quarta-feira, setembro 10, 2008


Sinais dos tempos, a Discoteca 2001, onde eu comprava vinil quando adolescente e CDs mais tarde foi à falência. CDs, DVDs, música paga, tudo isso é coisa do passado. Incrível a incapacidade do mercado fonográfico em se adaptar, se reinventar. De novo, lembro que estão sentados em cima de catálogos com sucessos de mais de quatro décadas e não sabem nem o que fazer com esse tesouro. Investem em sistemas caríssimos de criptografia que qualquer nerdzinho sabe quebrar. Não mudam a velha forma de divulgação, mesmo com a internet aí com todo potencial de colaboração e velocidade de transmissão. Continuam pagando jabás, quando o que o mundo faz é a segmentação. Depois não sabem porque estão desempregados.

11 comentários:

Anônimo disse...

Acho que o ponto nevralgico dessa questão é pouco comentada: a exploração abusiva no preço das musicas.

Antigamente, o vinil era caro. Custava X. Quando o CD foi lançado, porque era novidade, mesmo tendo custos de produção bem menores, esse custava X+Y.

Então, os preços do CD nunca baixaram. As gravadoras passaram quase duas decadas lucrando horrores, ganhando o dobro.

Hoje, com o mp3, coisa que não tem custo nenhum, que não precisa distruibuição, não tem embalagem nem nada, o iTunes vende musica até mais caro que o CD.

Se cada musica custa US$0.99, 21 musica, mais ou menos a capacidade de um CD, isso custa US$ 20.79 (mais caro que um CD).

Deste modo, não há como segurar a pirataria. É preciso criar uma condição em que, seja pelo preço ou pela qualidade, o consumidor possa ter alguma vantagem na hora de comprar musica legalmente.

Se baixar for melhor e mais barato, a pessoa então vai preferir baixar. Se o CD pirata for bem mais barato na feira, ninguem vai querer comprar o CD original.

A qualidade que a gravadora pode oferecer é a disponibilidade de um grande catalogo. Antes não dava para lançar tudo, por causa dos custos e distribuição, mas hoje, com o mp3, para a gravadora não custa nada ter um banco de dados com o catalogo inteiro, inclusive os fora de catalogos, a disposição na rede, para comprar.

Nem sempre achamos o que queremos na feira ou no shareware. Se houvesse um lugar garantido onde tivesse tudo, a preço justo, sem ter que ficar procurando por aí, as pessoas iriam querer comprar.

Sobre o preço, acho que deveria ser por peso. A pessoa pagaria um certo preço justo pelo gigabyte rebaixado. Poderia comprar logo a obra completa da banda. Logo, com os novos HD de terabytes, 1 giga vai ser pouco.

Anônimo disse...

Outra coisa: a Discodil e 2001 tinham que falir mesmo.

Se a pessoa quisesse um disco, nunca encontraria lá, pois nessas discotecas só tinha merda. Era puro festival marketing de jabá popular, para peões. Os consumidores mais inteligentes eram excluidos e segregados.

Enfim, a Discodil e 2001 eram muito diferentes da Billboard e Modern Sound (Rio)

De qualquer modo, mesmo antes do mp3 aparecer, a Discodil e a 2001 já foram seriamente golpeadas pela web.

Com a web, podiamos encontrar e comprar discos bons e raros, na CD Now e Amazon. Depois disso nunca mais pisei na Discodil e 2001. Era perda de tempo, pois sabia que não iria encontrar o que eu queria.

Anônimo disse...

Sem cabos penso que vc poderá pular que nem um cabrito... Deixa de ficar quieto em cima do palco, nem os vovôs K. Richards e Ron Wood ficam parados como vc, parece uma estatua!!!! Negócio é fazer pose do revolucionário, cuspir nas câmaras, deitar no chão, dar um mosh e no final mandar a baixo na cabeça do Phillipe.

André Mueller disse...

Anônimo, baixista não pula, porque o ato de tocar baixo é mais preciso do que guitarra. Nem o Dee Dee se mexia muito. Dar um acorde na guitarra e voar pelos ares é fácil, tente tocar Brasília, sem errar, e fazer aeróbica ao mesmo tempo! Impossível.

Anônimo disse...

Ouvi dizer que amanhã, 11 de setembro, é dia de aviões suspeitos pousarem em torres estadunidenses...

Anônimo disse...

Não sabia que a discoteca 2001 era tão idosa...

Anônimo disse...

Essa negocio de baixista ficar pulando é coisa de baitôla. Baixista que é macho fica parado.

Anônimo disse...

Acabou a era das gravadoras. Ultimamente ela só andam lançando lixo fonográfico, na internet a gente acha coisas bem melhores, bandas independentes, estrangeiras, descnhecidas...
E se tanto reclamam da pirataria porque continuam vendendo CDs graváveis?

Mas se eu estivesse no lugar deles ouviria o que o povo tem a dizer: estão insatisfeitos com o preço, a qualidade das bandas, POUCAS músicas por CD (decviam começar a produzir Boomboxes que rodam CD com músicas em MP3), encartes mais criativos (cifras das músicas, release, história, curiosidades, equipamentos, encarte interativo).

A compositora Melissa Auf Der Maur fez uma coisa digamos sacana. O CD dela foi gravado de modo que não dê pra copiá-lo direto do Hardware,acho que apenas através de streaming. Por isso é mais difícil achar músicas dela na internet...

E CLARO QUE BAIXISTA PULA.

http://www.youtube.com/watch?v=JygUsj775sI

Não é impossível. Tem gente que canta enquanto sola...

Anônimo disse...

Ops. O video do baixista pulando é ESSE

http://www.youtube.com/watch?v=sLb70zL7K_A

André Mueller disse...

Baixista só pula de para-quedas, ha ha ha ha ha

Anônimo disse...

Caro Anonimo,

Não é assim tão idosa. Vc que é muito novo.

A Discodil e, talvez a 2001, parece que foram criadas nos anos 60, junto com Brasilia.

Na época, o nome 2001 tirava onda de moderno, se fazia de loja do futuro. O mundo era todo hi-fi stereophonic.

Contudo, quando chegou o seculo 21, a 2001 acabou falindo. Faliram porque não havia nada de moderno. O esquema pop bundão que eles faziam, isso migrou para as feiras de pirataria. Perderam a concorrencia para o mercado informal.

De qualquer modo, ficou ultrapassada porque não se adaptou aos novos tempos que exibiam, ou fingiam, na imagem cafona deles.

Isso vc nunca vai ler no jornal ver na TV, a historia nunca é contada assim: Assim como as radios FM asquerosas, na verdade a rede de discotecas 2001 era "lacraia", digo, lacaia vendida das gravadoras.

Só vendiam jabá promocional. Deste modo, só tinha merda. Para achar alguma coisa decente, tinha que garimpar muito. Sorte que, de vez enquando, as gravadoras lançavam alguma coisa boa. Existiam algumas bandas decentes no catalogo brasileiro.

Porém, disco bom e raro, coisa nova, deconhecida e importada, isso não existia na 2001.