sexta-feira, julho 03, 2009

Abobrinhas de Fim de Semana

1. Artigo de hoje no Correio Brasiliense afirmando aquilo que todos desse blog já sabiam: caos no trânsito iminente nos próximos anos. Governo estimulando a compra de carros, negligenciando o transporte coletivo e os estudiosos avisando. Quando a merda bater no ventilador, quero ver o que vai dar.
2. Mercadante defendendo Sarney na tribuna do Senado? Pensei que já tinha visto de tudo! O Suplicy foi bem mais elegante, saiu de fininho. O Maranhão tem um IDH abaixo do Haiti! Pensem nisso! Todos os dedos apontam para somente uma família como a culpada, adivinhem qual?
3. Fiquei chocado com as agressões racistas da torcida do Grêmio, no jogo de ontem contra o Cruzeiro. Se tem uma coisa que me causa nojo é o racismo. Quando morei na Inglaterra, quando adolescente, uma das primeiras coisas que meus colegas de sala vieram falar comigo foram comentários negativos quanto ao fato do Brasil ter muitas raças. Um cara me perguntou como a gente suportava viver com negros. Respondi que contra negros não tínhamos preconceito nenhum, mas contra gordos sim. Que a gente olhava para um gordo e via um cara desleixado, preguiçoso e mau caráter. O cara era gordo e ficou ofendido, sentiu gosto do próprio veneno.
4. Qual a semelhança entre Grêmio e Michael Jackson? Os dois prometeram dar show, venderam todos os ingressos e morreram em casa, ah, ah.
5. Bom fim de semana para todos. Hoje tem Slim Jim Phantom!!!

10 comentários:

Anônimo disse...

André, agora é sério! Pela história da banda e que vocês tiveram juntos, bem que poderia convidar os caras para a gravação do dvd, nem que seja para tocar uma música apenas. Aproveite que o Jander estará na cidade neste fds e faça o convite. Valeu!

CARLOS RATO disse...

Discordo anonimo, mesmo sabendo que o timbre do jander é único e espetacular em músicascomo Brasília..seu jogo, etc... quem vive de passado é museu, o chapa não quer mais? ok siga em frente aliás um dos melhores shows do PLEBE RUDE que vi foi quando estavam só o André e o Philippe e o Márcio romano (se não me engano) na batera...foi um pusta show no antigo circo voador com direito a Jam com as bandas de abertura

Anônimo disse...

Nem sempre o gordo é preguiçoso, desleixado e mau carater.
Tambem existe o magro preguiçoso, desleixado e mau carater.

O fato é que a obesidade é uma doença do metabolismo e a medicina ainda não conhece a verdadeira causa disso. Então colocam a culpa na vitima. Sempre dizem que o gordo come demais e não faz exercicio. Outro preconceito criado pela ignorancia.

André Mueller disse...

Anônimo, eu não quis ofender nenhum gordo, nem tenho esse tipo de preconceito. O meu interlocutor racista era gordo, por isso falei daquele jeito. Se fosse ruivo, usaria os ruivos como alvo; se fosse alto, usaria sua altura. O que quis fazer foi mostrar o quão ridículo é ter preconceito quanto alguma característica da pessoa.

dg disse...

sobre comportameto, trechos de um texto escrito no www.senhorf.com.br,por quem tenho uma admiração gigante:

“3 de fevereiro de 1959, o dia em que o rock morreu pela primeira vez”

1ª parte:
...“Em 10 de janeiro de 1956, Elvis Presley gravou o single ‘Heartbreak Hotel’ e ‘I Want You, I Need You’ para a RCA Victor. Foi o primeiro dos cinco mega hits nacionais que ele lançou naquele ano por sua nova gravadora. Na sua onda, surgiram Jerry Lee Lewis, Buddy Holly, Gene Vincent, Eddie Cochran e milhares de outros ídolos. Na primeira fase, entre 1953 e 1955, tinha prevalecido o rock and roll de origem negra de Chuck Berry, Little Richard, Fats Domino e, mesmo Bill Halley. Com o branquelo de Memphis e sua explosiva mistura de blues e country, o rock experimentava o seu ‘big bang’, em todos os sentidos. O primeiro rei do rock e seus parceiros chegavam ao grande público no momento certo e, agora, apresentados, especialmente Elvis, ao gosto da nova clientela.”

“Não demorou muito para o rock and roll em sua forma mais original e radical entrar em rota de colisão com o falso moralismo político, religioso e sexual. Com o macarthismo, naquele momento, em seu ápice de histeria persecutória, o rock and roll não seria tratado de forma diferente do que o foram a literatura, o cinema e, também, os quadrinhos, embora isso ainda não faça parte da história oficial. Mais do que essas duas formas de expressão cultural, o rock and roll, embora sem um discurso político direto, subvertia costumes tradicionais e, principalmente, abria as portas da insubmissão, da rebeldia. Era difícil acusar os jovens roqueiros de comunistas, como se fazia com jornalistas, escritores, cineastas e atores, mas se podia atacá-los em outras frentes, especialmente no terreno moral e sexual.”

“Em resumo, naquele momento, era preciso preservar o mercado e ampliar seus gordos lucros, mas isso exigia “limpar” o rock and roll, vestí-lo para a sala da classe média americana. Nesse período, a pressão do governo, das gravadoras e das lideranças políticas e religiosas se abateu com todo seu poder sobre os jovens músicos. No final dos anos cinqüenta, quem não havia sucumbido frente a ação direta dessas instituições, acabou vítima de trágicos episódios, também resultado da intensidade daquele momento. Os verdadeiros e revolucionários artistas tinham sido afastados, cooptados, marginalizados, presos ou estavam mortos. Em seu lugar, uma nova safra de cantores sarados, como Paul Anka, Neil Sedaka e tantos outros, ganhava as telas das televisões.”

dg disse...

2ª parte:
“Herói da primeira fase do rock and roll, do negro Chuck Berry foi cobrado um preço mais alto, que resultou em sua prisão. Berry foi acusado de violar a Lei Mann, que proibia o transporte de menores entre os Estados americanos, por ter trazido uma mulher de outro estado para o seu clube. Segundo o músico, a mulher tinha 21 anos, mas a Lei sustentou sua menoridade e, além disso, agregou a acusação a prática de prostituição. O resultado desse processo, que se arrastou por mais de dois anos, foi que o autor de Johnny B. Goode e dezenas de outros clássicos do rock acabou condenado e preso, em 1962. Nesse meio tempo, a sua carreira já tinha sido destruída, por conta do escândalo e da repercussão na mídia e no meio musical.”

“Outra vítima da pressão da mídia foi Jerry Lee Lewis, espécie de sucessor de Elvis Presley na Sun Records de Sam Phllips. Ao casar secretamente com sua prima Myra Brown, de 14 anos, Lewis deu aos conservadores o argumento que faltava para sustentar o ataque aos jovens roqueiros. Em manchetes escandalosas, os jornais britânicos e americanos trataram o caso como abuso de menores. Pesava contra ele o fato de ser mais velho e já ter um histórico de três casamentos, sendo que o último ainda pendente do divórcio legal. Talvez o mais rebelde dos roqueiros brancos, The Killer, como ficou conhecido, viu sua carreira arruinar-se da noite para o dia. Em junho de 1958, antes de começar a vagar pelos bares mais obscuros dos Estados Unidos, ele emplacou seu último sucesso, a música ‘High School Confidential’.”

“Talvez ninguém mais do que o DJ Alan Freed personifique a pressão e a perseguição desenvolvida contra as pequenas rádios que alavancaram o rock and roll. Freed era branco, mas transformara-se no maior defensor e propagandista da música negra, no caso o rock and roll da primeira fase do gênero. Perspicaz, ele organizou grandes festas coletivas, as The Moondog House Rock and Roll Party, onde reunia brancos e negros, no palco e na platéia. Em tempos de racismo exacerbado, e de início da luta pelos direitos civis, a postura de Freed foi um desafio tão importante quanto Jimi Hendrix em Woodstock executando o hino americano sobreposto por sons da guerra contra o Vietnã. Freed foi o principal alvo o conhecido Escândalo Payolla, acusado de receber jabá para tocar rock and roll, o que o levou a miséria e a morte prematura, em 1965.

A década de sessenta estava começando e o mundo do rock and roll clássico encontrava-se aparentemente domesticado. Os primeiros heróis estavam, em sua maioria, fora de cena, afastados de seus públicos. Mas quem pensou que, com isso, o rock estava sob controle, levou um certo tempo a compreender a nova explosão dos Beatles, Rolling Stones e outros grupos ingleses. E mais do que isso, não deve ter entendido a presença em seus primeiros discos de tantas músicas daqueles jovens banidos há tão pouco tempo. Os primeiros discos dos Beatles e dos Rolling Stones, particularmente, traziam clássicos dos seus ídolos confessos, atraindo novamente a atenção para os seus nomes. Aos poucos, a partir de meados dos anos sessenta, Chuck Berry, Jerry Lee Lewis, Little Richard e muitos outros retornaram ao disco e aos palcos, afirmando definitivamente a sua importância para a história do rock”

Anônimo disse...

X,

Compreendi sua intenção. Porém, mesmo que bem intencionado, vc usou um preconceito p/ combater outro. De certo modo, apesar do racista ingles ter merecido o proprio veneno, vc cometeu uma falácia simples. Um erro não justifica o outro. Usar preonceito contra o preconceito, isso pode parecer preconceito tambem. É conflito lógico.

Então, aproveitei a deixa p/ esclarecer. Teci comentários sobre a gordofobia moderna.

Entretanto, X percebeu a falácia. Se desculpou, justificou. Por ser do bem, concordou comigo. Por ser humano, confessou não ter resistido a tentação. Tambem não resistiria.

As vezes, na ferida alheia, vale a pena rodar um dedo educativo. As fortes emoções ensinam melhor, fixam a memoria.

Anônimo disse...

DG,

Assim como na era Reagan/Bush, da criação da MTV, em que enfraqueceram e comercializaram o rock pauleira e psicodelico oriundo de movimentos hipongas e pervertidos, o macartismo fascista, racista e socio da KKK, esse tambem combateu o rock maldito dos negros, musica essa que alimentava a juventude rebelde e transviada de então.

Assim, ainda que existissem branquelos malditos como J.L.Lewis e Buddy Holly, trataram de embranquecer, romantizar, idiotizar, hollywoodizar e comercializar o rock n' roll dos pretos.

Elvis foi o maior exemplo, o Michael Jackson da época, talvez o primeiro grande fenomeno pop comercial do mundo. Era bom musico, mas sem rebeldia perigosa. Não ajudou em nada o movimento de negros, mulheres e direitos civis.

Jacare disse...

André
Eu tbm acho q seria legal ter participações no DVD.Pô chama os caras numa musica que seja ,e ja sabendo q cada um vai seguir na sua novamente.Vc deve ter visto a premiação do Metallica no Hall da fama de lá,eles chamaram o Jason,para receber o premio e tocar também.Abraço

Anônimo disse...

Andre, achei muito bunita esta foto doceu, onde vairolar o DVD da Plebe.

Cara, em falar em ceu, esses dias eu cruzei, na feira a torre, que rola aos domingos com o Carlos Maltz, ex-Engenheiros. O cara virou piscologo e astrologo, e mora em BSB.

Rodolfo Oliveira