quinta-feira, abril 23, 2009

Primeiro o Philippe, Agora o Clemente

Primeiro o Philippe sobe no palco para tocar com o J Quest (por sinal, o grupo foi muito bacana com ele, demonstraram um carinho muito grande pela Plebe e são "do bem"), agora o Clemente presta uma homenagem ao Gilberto Gil tocando Punk da Periferia. Haja conformidade para dar uma deforação, heim? Vejam:
Neste domingo, dia 26, uma homenagem especial à Gilberto Gil! Participações inusitadas, muita música e depoimentos esclarecedores, num programa imperdível. Confira, neste domingo, a partir das 20h.


RELEASE, por Alexandre Pavan
MOSAICOS – A ARTE DE GILBERTO GIL
Documentário musical revê a carreira do artista baiano e traz as participações das bandas Os Mutantes e Black Rio, do letrista Carlos Rennó, do compositor Celso Fonseca e de um grupo formado especialmente para a gravação do programa, com os músicos Andréas Kisser (Sepultura) , Clemente (Inocentes e Plebe Rude) , Charles Gavin (Titãs) e Bi Ribeiro (Os Paralamas do Sucesso).

Artista que, nas últimas quatro décadas, vem influenciando a cultura brasileira em diversos aspectos, por sua atuação como cantor, compositor ou político, o baiano Gilberto Gil é o tema do documentário musical “Mosaicos – A Arte de Gilberto Gil”, que a TV Cultura exibe no próximo domingo, 26/04, às 20h.

O programa conta com as participações da banda Os Mutantes, do compositor e guitarrista Celso Fonseca e do letrista Carlos Rennó, organizador do livro “Gilberto Gil – Todas as Letras” (1996). Além disso, o repertório do homenageado é revisto pela banda Black Rio, pela cantora Mariene de Castro e por um grupo formado exclusivamente para a gravação do especial, integrado por Andréas Kisser (guitarra e voz), Clemente (guitarra e voz), Charles Gavin (bateria) e Bi Ribeiro (contrabaixo). Os convidados interpretam sucessos como “Palco”, “Procissão” e “Punk da Periferia”.

Dirigido por Nico Prado e com narração de Rolando Boldrin, “Mosaicos – A Arte de Gilberto Gil” ainda recupera no rico acervo da TV Cultura as participações de Gil em diversos programas da emissora, a exemplo do “MPB Histórias” (1976), “Ponto de Encontro” (1979), “Roda Viva” (1987), “Tropicália a dois” (1993), “Uma vez, uma canção” (2006) e “Ensaio” (2006).

REPERTÓRIO DOS CONVIDADOS:

* “Eu vim da Bahia” (Gilberto Gil) com Mariene de Castro
* “Palco” (Gilberto Gil) com Black Rio
* “Panis et circensis” (Caetano Veloso/Gilberto Gil) com Os Mutantes
* “Pessoa nefasta” (Gilberto Gil) com Andréas Kisser, Clemente, Charles Gavin e Bi Ribeiro
* Aquele abraço” (Gilberto Gil) com Black Rio
* “Procissão” (Gilberto Gil) com Mariene de Castro
* “Punk da Periferia” (Gilberto Gil) com Andréas Kisser, Clemente, Charles Gavin e Bi Ribeiro
* “Tempo rei” (Gilberto Gil) com Celso Fonseca

13 comentários:

Anônimo disse...

Amigo de Gal, Caê, e Bethania, GG teve o seu valor na tropicália. Contudo, logo depois, já no fim dos anos 70, caiu na mesmice. No lugar de evoluir, GG regrediu numa MPB comercial e pasteurizada, caracterizada por gemidos de boióla. Passou a ser movido pelo jabá e se eternizou na midia vendida.

Ultimamente, como ministro da cultura, GG fez uma politica de aparencias, coisa que não ajudou muito. Se concentrava mais na sua baianitude. Patenteou o acarajé e distribuiu benesses para seus amigos da MPB, principalmente da Bahia. Aproveitou o aerolula para viajar o mundo com o dinheiro público e divulgar sua musica. Em suas palestras em universidade, era criticado por não falar nada de útil, apenas tocava suas musiquinhas chatas.


Enfim, desculpe a franqueza, mas acho lamentável o Clemente participar justamente da musica "Punk da Periferia". Esse reggaezinho MPB chato nada mais foi que um deboche de GG contra o movimento punk paulista. Nos anos 80, essa era a musica mais odiada pelos punks. Clemente sabe disso melhor do que ninguem.

De qualquer modo, as coisas mudam. Hoje Clemente é pai de familia e precisa garantir o leite das crianças. Por um certo lado, Clemente tem razão em entrar nessa barca de GG. Como no Brasil tudo se faz através de amigos e parentes, se tornar protegido de GG pode abrir um amplo horizonte de oportunidades. GG é homem poderoso na industria e pode encaminhar muitas mamatas e jabás.

Anônimo disse...

"No lugar de evoluir, GG regrediu numa MPB comercial e pasteurizada, caracterizada por gemidos de boióla."

Eu diria que não são gemidos. Na verdade, são gritinhos de bicha (num estilo bem afro-bahia, e claro).

Ralah Ricota COver disse...

Estou profetizaaaaando!

O Clemente quer comer a Preta Gil!

João disse...

Acho que justamente por ser uma musica odiada pelos punks nos anos 80 foi que o Clemente a escolheu para cantar. Acho que vc não teve cerebro pra entender a ironia. Que pena, não é mesmo?

Nos anos 60 e 70 GG foi muito importante para mudar a musica feita no Brasil. Depois disso deitou na fama que fez, nada mais justo e ocorre com todo artista.

Já sobre o J Quest, o silencio é o que de melhor se pode fazer.

Anônimo disse...

João,

Sim, não tenho cerebro para entender tal ironia. Só tenho cerebro para entender que o Clemente mudou, não é mais punk e, agora, torço para que esteja embolsando uma boa grana (faz ele muito bem).

Tambem não acho o GG tão importante assim. GG não inventou nada de novo, só usou elementos de Bob Marley, afoxé e coisas da Bahia. Não foi mais importante do que os outros da praia dele. Teve o seu valor, mas é igual a Novos Baianos, Caê, Gal e outros.

João disse...

Do que era a música brasileira antes dessa galera que vc citou, GG contribuiu muito para o avanço. Se não, ainda iria demorar mais tempo com o reino daqueles bolerões que imperavam por aqui. Por isso GG e sua turma tem o seu valor, trazendo para a produção nacional influencias contemporaneas do que acontecia no exterior.

Anônimo disse...

Muito bem João. Então condorda comigo. O importante mesmo foi a tropicália. Importante foi a turma que GG fez parte. Portanto, GG não pode levar esse mérito sozinho.

Eu diria que a tropicália foi o movimento hippie brasileiro, coisa que misturou elementos do psicodelismo americano com raizes da musica brasileira.

Muitos fizeram isso. Alguns usaram mais rock psicodelico do que raizes da mpb. Nesse quesito mais rock, o meu grupo preferido foi os Mutantes, coisa que, para mim, foi mais importante do que GG.

Enfim, GG, até o final dos anos 70, foi bom, mas, para mim, não foi o mais importante. Ele apenas fez parte da turma e deu uma boa contribuição.

Anônimo disse...

E spobre a sua pergunta, eu acho o seguinte:

Antes da turma tropicália havia a turma jovem guarda e a bossa nova.

A turma jovem guarda não teve muita importancia, pois era pura imitação americana. Já a bossa nova, apesar de imitar muito o cool jazz americano, fez algo novo e diferente. Para mim, tem um peso igual ou maior que a tropicalia.

E antes disso teve a "era do radio" e Atlantida, coisa que imitava bastante hollywood e as cantoras romanticas americanas.

Os bolerões vieram antes, surgiram na era dos cabarés, nos anos 20 e 30. Junto com isso corriam as marchinhas e sambinhas romanticos da turma de Noel Rosa.

João disse...

A jovem guarda originou o brega atual e o sertanejo.

A bossa nova é coisa de quem queria fazer jazz mas não tinha competência para tanto.

Sou mais a tropicália, ainda que todos esses baianos sejam chatos pra caralho.

Ralah Ricota Cover disse...

1) "No lugar de evoluir, GG regrediu numa MPB comercial e pasteurizada, caracterizada por gemidos de boióla..."

2) "Eu diria que não são gemidos. Na verdade, são gritinhos de bicha (num estilo bem afro-bahia, e claro)."

AHAHAHAHAHAHAHAHAHAH
num estilo bem afro-bahia foi classe!

Anônimo disse...

João,

O brega sim, mas o sertanejo tem pouco a ver com a jovem guarda.

O brega é que tem elementos do sertanejo: a sofreguidão e os gemidos do corno, misturados ao ritmo "moderninho" da jovem guarda. O brega é trilha sonora p/ puteiros de beira de estrada.

Já os gemidos de corno do sertanejo vem da influencia de antigos trovadores medievais portugueses, que se perdram na roça brasileira e acabaram virando caipiras desdentados. Os estilos da viola caipira ainda são a polka, a quadrilha e outros ritmos realmente medievais.

E por falar em baiano chato, eu diria que Caê hoje faz uma musiquinha de merda. Em sua velhice gay, caê não evouluiu nem um milimetro. Muito pelo contrario, parece que desaprendeu a tocar. Nesse sim o GG dá um banho.

Anônimo disse...

Pois é Ralah Ricota,

Ouça "Re-Alce", digo, "Realce" de GG, coisa que tem influencia "discoteque" ("quanto mais purpurina melhor"), e confira os tais gritinhos de bicha (em estilo afro-bahia). Foi nessa época "disco" que GG começou a entrar na perdição.

João disse...

Gil tentou se manter no cenario, coisa que muito artista não consegue. Segue abaixo uma tentativa, avaliem:

Subo neste palco, minha alma cheira a talco
Como bumbum de bebê, de bebê
Minha aura clara só quem é
clarividente pode ver, pode ver.
Trago a minha banda,
só quem sabe onde é Luanda
saberá lhe dar valor, dar valor
Vale quanto pesa pra quem preza
o louco bumbum do tambor, do tambor
Fogo eterno pra afugentar
O inferno pra outro lugar
Fogo eterno pra constituir
O inferno
Fora daqui, fora daqui
Fora daqui, fora daqui