disco, com experimentalismo. O filho dos olhos do John Lydon. Meu disco favorito de todos os tempos. Aqui o John se livra do pseudônimo Rotten e mostra pra que veio ao mundo. Tudo bem que nunca conseguiu superar esse esforço, um marco.

3º - In the Flat Field – Bauhaus

Ouvia esse LP todo domingo de manhã no volume máximo. Não curava a ressaca, pelo contrário, amplificava-a ao ponto da agonia máxima. Coisa de dark, he he he. De novo, um divisor de águas. Daniel Ash foi meu guitar hero durante mais de uma década. Sombrio e lindo.

4º - 2x45 – Cabaret Voltaire

Será que tem alguma relação entre a capa ser em preto e branco e o disco ser um ponto de virada no mundo do rock? Essa capa era linda, um envelope preto, que, ao abrir, virava um pôster esquisito, meio prata e branco. Dentro, dois discos que tocavam em 45 rpm, eis o nome. Aqui, o CabVolt dá uma guinada no som, o tornando um pouco mais acessível ao grande público, mas sem perder o vanguardismo. Chamou a atenção de pessoas como África Baambaatta, entre outros.

5º - Fresh Fruits From Rotting Vegetebles – Dead Kennedys

O disco de estréia dos DKs, um clássico. Gosto deles assim, mais para o punk do que para o hardcore. Letras geniais e um encarte maravilhoso, que rendeu várias camisetas para o pessoal da tchurma.



6º - Unknown Pleasures – Joy Division

Cai o Heroes, do Bowie, entra o primeiro do Joy Division. Incrível, outro disco com capa preta e branca que foi um divisor de barreiras! O que dizer? Já viram o filme 24 Party People? Vejam!

7º - The Idiot – Iggy Pop

Sim, há vida após os Stooges! Produzido pelo Bowie, ainda na fase européia. Também gravado em Berlim dividida. É refrescante ver o Iggy longe das drogas e do esporro dos Stooges. Sua voz brilha e o som, na época, era de vanguarda total. Até hoje, meu Iggy Pop favorito.

8º - We Are All Prostitutes – Pop Group

Não deixem o nome espantar vocês. Esse é o grupo mais politicamente radical que vocês podem ouvir no rock. Tudo bem que o som era uma tentativa de misturar em uma só música o funk do James Brown, o reggae do Marley, o punk dos Pistols, a teoria do Mao, a força do Clash – alguma vezes com sucesso, outras sem. Um disco forte para pessoas fortes.

9º - Killing Joke.

Sai para lá, Led! Como poderia me esquecer da banda que mais influenciou a Plebe Rude? Jaz Coleman e Cia, o Killing Joke, em atividade até hoje! Essencial para entender a Plebe.

10º - O Concreto Já Rachou – Plebe Rude

Dizer o quê, sou parcial. Mas que o disco é bom pra caralho, é!

quinta-feira, novembro 02, 2006

quarta-feira, novembro 01, 2006

Gravação no Programa do Jô

Ontem gravamos uma participação da Plebe Rude no Programa do Jô. Não adianta, a Globo é foda, muito profissional. Comparei com nossa última aparição no programa, quando ainda era transmitida pela SBT. O esquema global é outra coisa, horários cumpridos, normas de segurança para o público, organização, dedicação do pessoal, tudo para funcionar de forma otimizada.

Quando for ao ar – eles estão gravando um monte de programas, sem previsão de transmissão – a gente vai aparecer tocando 3 músicas! O programa vai abrir com Até Quando Esperar, durante a entrevista vai ter uma versão acústica de Proteção e, no final, O Que Se Faz. A entrevista foi bem bacana, abordando o novo disco, a ditadura, o acontecimento em Patos de Minas e a nova formação.

No público, um único plebeu, o Guilherme, que está em todas.

segunda-feira, outubro 30, 2006

Like a Rolling Stone

A revista Rolling Stones – que lá fora representa o pior do rock corporativo – teve sua versão tupiniquim lançada este mês. Acredito que será melhor que sua versão ianque, assim como a MTV- Br é dezenas de vezes melhor de assistir do que a da matriz. Logo no primeiro número, trazem uma reportagem sobre a Plebe e os Inocentes. Eu ainda não li, por isso, não vou dar uma opinião.

No entanto, quem escreveu a matéria não está nem um pouco satisfeito com o que foi publicado. Veja só o e-mail que o Paulo Marchetti, o autor da matéria:

“Mais uma vez fui sacaneado. Dessa vez pela Rolling Stone. Me pediram matérias com Plebe e Inocentes. Fiz. Ontem abri a revista e vi que elas se transformaram numa pauta ridícula chamada Bodas de Prata, a qual não escrevi uma vírgula, apesar de ter minha assinatura.
Que vergonha... vou publicar a matéria que fiz com André em meu blog e na comunidade da Plebe no Orkut. Assim que posta-las eu informo vcs. Que vergonha...
abs
Paulo”

Isso é muito comum, em qualquer segmento da mídia. O veículo adota uma linha editorial, não informa ao repórter, que vai a campo e faz a matéria. Quando a entrega, não é exatamente o que os editores queriam e o texto é alterado para se ter o tal do “alinhamento editorial”. Quando o autor é avisando com antecedência, se evitam surpresas como a expressa, acima, pelo Paulo.

Ressaca Pós 2º Turno

Outrora, os melhores pensavam pelos idiotas; hoje, os idiotas pensam pelos melhores. Criou-se uma situação realmente trágica: — ou o sujeito se submete ao idiota ou o idiota o extermina.

- Nelson Rodrigues.