

Voltando de Atlanta, comprei uma cópia da revista Spin de outubro. Não costumo ler essas revistas corporativas que trazem o rock junto com todo tipo de propaganda, mas a capa chamou minha atenção: edição especial sobre os 30 anos do punk. Como todos sabem, eu prego e insisto que 1977 foi o grande divisor d’água no rock. A revista capricha, tem uma entrevista com o John Lydon, com o Mick Jones e algumas fotos maravilhosas (e um tanto perturbadoras) de alguns músicos hoje. Eles dividem em turma de Londres, de NY e da Costa Oeste dos EUA. Caramba, meu herói, Hugh Cornwall, guitarrista dos Stranglers tá um bagaço! E o Captain Sensible usa camisas havaianas!!
Vale a pena dar uma lida. O que mais chama a atenção é que todos concordam que punk foi o último movimento no qual o rock era considerado algo perigoso, que chamou a atenção do sistema, que se armou para destruí-lo. E estamos falando de punk ’77, nada de moicanos, casacos de couro e piercings. Hoje, qualquer movimento musical, de jovens ou artístico é automaticamente capturado pelas corporações, embalado e vendido de volta a preços astronômicos. Uma pena.
Outra coisa que a gente percebe ao ler os artigos, é como tudo era excitante, desconhecido e empolgante. Por isso que mexeu com tantas pessoas.