sexta-feira, fevereiro 04, 2005

INFERNO CARTORIAL

Hoje fui obrigado a fazer uma das coisas que mais odeio nesse mundo: ir a um cartório. Em todo país civilizado, e também em vários incivilizados, aquilo que as pessoas fazem e escrevem tem credibilidade, é aceito como verdadeiro. No Brasil, não! Quando você assina um documento, tem que valer de um tabelião para dizer que, sim, aquilo é sua assinatura e tem validade. E quem dá esse poder ao dono do cartório? O governo. Aquele, formado por políticos que mudam de partido a bem querer; que gastam o dinheiro público como se fosse deles; que se escondem por trás de imunidades parlamentares para escapar dos mais escuzos processos. Daí vem o tal do tabelião e, se ele não comprovar que aquela cópia xerox de documento é igual ao original, ninguém aceita. É a sociedade Gerson, onde todos estão querendo enganar todos e se dar bem o tempo todo. Ainda bem que temos os cartórios para nos proteger dos vigaristas com os quais temos que lidar no dia a dia! Até conseguirmos erger um país movido pela confiança alheia, não vejo futuro para o Brasil. Que se multipliquem os cartórios!

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