
Ontem foi aniversário de Brasília.  Impressionante quando se percebe que a capital federal tem somente 48 anos e o quanto se desenvolveu.  Duvido que quaisquer dos brilhantes arquitetos, urbanistas e palpiteiros em 1960 conseguissem prever um crescimento desse porte aqui, no meio do Planalto Central.
Como ocorre em todo aniversário de Brasília, a Esplanada dos Ministérios é fechada para as comemorações.  O Arruda não poupou energia e planejamento e ofereceu aos brasilienses uma festa e tanto.  Liberou o metrô, possibilitando a vinda de uma manada de pessoas.  Estima-se um número perto de um milhão de pessoas passaram pelo local.
Estive lá das 14 às 22 horas.  Primeiro, fui levar a Ana para ver a Esquadrilha da Fumaça, que sempre me surpreende.  Muita gente, uma multidão digna das metrópoles da China.  Estivemos na praça do Museu da República, aquele em forma da casa dos Teletubbies.  O Niemeyer projeto três lagoas circulares, que estão cheias de água fétida e suja.  Claro que os tanques pareciam o Rio Gandhi, cheio de crianças nadando de cuecas.  Sem nenhum banheiro por perto, duvido que saíssem para fazer suas necessidades.  Consigo prever que vários irão contrair doenças até o fim do mês.
Observei os que me cercavam, a maioria, 99%, pessoas das classes C e D que vieram das cidades satélites.  Interessante notar que realmente houve distribuição de renda no governo Lula (ou talvez desde o governo FHC).  Todos tinham dinheiro para gastar em cervejas (vendidas ilegalmente dos porta-malas dos carros), picolés, CDs e outras coisas que estavam sendo vendidas.  No entanto, educação zero.  Mesmo com lixos presentes, tudo quanto era lata, garrafa e papel tinham um único destino: o chão.  Lá pelas 16 horas, quando começou o Streetball, a Esplanada parecia uma grande depósito.
Outra percepção, agora que têm o que comer, comem, sem preocupação nenhuma com alimentação.  O que se vê de buchos de fora incomoda.  Imagem aquelas funkeiras, calça apertadinha, justinha, camisa levantada e o barrigão mostrando alegremente um piercing de latão pendurado do umbigo.  Bem que o IBGE alertou, a obesidade é um risco à nossa população.
De noite, o show de gravação do DVD do Capital Inicial.  Fazem um pop competente e é confortante saber que conseguiram a notoriedade que têm.  Tem umas fotos nesse 
link, vejam como foi.  Até o Arruda estava lá, de verde, claro, aprovando tudo.  Dinho foi um anfitrião de primeira, mesmo não parando de falar “cara”.  É sua marca registrada – além do piercing no umbigo, claro.  Foi legal ver meu amigo do peito, Fê, tocando com tudo.  Foi o melhor da banda, na minha opinião. Detestei aquela boneca da Natasha, parecendo mais uma dançarina do Tchã do que a roqueira retratada na letra.
Bom, não vamos falar de letras......... que venha o DVD, que incluirá Geração Coca-Cola, Que País é Esse, Mulher de Fases, Primeiros Erros, outra da Legião, além, claro, dos hits do Capital.