sexta-feira, junho 16, 2006

Exclusividade: o Fax de Lula à Ronaldo



Essa é para manter o bom humor no fim de semana. Tem um dito anarquista de que a melhor forma de acabar com um governo é rir dele. Então lá vai.

Meu pesado colega Ronaldo,

Venho atraveis deste fáquiz, encerar de uma veize por todas, estas polêmica sobre os fato de você estar rexonxudo e um tanto quanto repolhudo ou não. Hic. Mesmo porque isso é um assunto de forno íntimo e não é da minha calçada.

Eu sei que ônti, quando eu perguntei pros Parrera sobre os seus pobrema de obesidade eu cometi uma garfield e acabei trocando os pés pelos mamões e botando nós doiz numa saia injusta.

Acho que por causa disso você acabou falando que se você é gordo eu sou um bêbo. Eu não sou bêbo, hic, e por acaso eu nem to mais gordo, mas ao invés de tentar brigar mais ainda, acho melhor a gente botar umas pingas nos is.

Vou aproveitar esta miçiva e matar dois coelho com uma caixa dágua: eu não falo mais dos seus pneu e você não fala mais das minhas cana.

Boa sorte pra você, espero que vocês volte com o hexa e me ajude a conquistar o bi nas eleissão de outubro.

Hoje eu vi as abertura da Copa nas Alemanha e se emocionei muito ao ver o Pelé com a Cláudia Chifre.

Tudo de bom, abassos a todo, do seu conhaque presidente.

quarta-feira, junho 14, 2006

Plebe na Copa de 1990


A data era 24 de junho de 1990. Copa do Mundo rolando na Itália e a Plebe (músicos, equipe e convidados) enfurnada no quarto do Philippe, num hotel em Goiânia. O jogo era Brasil e Argentina, o time que adoramos odiar. Jogo fraquíssimo, ambos os times na retranca e pouco futebol para se gabar. Logo o frigobar foi esvaziado, sob os olhares do Philippe que perguntava: quem vai bancar isso? Essa preocupação foi eliminada, junto com o Brasil, quando o Caniggia marcou o único gol da partida, aos 35 minutos do 2º tempo.

Melancolia total quando descemos ao lobby para ir a boate, onde seria o show daquela noite. Passagem de som já é chato, imagine o clima entre todos com a Seleção eliminada pela Argentina! Passamos poucas músicas e voltamos ao hotel para relaxar até a hora do show.

Se o clima na passagem de som estava ruim, imagine durante o show. Na verdade, o dono da boate armou o evento para comemorar a vitória do Brasil sobre a Argentina. O lugar estava todo decorado de verde e amarelo. Onde você olhava, tinha algo para te lembrar da Copa, agora com um Brasil eliminado. Nada que fazíamos conseguia elevar o astral da galera, que parecia mais num velório.

Foi nessa que o Philippe teve a grande sacação: ele tinha acabado de comprar um teclado que vinha com um monte de efeitos especiais pré-programados. Entre eles, um chicote estalando. Então ele ia pro microfone e falava: “Chibatada no Lazaroni!” E a casa vinha abaixo. Lazaroni era o técnico da Seleção, para quem não se lembra. Assim foi o show, entre cada música, a gente ia até o teclado e mandava uma série de chibatadas e gritava: “Essa é pro Lazaroni!”.

Nem só de música se faz um show.

terça-feira, junho 13, 2006

Croatas caem no samba!!


E, assim como aconteceu em 1970, quando os comunistas se reuiniram e decidiram que era ok torcer pelo Brasil, mesmo implicando propaganda para o governo, eu me reuni com minhas várias personalidades e decidimos que, se eles podiam, nós também podemos. Então: dá-lhe Brasil!!!

segunda-feira, junho 12, 2006

Cada ação provoca uma reação.






Vocês nunca se perguntaram porque os cachorros atacam os humanos? Vejam, nas fotos acima, a resposta! Quando morava no Rio, fica bobo de ver os cariocas enfiarem suéters em seus cachorros quando a temperatura baixava dos 19 graus! Dá-lhe dentes!

sexta-feira, junho 09, 2006

Viva a Seleglobo!


Subindo no elevador, meu vizinho pergunta: “E aí, vai torcer para a Seleção da Rede Globo?” Não entendi nada. A ficha só caiu vendo o Jornal Nacional. Não é estranho que a Seleção representa o país, mas só a Globo tem acesso aos jogadores, ao técnico, aos treinos? E aquele bonequinho da Vivo no uniforme? Muito esquisito. Parece que a realidade Blade Runner, onde as corporações tudo controlam, está chegando.

Voltando à Seleção, vocês provavelmente viram Lula, o Candidato, numa seção de perguntas e respostas com os jogadores. Sabiam que a condição era: somente o Presidente pergunta, os jogadores só respondem. Indagações ao Lula eram proibidas. E tem gente que acha que a música Censura está ultrapassada!!!

Já o Ronaldinho, que não foi fazer campanha pró-Lula nas seção de perguntas e respostas armada pela Globo, deu um golaço com a resposta ao Presidente que perguntou ao Parreira se o Fenômeno estava gordo. Ele, irritado falou: “Se você acredita o que lê na imprensa, acredita que eu estou gordo, então eu também acredito e acho que você é um bebum, cachaceiro!” Muito boa!

Eu queria ver um Kaká marcar um gol e comemorar levantando a camisa do uniforme para revelar outra camisa escrita: Seja Alguém, Vote em Ninguém!

quinta-feira, junho 08, 2006

Seja Alguém.....


No último BMF (Brasília Music Festival), quando fui apresentar Voto em Branco, falei de um político brasiliense que, quando foi senador pelo DF, acabou mentindo, jurando uma inverdade, depois chorou, pediu desculpas e, covardemente, renunciou ao cargo. Não foi o único que mencionei na tentativa de alertar sobre como os candidatos se mostram e como na verdade são. Mas esse sujeito, em particular, ficou ofendido, pegou o telefone do Philippe e ficou enchendo o saco. Quis nos processar, mas sacou que somente falamos a verdade. Estamos num ano de eleições. E de copa! Quando saio para o trabalho de manhã, fico assustado com o número de bandeiras, da cidade pintada de verde e amarelo. Lembro que não estamos na ditadura, que aquilo não é uma ação “moral e cívica” dos militares e me acalmo um pouco. Só para ficar novamente apavorado quando constato que tem mais adesivos nas janelas dos carros desse político do que bandeiras pró-seleção. Não preciso explicar o desenho do Angeli, acima. Muito apropriado.

terça-feira, junho 06, 2006

Invadiram o Congresso Nacional!

Estou rolando de rir, enxugando as lágrimas que jorram para fora desses olhos felizes. O plenário da Câmera dos Deputados está lotada numa terça-feira, coisa inédita. Mas não pensem que é por vontade de trabalhar de nossos representantes. É que estão com medo, acuados, cagando nas calças. O MST invadiu o Congresso Nacional e está realizando o sonho de milhares de brasileiros: dar porrada nos deputados!

Liguem na TV Câmara, é hilário ver os cagalhões medrosos justificando a força policial, querendo que a imprensa não dê foco nos invasores. Olha, nunca fui simpático ao MST, mas dessa vez estou aplaudindo em pé.

Quando do Giraffest, o Philippe disse que o sonho dele era ver as milhares de pessoas que estavam para o show, um dia, na frente do Congresso Nacional protestando. Acho que deveríamos todos ir para lá, dar força aos sem-tera invasores.

Sensacional, não há outra palavra

Pensamento do Dia

Suzane von Richthofen consultando o advogado:

- Eu tenho alguma chance de ser absolvida?

- Só se for julgada pelo Congresso Nacional !!!

Homenagem ao Nettinho.


Não conhecia pessoalmente o guitarrista dos Detonautas. Uma vez esbarramos com eles no backstage da gravação da homenagem ao Renato Russo. Me chamou a atenção a alegria da banda de estar lá prestando as devidas honras. O baixista até me deu uma palheta personalizada que usei no show do Girrafest (é muito boa!). Segunda, quando li a notícia de sua morte, assassinado numa tentativa de assalto, uma tristeza muito grande se apoderou de mim. Imediatamente a letra da Legião soa na minha cabeça: “porque que os jovens sempre sofrem” (ou algo nessa linha, não me lembro bem da letra, mas sim do tom de tristeza e do significado). Quantos morrem assim, que não são celebridades e, por isso mesmo, ficam no anonimato? Voltando ao caso específico do Nettinho, o cara estava fazendo o que gostava, não incomodava ninguém – vítima de um incidente estúpido.

Poderia falar sobre como a bolsa-família, principal arma eleitoreira do PT, estimula as pessoas a não fazerem nada. Como o assistencialismo, do qual o Brasil é vítima durante décadas, é apontado como o maior causador do abismo social. Poderia apontar dedos e escolher culpados diretos e indiretos, mas não vou fazer nada disso. Essa é uma homenagem a uma pessoa que não conhecia, mas poderia conhecer. A alguém que vivia de música, que trazia um pouco de alegria àqueles que gostavam de seu som. Repouse em paz. Amém.

segunda-feira, junho 05, 2006

Sexta Doom no Porão





Porão do Rock - sexta-feira – 2 de junho de 2006. Noite dos camisas pretas, e não me refiro ao movimento pró-Mussolini na Itália, antes da segunda guerra mundial. São os fãs do metaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaal!, que comparecem em hordas para prestigiar Lobotomia, Totem, Paul Di’ Anno, entre outros. Não sei o que o Cólera estava fazendo no meio, destoando, no bom sentido, de tudo isso. Aliais, lágrimas foram contidas vendo o Cólera. Quando do lançamento do Nunca Fomos, éramos unha e carne. Sempre em São Paulo, a Plebe vivia com os caras. O reencontro foi emocionante. E sábado foi aniversário do Pi R, parabéns!! Vejam as fotos.

O nosso set de dj foi muito divertido. O Balé entrou com um peso de bigorna, manobrou para um tecno e aterrisou no velho e bom Devo. Bacana.

Para marcar o começo dos trabalhos, comecei com Highway to Hell, tocado pela banda country Hayseed Dixie, com direito a solo de banjo e tudo. Os metaleiros até que levam jeito para o country, deveriam frequentar mais feiras de agropecuária, he he he. Depois, um mash de Nirvana Teen Spirit com Billei Jean do Michael Jackson. Tinha uns que não sabiam se dançavam, me xingavam ou se divertiam. Em seguida, Vines misturado com Pink, com a mesma reação da platéia. Daí, foram três versões reprogramadas de grandes hits, com a batida comendo solta: Whole Lotta Love, Eye of the Tiger e Pink Floyd. Legal que quando o groove começa a aparecer, as garotas voltam à pista, que até então só tinha garotão. Daí foram, Robot Rock, do Daft Punk, um mash de Satisfaction com Fatboy Slim e, para terminar, Vou Criar Galinha, do Agildo Ribeiro, com solo de galinhas fazendo boc-boc-boc.

Queria tocar mais, mas o Igor chegou e foi tomando conta dos decks (deram uma hora para cada um). Gostei da reação do público, tirando uns radicais, como da foto acima, acho que todos conseguiram se divertir. Não é o que costumo tocar, mas achei legal trazer um pouco de bom humor à noite negra do porão.

sexta-feira, junho 02, 2006

É Hoje! Porão do Rrrrrrrockkkk!



Dei a notícia errada! Balé e eu (mais Igor Cavalera e outros dê jotas) estaremos hoje (repito: hoje!) na tenda do Porão. Acima, um flyer feito pelo Balé para o evento do ano passado. Ignorem a data.

Espero que estejam lá para me proteger dos metaleiro enfurecidos quando tocar AC/DC misturado com Miss Eliot (eta!).

quarta-feira, maio 31, 2006

Poente em Brasília


Severino Cavalcanti – a piada política de 2005 – deu uma entrevista dizendo que já tem 100 mil votos garantidos para que volte ao Congresso como deputado. Sim, aquele mesmo contra experiências com células tronco. Aquele que extorquiu o dono de um restaurante para que o estabelecimento continuasse a funcionar no edifício do Congresso. Não é que o povo tenha memória curta. Não tem nem memória! Não entende que é o dinheiro deles que está sendo desviado para contas de deputados.

Mais de metade dos deputados e um senador estão comprovadamente envolvidos com o desvio de dinheiro destinado a ambulâncias. Sabiam que mais da metade das mortes por remoção acontece porque não há um transporte eficiente para levar o enfermo/acidentado ao hospital? Esses, além de serem cassados, deveriam cumprir pena por assassinato!

O Quércia, símbolo de político corrupto no final do século passado, agora é a salvação do PMDB. Hoje, está reunido com Lula para traçar estratégias que beneficiem ambos. Será que vão lembrar da gente?

Mensalão está comprovado que existe. Além dos abonados salários, deputados e assessores recebem mensadinhas do PT para formar a base governista. É o mesmo que por a raposa no galinheiro. Enquanto não tem fome, não mata as galinhas. Cassaram o Jefferson e o Dirceu e todos fazem um acordo que mais ninguém vai ser punido. Beleza, né?

Por tudo isso, publico a foto, acima, gentilmente encaminhada pelo Kuala Bala Ribeiro. Por do sol em Brasília é isso aí. Aceitam uma fatia?

terça-feira, maio 30, 2006

Picolé de Macaco



O macaco da foto, acima, ilustra muito bem o jeito de pensar da maioria da nossa população. Sejam ricos, sejam pobres, a tendência é sempre pensar no curtíssimo prazo, nas vantagens do agora, não dando importância à construção de um futuro sustentável e próspero.

Voltando ao caso do macaco ártico. Para se proteger das épocas mais frias do inverno, o símio adota hábitos nômades, procurando temperaturas mais amenas ao sul ou norte, conforme for o caso. Mas estar em constante mudança dá trabalho, exige preparação, planejamento, plano de curso, racionamento dos alimentos, proteção da família, enfim, se gasta muita energia. O nosso amigo da foto achou uma piscina de água quente brotando do chão. Oras, pensou, vou me aquecer dentro dela e, assim, me proteger do frio.

Agora está numa sinuca. Se sair, a água no seu pelo vai congelar e o macaco morrerá de hipotermia. Já, se optar por ficar dentro da piscina, morrerá de fome. Por optar pela saída mais fácil – se proteger na água quente – o peludinho condenou sua existência na terra a poucos dias. Se tivesse escolhido a opção mais trabalhosa – migrar – poderia viver mais uma dezena de anos.

Vejo muito jovens optando pela saída mais fácil: deixar de estudar, preferindo um empreguinho agora. Oras, o salário paga o cinema e o refri, pra que mais? Porque, meu caro, um dia você vai precisar de casa, vai ter que sustentar uma família, vai querer montar o seu negócio, vai preferir um emprego mais desafiador. Ser burro é muito fácil. Ser medíocre é moleza. Difícil é ralar anos para ser um médico, um técnico de som, um engenheiro. Viver à sombra dos outros é mole. Fazer a sombra que abriga outro que dá trabalho.

Os políticos brasileiros seguem bem a linha de raciocínio do macaco ártico. Preferem roubar agora, depenar o patrimônio público, desconhecendo que comprometem gerações à ignorância e pobreza. Roubar agora e encher de dólares uma conta num paraíso fiscal é moleza. Construir uma nação forte, competitiva e independente dá mais trabalho.

O negócio é que a saída fácil prejudica não só os outros, como, principalmente, o feitor, o que opta por ela. A próxima vez que passarem por uma piscina quente e estiverem com frio, pensem duas vezes, suem a camisa, queimem os neurônios. Vocês não vão se arrepender. Melhor um cabeça quente do que um picolé humano!

segunda-feira, maio 29, 2006

White lables e Boots.

Desculpem a desaparecida! Peguei dois dias de férias e me desliguei do mundo. Voltando à real, descobri que teve um terremoto na Indonésia (novidade ruim), que o Lula ainda tá inaugurando coisas por aí (nenhuma novidade) e que o Atlético Pr. ganhou e pulou para o 10º lugar do brasileirão (novidade boa)!

Bem, e novidades da Plebe?, vocês devem estar perguntando. Tem, mas não vou abrir o bico para não melar! Vocês terão que esperar!

Enquanto isso, preparo o meu set com DJ no Porão, no sábado, dia 3. Como já adiantei, só estarei tocando white labels ou, como também são conhecidos, bootlegs. O que vem a ser isso? Saca só: o garotão em casa, munido de um computador e uns softwares de áudio, pega uma música, digamos Owner of a Lonley Heart do , urg!, Yes. Ele decompõe a música e remonta ela de outro jeito. Vira uma versão bootleg.

Outro exemplo: o cara pega duas músicas que não têm nada a ver uma com a outra. Digamos Smells Like Teen Spirit, do Nivrana, e Billie Jean, do Michael Jackson. E funde as duas!! Fica outra coisa, dá pra reconhecer as duas canções, mas é diferente das duas originais.

Isso é o que estarei tocando na minha hora comandando os decks. Estejam lá, de cabeça aberta, dancem e curtam!

quarta-feira, maio 24, 2006

X no Porão do Rock

Como no ano passado, estarei discotecando no Porão do Rock, na noite de 3 de junho. Ao contrário do ano passado, não tentarei impor um set de punk/post-punk/new wave para um público misto que não tem definição de estilo. O que farei é tocar uma hora de bootlegs, aquelas versões não oficiais de músicas remixadas e jogadas na internet. Se preparem para ouvir o batidão de Sunshine of Your Life, do Cream; Strange Love do Depeche Mode, Wholo Lotta Love, do Led. Tudo retrabalhado, reeditado.

terça-feira, maio 23, 2006

Chaves, pior que Colombo!



Certa vez, antes de usurpar a noção do socialismo para justificar suas ações ambiciosas, Hugo Chaves proferiu a frase: “Cristóvão Colombo foi muito pior que Hitler”. Referia-se, é claro, ao genocídio do povo índio praticado pelos colonizadores espanhóis. Vários historiadores acham a frase muito simplista, pois não toma o grande número de tribos que se aliaram aos europeus invasores e outras tensões inter-nativos. No entanto, faz sentido – se bem que, saindo de Chaves, deve ter uma agenda oculta que logo aparecerá (invadir a Espanha, talvez).

O que me chama atenção é que é muito provável que, dentro de algumas décadas, um futuro líder venezuelano declare: “Chaves foi muito pior que Colombo!” Vai olhar para seu país, isolado do mundo, tendo como aliados uma Bolívia reduzida à sucata, com o povo mais sofrido do que antes. Nem uma Cuba vai estar do seu lado, tendo em vista que após a morte de Castro, a ilha se integrará ao mundo globalizado, se transformando em fornecedora de vacinas, estado-da-arte em medicina e, claro, charutos.

Num recente fascículo da revista neoliberal Economist, um balanço da América do Sul é feito. Por incrível que pareça, e eu concordo, elogiam muito o Lula, dizendo que, pelo menos economicamente, tem a cabeça no lugar. Podemos criticar, mas o Brasil está bem melhor que seus vizinhos. Podemos achar que há espaço para melhoras, mas nossa economia apresenta sinais de robustez.

O principal elogio, que também assino embaixo, é que o Lula, ao contrário dos nossos “priesidientes” vizinhos, tem uma política externa de união. Ele não ataca, tenta negociar, achar o ponto comum e chegar num acordo. Já o Chaves, não. Esse adora usar a velha teoria maquiavélica de achar um inimigo do país para desviar o foco do povo. Evo Morales também faz isso – e o inimigo somos nós, personificados na Petrobrás. Kirchner também nos escolheu, junto com o Chile, como agressores aos interesses argentinos (só se for no futebol, he he he).

Nesse momento que o Lula não é mais presidente e, sim, candidato; que não despacha mais do Palácio do Planalto, mas sim de um jatinho entre uma inauguração e outra; que não é mais idealista, mas sim estadista, buscando apoio de quem quer que seja (Quércia?!?! Sarney!?!), ainda assim, relativamente aos nossos hermanos, estamos bem melhor.

sexta-feira, maio 19, 2006

Inéditas.


Mais um take inédito do novo clipe do CapIn. Nessa cena, notem no fundo, alguns paralamas tomando baculejo da polícia.



Outra inédita: foto da sede de consultoria em polícia usada pelo Governo de São Paulo.



Bom fim-de-semana para todos!!!

quinta-feira, maio 18, 2006

Fê Lemos Solo no O'Rilleys


Depois do megashow na Esplanada, o Girrafest, o Capital Inicial foi embora, mas o Fê Lemos ficou em Brasília para apresentar o seu trabalho solo, capturado no CD Hotel Básico (já mencionado nesse blog). Fez dois shows, um na livraria Cultura, no domingo, e outro, de onde vem a foto acima, no pub O'Rilleys.



O que admirio no trabalho do Fê é uma busca alternativa para o pop. Tenho certeza que muito roqueiro torce o nariz por ser muito "eletrônico", e muito raver torce o nariz por ser muito "pop", mas é uma quebra de paradigmas do que vinha realizando com o Capital. Quando toca ao vivo, o Fê fica nos controles e em alguns vocais. Além dele, viaja com uma vocalista, a Talita, aí na foto, e o Nivaldo na guitarra, que não aparece.



Philippe Seabra pedindo um autógrafo do Fê!

Obrigado, Lidiana, pelas fotos!

quarta-feira, maio 17, 2006

Outros cameos no clipe do CapIn




O Didiu Mocó gentilmente disponibilizou mais dois frames do novo clipe do Capital Inicial, anúncio de refrigerante, que deve estreiar no final do mês. No vídeo animado, estarão presentes várias figuras da tchurma de Brasília que deu origem ao rock desta capital federal. Acima, o saudoso Fejão e o Little Quail and the Mad Birds, que, apesar de não serem da tchurma original, foram muito inspirados por ela.

E lembrem: vocês viram primeiro aqui!

terça-feira, maio 16, 2006

Síndrome do Pânico em SP

Pâncio em SP! Conforme comentário do Black, o Clemente foi profeta, visionário. Não desmerecendo o Clemente, tendo a discorda. Os fatos estavam claros – tensões sociais geradas por falta de investimento em educação, orçamentos que interessam os políticos, não os governados, forte presença do governo onde não deveria haver governo (cinema, informática, comércio, futebol, etc.), falta do governo onde deveria estar presente (saúde, segurança, educação). Qualquer um poderia ver que forças paralelas às oficiais estavam se organizando, ocupando o vácuo deixado pela ausência do Estado. Sinais visíveis nas periferias, nos morros, nos condomínios da classe-média. Um dia, uma dessas organizações ia se achar mais forte que o Estado e desafia-lo. Esse dia chegou.

Segurança pública não dá voto. Educação também não. Pontes e praças sim. Por isso a concentração de políticos cortando fitas nas inaugurações de obras e nenhum mostrando os benefícios de uma política de longo prazo de aplicação pedagógica ou de uma integração polícia-bairro. Só tem um jeito de mudar isso – não votem nos que aí estão. Escolham os novatos. Dêem uma chance aos calouros.

Alguém viu a patética entrevista do Governador Lembo no Jornal Nacional de ontem? Para ele, nada de errado estava acontecendo, somente uns incidentes isolados. Que papo furado! E os paulistas ainda terão que agüentar essa mula até o fim do ano. Mas liguem não, ele já negociou com o PCC. O que ofereceu em troca do cessar-fogo não sei, mas vai sair do bolso de vocês. Outra dica: tomem cuidado com os vices! Enquanto o titular prosa, o vice versa! Tenham em mente os extermindadores-de-futuros Sarney, Itamar, Lembo, entre outros.

Mas tudo isso vocês já sabem. A solução é de longo prazo. Requer investimento agora, trabalho duro e colher os frutos no futuro. Isso demora muito, não reelege ninguém. Enquanto isso, ficamos espremidos nas trincheiras entre os tiroteios entre os marginais nas prisões e os marginais nos prédios públicos. Chamem o Lula para inaugurar uma praça! Convoquem o Lembo para ..... ih, nem me lembo......