quarta-feira, outubro 18, 2006

Palavras como armas.

A CBN está transmitindo, sempre às 9 horas, uma série de entrevistas com personagens chaves nessa disputa para o Palácio do Planalto. Ontem foi o ex-presidente FHC e, tenho que admitir, foi muito bacana ouvir um estadista, no sentido real da palavra, discorrer suas opiniões sobre a cena política atual. Fico feliz que tenha prevalecido o lado acadêmico de sua personalidade após a aposentadoria política.

Já, hoje, a entrevista com o Ministro Tarso Genro foi calamitosa. Passou alguns minutos metendo pau no ex-ministro Palocci, esquecendo que ele é do PT! Admitiu, cambaleando nas palavras, o uso de estatais para fins políticos, dizendo que a sociedade estava satisfeita com os resultados. Que resultados, ministro? A compra superfaturada de ingressos para um showmício de uma dupla sertaneja pelo Banco do Brasil? Do financiamento pela Petrobrás de “projetos” inventados por amigos do executivo?

Mas não é sobre política esse post, mas sim da capacidade de saber falar e transmitir opiniões. Isso é muito importante em todos os momentos, seja uma banda de rock tentando exprimir uma mensagem, seja numa entrevista de emprego, seja numa rodinha discutindo política ou futebol. Tive a oportunidade de ver um filiminho, real, que mostrava um casal na barca Rio-Niterói voltando de uma festa. Eles estavam muito empolgados e queriam expressar em palavras o quão legal foi o evento, só que faltavam palavras, não tinham o vocabulário. Depois de minutos, usando expressões como “legal” e “bacana”, desistiram e passaram o resto do trajeto em silêncio, pois as palavras que dominavam não atendiam ao que queriam dizer.

É muito fácil ser medíocre. Não requer esforço nenhum ser burro. Fazer parte do cardume é nadar a favor da maré, mesmo que isso signifique cair na boca da barracuda. Não morra pela boca!

28 comentários:

CA®I0CA disse...

ANDRÉ O TEXTO DO BLOG É UM RECADO PARA ALGUÉM ???
HOJE VOCÊ ESTÁ MEIO REVOLTADO !!!!
QUE MÚSICAS VÃO TOCAR NO JÔ SOARES

Anônimo disse...

FALA ISSO LÁ NO JÔ!

Anônimo disse...

André me desculpe, mas não espera outra opinião sua, já que você se declara anti-Lula a um bom tempo.
Por exemplo, calamitoso é ouvir o FHC metendo o pau na política do Lula, sendo que esta política vem do próprio mandato do FHC, com POUQÍSSIMAS diferenças.

Anônimo disse...

Já q o André X é tucano, me responda uma coisa, onde está o dinheiro das privatizações da era FHC?

Anônimo disse...

André, apesar de nunca ter votado no FH, considero, ao contrario dos petistas, que ele fez coisas boas pelo país, mas também não é o iluminado que muitos dizem ele ser. E reconheço que ele fala bem sim, ainda mais quando assume o tom academico. Mas o engraçado dessa entrevista foi que ele disse ser a favor de privatizaçoes, inclusive da Petrobras. Mas depois explicou que quanto a Petrobras ele teria falado o seguinte: "Eu não. Sou contra a privatizaçao." Ou seja ele disse que não falou: "eu não sou contra a privatizaçao". Muito engraçado isso, o ponto fez toda a diferença e a forma de se expressar é realmente uma arte.

Anônimo disse...

Eu de novo, só pra dar um aviso: entrem na home-page do Estadão e na parte dos blogs vejam a chamada "Seja alguém, vote em ninguém"

Anônimo disse...

De onde vem o dinheiro para o filho do Lula ser um dos sócios do canal Play Tv ( ex-canal 21 )? O mesmo canal estaria qurendo se associar a 89 Fm...

Anônimo disse...

"Raiva tem sua hora..."

O Lula veio do povo. O povo é burro. Logo, Lula é burro. A união dos 2 fez a força e o conformismo em forma de tijolo e comida faz as pessoas inteligentes providas de dinheiro pra pagar a conta no final das contas sofrerem; pobres com sonho de rico (nós).

E o ALCAmin ainda disse que vai lutar contra as pesoas que sonegam imposto. Vou pedir nota fiscal pra pão!

F3rnando disse...

André, o blog não tá abrindo legal, só tô postando pq digitei o caminho do post no navegador. Alguém mais teve esse problema?

Eduardo Tetera disse...
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Eduardo Tetera disse...

Rodando normal aqui, Fernando.
--

Paulo Henrique: Tenho que discordar de você, dessa vez, amigo. Não sou Lulista [nem voto no Brasil]; mas o Lula veio do povo, como todos vieram e virão. O povo brasileiro não é burro, é mal instruído e mal informado.

Essa relação entre "pessoas providas de dinheiro" com inteligência é furada, afinal, no capitalismo ter dinheiro é ter poder e não necessariamente raciocínio privilegiado.

Quem é "pobre com sonho de rico" não é um Plebeu Яude. Sonhe com um país decente, com pessoas instruídas, honestas e pessa nota fiscal pro seu pão com Lula ou Alckmin.

Não é nossa culpa, nascemos já com uma bênção.
--

» 'O Concreto Já Rachou' - 20 anos

Anônimo disse...

"Sabe quem prometeu não é mais que mero plebeu"

Anônimo disse...

Hipocrita é o cara que se intitula inteligente. Esse sim, é o mais burro de todos...

Anônimo disse...

Eduardo.

Eu não disse que quem tem dinheiro é inteligente. Esse "povo" não é generalizado. E a burrice não é a quantidade de conhecimento em si, mas sim o fato de não quererem mudar. Por mais má instruida que seja a pessoa, com força de vontade ela muda isso. Mas concordo que o povo é mal instruído, pena que fecham os ouvidos e os olhos. Como diz um professor meu: O Brasil é pobre por honra ao mérito.

O "conformismo em forma de tijolo e comida" são os vales-tudo que os mais necessitados recebem, e quem paga isso pra eles são quem tem dinheiro pra pagar tanto imposto. Com esses benefícios, sem tirar os pés do chão, ninguém pensa em lutar pra melhorar. Eles estão vivendo no bem-bom. Por isso a analogia de tijolo, comida e conformismo.

Classe média (principalmete daqui de Brasília) acha que é rica mas não é, comparada com o resto do mundo.

Li uma coisa interessante a muito tempo. Os brasileiros literalmente são mais ricos que os americanos. COMO?! Eles não têm dinheiro pra pagar mais do que seus menos de 1% de juros ao ano, pra comprar um 1.0 mais caro que os 10.0 de lá, pra pagar tanto imposto e não receber nenhum benefício. Nós temos mais água e mesmo assim pagamos mais pra bebê-la, nossa fonte de energia é mais barata, não poluente e mesmo assim pagamos mais caro, fora a notícia de que agora somos auto-suficientes em petróleo. Isso me lembra uma letra que escrevi, qual era o nome mesmo?...

Parece que eu me acho dono da razão e que a culpa é de todos menos minha. Não é verdade. Em partes essas coisas são fatos.

Criança mimada, só na porrada! É o que acho que o Brasil precisa.

Anônimo disse...

"Lula de novo com a força do povo". A força foi tanta que saiu essa merda que estamos vendo.

Aaaaah. Se risadas focem fusis agora...

Eduardo Tetera disse...

Certo.
Talvez fechem os ouvidos e os olhos justamente por serem mal instruídos.
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À propósito do que disse o André sobre o casal na Barca Rio-Niterói, escrevi um post na mesma linha há algum tempo. É a tirania do legal, show-de-bola e bacana. A impressão às vezes é de que algumas pessoas estão evoluindo rumo ao símio e vão se comunicar por sinais ou monosilabicamente até o próximo século. Como disse Mencken:

"A democracia é a arte de administrar o circo da jaula dos macacos".

Talvez até lá já saibam votar.

Anônimo disse...

No RIo de Janeiro é Denise Frossard... FOra Sérgio Cabral (Garotinho) e Crivella...

Anônimo disse...

Meu, não vou ler mais nenhum comentário neste blog. Dois motivos:

1) "Pessa" nota fiscal pro seu pão
2) Se risadas "focem" "fusis" agora

Anônimo disse...

O Dênis tem razão, errei no verbo pedir. O correto seria peça.
Até hoje ainda tenho certas dificuldades com o idioma português, apesar de um tanto próximo à minha língua natal, o castellano.

De qualquer forma, obrigado pelo toque, Dênis. É de pessoas como você, atentas, que seu país precisa.

forte abraço

Anônimo disse...

De certo comparem os dois governos e vejam quem fez mais e melhor, e assim juguem ou votem.

O André sumiu!

André, e Aracaju?

Anônimo disse...

Caro Manuel, sugiro nos unirmos para q a plebe venha ao nordeste!

Pamela disse...
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Pamela disse...

O povo não é burro. E quando o Eduardo diz "mal instruído e mal informado", eu acrescentaria: Manipulado.
E da forma mais humilhante possível: Sendo excluídos de ter uma educação de qualidade, que é a base para que qualquer pessoa desenvolva um mínimo de senso crítico

Mudando de assunto: Quem já deu uma olhada na Rolling Stone? Tá de chorar, de tão boa e vai fazer a Bizz voltar pras trevas, de onde nunca deveria ter ressucitado.

Ricardo Schott disse...

Faz isso não, Pamela. Não to a fim de ficar desempregado. E tenho andado meio puto de ver que, em termos de revista de música, os fâs de rock andam agindo da mesma forma que o público indie, que larga os Strokes assim que aparece um Arctic Monkys da vida...
Sempre leio esse blog e nunca comentei aqui antes, mas diante disso...

Anônimo disse...

Fabiano, tira o nome do garotinho com o do cabral, o cabral é apenas do msm partido do garotinho, teve que engolí-lo, vc percebe que ele nem cita o garotinho, pelo contrário, até critica, isso em um palanque junto com presidente lula, dizendo que o governo estadual não aceita ajuda do federal.

Pamela disse...

Ricardo,
Não me põe no mesmo saco desse povinho,não.
Comecei a ler a Bizz em 1999,eu acho. Gostava muito,devo à ela o início da minha "formação musical", mas a minha opinião é que desde que ela voltou a qualidade caiu.
Não sou dessas pessoas que descarta o velho asssim que o novo aparece, nem fico querendo saber qual é a próxima "salvação de rock". Talvez eu tenha exagerado um pouco no meu post anterior, a Bizz talvez ainda valha a pena...
Quanto a RollingStone, fiquei eufórica porque, às vezes, leio a RS argentina, que é muito boa.

Você antes era da IM, não era?!
Acho até que eu te conheço de algum show, talvez do Ira!, não sei.
Aliás, a IM continua bacana, e também o Jornal do Rock (que infelizmente é pouco divulgado)
Não quero de vc perca seu emprego,não, menino! Quanto mais opções de revistas de música e cultura em geral, melhor! Pena que eu não tenho $$$ pra comprar todas.

Ricardo Schott disse...

Pamela, postei nos comentários do seu blog. A gente se conhece sim, eu até te dei carona uma vez. Fomos juntos no show do Ira! - eu, vc, Joseph e André - em 2002, no Canecão. Um puta show, por sinal.

Acho que tudo depende do que você está acostumado a ver na revista, e da época em que ela é feita. Hoje em dia as pessoas estão comparando muito a Bizz com a época do Forastieri, quando a revista era mais irônica, ácida e tal. Mas não é o perfil da Bizz atual, que tem - inegável isso - bons parentescos com a revista Mojo. Bom, aí teria que ver o que você espera da revista.

Acho que, nesse caso, vale até bater um fio pro Ricardo Alexandre, nosso honorável chefe lá, já que ele é um cara bem disposto a ouvir. Só posso dizer que, se não estivesse trampando lá, compraria a revista.

Bjs!

Anônimo disse...

Sérgio Cabral=Garotinho.