quinta-feira, junho 23, 2005

Mais Punk

Esse debate todo sobre o punk trouxe uma onda de saudosísmo. Como era bom descobrir as bandas novas no fim dos anos 70s! Cada uma levando o rock noutra direção, temperando a revolta com outros sons e sabores. A transição dos Pistols, Clash e Damned para Joy Division, Cabaret Voltaire e Cure, para Sisters of Mercy, Jesus & Marychain foi bem lógica para mim. Por isso nunca aceitei o hardcore, que não permitia variações, experimentações. Criou suas regras e todos eram obrigados a seguí-las. Essa mesma euforia eu senti em meados dos 90s quando descobri a cena eletrônica. Aliáis, me identifiquei muito com a galera eletrôncia de Brasília, correndo atrás de sua própria diversão e sons. Me lembrou muito dos primeiros punks candangos. Pena que o Luciano Hulk, o Acioli e um monte de outros playboys adotaram o eletrônico com trilha sonora de suas vidas. Pena que a MTV transformou a revolta em dólares. Porque alguém ouve Green Day ao invés de Stiff Little Fingers está além de minha compreensão.