sexta-feira, dezembro 29, 2006
(2) 007. Que venha!
Será esse o último post do ano? As possibilidades disso são imensas, pois a partir de amanhã o mundo entra num estado de pausa, mas vou tentar ao máximo colocar algumas linhas do computador de casa.
Primeiro gostaria de agradecer muito as manifestações da apreço dos freqüentadores desse blog. Valeu e tudo em dobro para vocês. Segundo, avisar que o que foi feito até agora pela Plebe foi um esforço grande de divulgar o disco. Sabemos que é um disco independente, que não contamos com suporte financeiro nenhum. Mesmo assim, aparecemos feito banda grande. Dois clipes produzidos, Jô Soares, todas as revistas importantes, jornais, rádios, sites. Tem banda de gravadora que não atinge esse espectro tão abrangente. Em 2007 queremos colher os frutos, com muito shows (assim que o Txotxa melhorar) e, a meta principal, gravar um DVD. Não preciso nem dizer que sem a ajuda de vocês não seria nada possível. Isso é chover no molhado, mas é a mais pura verdade.
Terceiro, me pediram para falar um pouco dos shows na Bahia nos anos 80s. Vou só fazer um pequeno comentário: foi o público mais punk (no bom sentido) que pegamos. Rolou até chuva de cuspe (eca!)! Imagine ser punk na Bahia, cercado de axé por todos os lados. Automaticamente, você vai para a outra ponta do espectro, fica radical. É assim que me lembro dos punks bahianos.
Quarto, sobre Noronha, entro em detalhes mais tarde. Mas em Recife vi um cartaz anunciando um show de natal hardcore. Ainda há futuro para a humanidade.
Que venha 2007, que seja frutífero para todos e que a terra seja salva. Depende só de nós.
quinta-feira, dezembro 28, 2006
O Retorno.
Não adianta nem reclamarem. Não estava no continente sul-americano. Aliais, não estava em continente nenhum, mas sim numa ilha, Fernando de Noronha. Por mais apreço que tenho pelos leitores do blog – minha segunda família, meus terapeutas virtuais – impossível trocar as paradisíacas praias por um lan house escuro e quente para atualizar o blog. Me perdoem e feliz natal atrasados para todos.
Indo para o trabalho hoje tive um flashback da minha adolescência. Todos os postes estavam enfaixados de verde e amarelo, igual na época do Médici. Chequei a data do relógio, não, não estamos em sete de setembro. Ah, mas vem posse presidencial, é isso! Em cima de cada enfeite uma bandeira brasileira onde está escrito o slogan do segundo mandato lulista: “Acelerar! Crescer! Incluir!” Então obedeci, enfiei o pé no acelerador, o velho Senic ganhando velocidade até cruzar por outra placa: “reduza a velocidade.”
Pô, é para acelerar ou não? O carinha dentro do Chevete tubarão do meu lado não teve dúvida, acelerou, cresceu a velocidade, passou pelo PM e foi incluído na lista dos que vão perder a carteira.
O ano termina com o Txotxa se recuperando de uma operação. Está em casa assistindo replays do vale-tudo, sua paixão, enquanto os pontos cicatrizam. Parece que vai ficar inoperacional até meados de janeiro, significando que a Plebe ficará parada também. No entanto, acho que o Ivan está fechando umas datas no nordeste. Uma mini-turnê que passará, entre outros lugares, por Aracajú. Aguardem por mais notícias.
Indo para o trabalho hoje tive um flashback da minha adolescência. Todos os postes estavam enfaixados de verde e amarelo, igual na época do Médici. Chequei a data do relógio, não, não estamos em sete de setembro. Ah, mas vem posse presidencial, é isso! Em cima de cada enfeite uma bandeira brasileira onde está escrito o slogan do segundo mandato lulista: “Acelerar! Crescer! Incluir!” Então obedeci, enfiei o pé no acelerador, o velho Senic ganhando velocidade até cruzar por outra placa: “reduza a velocidade.”
Pô, é para acelerar ou não? O carinha dentro do Chevete tubarão do meu lado não teve dúvida, acelerou, cresceu a velocidade, passou pelo PM e foi incluído na lista dos que vão perder a carteira.
O ano termina com o Txotxa se recuperando de uma operação. Está em casa assistindo replays do vale-tudo, sua paixão, enquanto os pontos cicatrizam. Parece que vai ficar inoperacional até meados de janeiro, significando que a Plebe ficará parada também. No entanto, acho que o Ivan está fechando umas datas no nordeste. Uma mini-turnê que passará, entre outros lugares, por Aracajú. Aguardem por mais notícias.
quarta-feira, dezembro 20, 2006
Xuxa Acredita em Clementes!
Sim, a Xuxa deixou um recado na secretária eletrônica do Clemente que acredita nele. O guitarrista também recebeu convite para visitar a cidade de Mauá, no Rio de Janeiro, onde a maioria da população atesta a existência de duendes. Tudo isso porque no Ya Dog, Mtv, ontem, mostrou suas habilidades de ajudante de papai noel, sendo modulado pelo computador para dançar e rir feito Nelson Ned doidão de ácido. Quem não viu, perdeu!
De Costas para a População.
A afronta foi tão grande, tão ofensiva, que o povo brasileiro saiu de sua passividade secular e ensaiou um tímido protesto. Estudantes foram barrados no Congresso Nacional, um coroa se acorrentou numa pilastra do Congresso, o CNBB aconselhou aos padres que esclarecessem às paróquias o absurdo que é, jornais imprimiram manchetes. O STF declarou que a forma como o aumento foi concedido era ilegal e agora os deputados e senadores terão que mostrar a cara para se dar um benefício de 92% de aumento de salário. Foi uma reação patética do brasileiro, considerando o agravante, mas pelo menos foi uma reação.
Saiu hoje uma pesquisa da WWF, uma das ONGs mais atuantes mundialmente para preservação do meio-ambiente. A pesquisa, feita pelo Ibope, demonstra que a maioria dos brasileiros não acha que a preservação do meio-ambiente seja entrave para o crescimento econômico, contrariando o que o governo vem divulgando. Ou seja, o povo, que deveria estar sendo representado por aqueles que foram eleitos acha uma coisa, os que estão no poder acham outra. Pior, os governantes agem de acordo com a pressão dos grandes grupos de interesse, não de acordo com o que os elegeram. Uma distorção completa do que chamam de democracia.
Cito a pesquisa para demonstrar como as instituições políticas desse país estão longe do povo, distante dos interesses da nação. A mesma pesquisa indicou que para 62% da população o que impede o crescimento é a corrupção, não os entraves ambientais. Somente 7% citaram esse motivo. Não deveria o governo ouvir mais seus súditos e agir conforme a demanda popular? Não no Brasil, onde a voz dos lobistas corporativos falam mais alto.
Mais um exemplo para ilustrar: ouvi na CBN que o STF derrubou uma liminar que exigia para a transposição do Rio São Francisco um estudo de impacto ambiental. Então, se para mexer no leito de um dos rios mais importantes do país não precisa de estudo de impacto ambiental, nada precisa. Que festejem os lobistas!
E tem mais, não duvido nada que os parasitas sanguessugas que se dizem nossos representantes consigam receber o aumento que quiserem, mesmo com voto aberto. Até as eleições ninguém se lembrará de nada! Ao invés de mover para frente, aceitar um reajuste mais baixo e começar a tratar dos assuntos importantes para a Nação, os congressistas agora estão preocupados formulando uma vingançinha contra os magistrados. É para isso que ganham, agir como crianças. Cadê as tortas, os tomates e os ovos? Cadê as vidraças quebradas, os carros virados, barricadas de pneus pegando fogo? Sonhe, André, sonhe!
Saiu hoje uma pesquisa da WWF, uma das ONGs mais atuantes mundialmente para preservação do meio-ambiente. A pesquisa, feita pelo Ibope, demonstra que a maioria dos brasileiros não acha que a preservação do meio-ambiente seja entrave para o crescimento econômico, contrariando o que o governo vem divulgando. Ou seja, o povo, que deveria estar sendo representado por aqueles que foram eleitos acha uma coisa, os que estão no poder acham outra. Pior, os governantes agem de acordo com a pressão dos grandes grupos de interesse, não de acordo com o que os elegeram. Uma distorção completa do que chamam de democracia.
Cito a pesquisa para demonstrar como as instituições políticas desse país estão longe do povo, distante dos interesses da nação. A mesma pesquisa indicou que para 62% da população o que impede o crescimento é a corrupção, não os entraves ambientais. Somente 7% citaram esse motivo. Não deveria o governo ouvir mais seus súditos e agir conforme a demanda popular? Não no Brasil, onde a voz dos lobistas corporativos falam mais alto.
Mais um exemplo para ilustrar: ouvi na CBN que o STF derrubou uma liminar que exigia para a transposição do Rio São Francisco um estudo de impacto ambiental. Então, se para mexer no leito de um dos rios mais importantes do país não precisa de estudo de impacto ambiental, nada precisa. Que festejem os lobistas!
E tem mais, não duvido nada que os parasitas sanguessugas que se dizem nossos representantes consigam receber o aumento que quiserem, mesmo com voto aberto. Até as eleições ninguém se lembrará de nada! Ao invés de mover para frente, aceitar um reajuste mais baixo e começar a tratar dos assuntos importantes para a Nação, os congressistas agora estão preocupados formulando uma vingançinha contra os magistrados. É para isso que ganham, agir como crianças. Cadê as tortas, os tomates e os ovos? Cadê as vidraças quebradas, os carros virados, barricadas de pneus pegando fogo? Sonhe, André, sonhe!
terça-feira, dezembro 19, 2006
Jô Soares Confirmado
Sim, está no site da Globo: Plebe Rude hoje no Jô Soares. Tocaremos três músicas: Até Quando Esperar, Proteção (só com violões) e O Que Se Faz. A entrevista me pareceu bem legal, tomara que assim fique na telinha.
Atenção Videospotters!
Acabei de receber um recado do Clemente me avisando que o clipe de O Que Se Faz só vai estreiar no MTV Lab do dia 26. Entro no site da MTV e lá diz que é hoje, dia 19. Pelo sim, pelo não, fiquem espertos.
Acho que maiores esclarecimentos serão dados pelo próprio Clemente no Ya Dog de hoje.
Ah, sim, e parece que o Jô vai ao ar hoje!
Repito, fiquem espertos.
Acho que maiores esclarecimentos serão dados pelo próprio Clemente no Ya Dog de hoje.
Ah, sim, e parece que o Jô vai ao ar hoje!
Repito, fiquem espertos.
segunda-feira, dezembro 18, 2006
Plebe na TV
Hoje, no Play TV, a Plebe sem o Clemente. Às 21h30min, acesse o link abaixo e veja o canal em UHF ou a cabo de sua cidade, ou assista pela Internet. O link é www.playtv.com.br.
E amanhã, a Plebe só com o Clemente, na MTV no Ya Dog.
Quem ver, por favor postar as impressões aqui.
E amanhã, a Plebe só com o Clemente, na MTV no Ya Dog.
Quem ver, por favor postar as impressões aqui.
domingo, dezembro 17, 2006
Semana Cheia!
Se você não gosta de Roberto Carlos, Xuxa e Ivete Sangalo, TV de fim-de-ano deve ser um saco - pior do que ela é normalmente. Bem, então tenho boas notícias, suas opções acabam de crescer - mesmo que seja um pouquinho. Dia 18, segunda-feira, entrevista com a Plebe (menos o Clemente, vítima do tráfego de SP) no Combo, Play TV, às 21h30min. Dia 19, estréia do clipe de O Que Se Faz no MTV Lab.
Se até o dia 30 você já quebrou seu aparelho por não aguentar mais a programação, tudo bem, ligue o rádio e ouça a nossa entrevista na CBN no Sala de Música.
Mesmo Plebe horário, mesmo plebe canal.
Se até o dia 30 você já quebrou seu aparelho por não aguentar mais a programação, tudo bem, ligue o rádio e ouça a nossa entrevista na CBN no Sala de Música.
Mesmo Plebe horário, mesmo plebe canal.
sexta-feira, dezembro 15, 2006
The Sisters of Mercy -- Black Planet
Lembranças de minha época dark sempre produzem uma lágrima saudosa em minha alma. Isso era antes dos "góticos", eramos darks. Éramos melancólicos, intelectualmente sombrios, frágeis, obscuros e sem esperança para a humanidade. Me divertia muito. Vou postar uma série de clipes das bandas que gostava dessa época. Que venha a chuva e a neblina e apague o verão!
Lembranças de minha época dark sempre produzem uma lágrima saudosa em minha alma. Isso era antes dos "góticos", eramos darks. Éramos melancólicos, intelectualmente sombrios, frágeis, obscuros e sem esperança para a humanidade. Me divertia muito. Vou postar uma série de clipes das bandas que gostava dessa época. Que venha a chuva e a neblina e apague o verão!
Chorem!
Lula chora. Heloísa Helena chora. Por razões diferentes, claro. O primeiro porque chegou onde chegou, com mérito claro. A segunda, porque não chegou onde queria chegar e está de saída. Ambos não fariam falta nenhuma. Quem vai fazer falta e por esse eu choro é o Severino Dias de Oliveira, o Sivuca, que faleceu ontem aos 76 anos de idade. Grande músico. Hábil e original. Vai fazer falta.
Outro motivo para chorar é o aumento auto-concedido aos nossos representantes no Congresso. Impacto: 163 milhões por ano. Quem paga? Eu, você, todos nós. De onde vai sair? De dinheiro que poderia ir para a educação, a saúde, segurança, todos esses assuntos que para o povo brasileiro são importantíssimos, mas para os congressistas não valem a pena discutir. Já salário, passa rapidinho. Somos trouxas, somos idiotas passivos. Ninguém vai fazer nada. Nem uma vidraça do Congresso será quebrada, nem um ovo será jogado em um deputado, nem uma torta num senador. Vamos baixar a cabeça e pagar a conta. Como sempre fazemos todos os anos.
E o efeito cascata? As assembléias municipais e estaduais também vão se auto presentear aumentos do mesmo tanto. Tem municípios que um aumento desses é um golpe para o futuro de seus habitantes. Cadê o Guy Falkes brasileiro?
Meu cunhado sempre fala: político bom é político morto. Sempre discordei, achei que por meio do voto a gente poderia reverter a situação. Começo a ter dúvidas.
Chorem mesmo. Tchau Sivuca! Tchau dinheiro dos impostos!
quinta-feira, dezembro 14, 2006
Wire - Ao Vivo na TV Belga
O Wire gravou esse show na TV Belga em 1979. Saiu em DVD e vale a pena pegar a banda em sua melhor forma. Minha primeira banda, os Metralhaz, com o Bonfá, a gente tentava ser igual ao Wire. Eles conseguem unir a energia do punk à vanguarda musical. Essa imagem, que hoje é meio de new wave, à época era radical. Ouçam e reouçam, a música do Wire cresce a cada renovada. O primeiro disco, de 1977, Pink Flag, tinha 21 músicas, algo inusitado.
O Wire gravou esse show na TV Belga em 1979. Saiu em DVD e vale a pena pegar a banda em sua melhor forma. Minha primeira banda, os Metralhaz, com o Bonfá, a gente tentava ser igual ao Wire. Eles conseguem unir a energia do punk à vanguarda musical. Essa imagem, que hoje é meio de new wave, à época era radical. Ouçam e reouçam, a música do Wire cresce a cada renovada. O primeiro disco, de 1977, Pink Flag, tinha 21 músicas, algo inusitado.
Comsat Angels - Independence Day
Quem acompanha a história das bandas de Brasília sabe que uma das bandas que mais nos influenciou eram os Comsat Angels. Bonfá, Philippe, Renato, todos citavam-os como "A" banda. Achei no You Tube esse vídeo e confesso que nunca tinha visto a banda antes (não tinha fotos dos músicos nos discos). A planta baixa da cozinha da Plebe está toda aí. Pena que o vídeo é meio esquisito (ruim), mas vale a pena pela música.
Quem acompanha a história das bandas de Brasília sabe que uma das bandas que mais nos influenciou eram os Comsat Angels. Bonfá, Philippe, Renato, todos citavam-os como "A" banda. Achei no You Tube esse vídeo e confesso que nunca tinha visto a banda antes (não tinha fotos dos músicos nos discos). A planta baixa da cozinha da Plebe está toda aí. Pena que o vídeo é meio esquisito (ruim), mas vale a pena pela música.
O Dia em que o Philippe Esbofeteou o Loro Jones
A pedidos, vou contar a história. Foi assim, a gente estava no bar Adrenalina e, como já mencionei em outro posto, o prédio estava todo vazio, com exceção da sala do Marcão, no segundo andar, onde funcionava o estabelecimento. Como o local era pequeno, a gente pegava nossas bebidas e ficava pelos corredores abandonados.
Outra coisa nessa retrospectiva: o Philippe tinha, se não me engano, uns 15 ou 16 anos, era magrinho (vejam as fotos no livro do Marchetti) e usava um óculos Rayban fundo de garrafa. Ele era o caçulinha da turma. Naquela época, o Philippe estava apaixonado por uma menina que acabou saindo com o melhor amigo dele. O Philippe estava pra lá de Bagdá, afogando as mágoas de adolescente apaixonado, contanto a história para todo mundo. Quando foi contar para o Loro, esse deu a sugestão: “mete a mão na cara dele!”.
Acontece que o cérebro do Philippe só pensava 51-51-51, pois era isso que tinha bebido a noite toda. Algum curto aconteceu nos poucos neurônios que ainda estavam sóbrios e ele entendeu que era para bater no Loro.
Quando falou “mete a mão na cara dele” o Philippe fez, só que na cara do Loro”! Foi uma bolacha bem no meio da cara, de mão aberta, aquela que fazem um “plac!” alto, chamando a atenção de todos. E foi com força, o então guitarrista do Blitx 64 quase foi ao chão. O murmúrio das conversas parou, um silêncio reinou no lugar. Todos se perguntando qual seria a reação do Loro. Foi tão inusitado, que o Loro teve que rir enquanto esperava o arder da bochecha passar. Reagir seria uma covardia, o jeito era botar a culpa no álcool e deixar estar. Esse dia virou lenda.
Outra coisa nessa retrospectiva: o Philippe tinha, se não me engano, uns 15 ou 16 anos, era magrinho (vejam as fotos no livro do Marchetti) e usava um óculos Rayban fundo de garrafa. Ele era o caçulinha da turma. Naquela época, o Philippe estava apaixonado por uma menina que acabou saindo com o melhor amigo dele. O Philippe estava pra lá de Bagdá, afogando as mágoas de adolescente apaixonado, contanto a história para todo mundo. Quando foi contar para o Loro, esse deu a sugestão: “mete a mão na cara dele!”.
Acontece que o cérebro do Philippe só pensava 51-51-51, pois era isso que tinha bebido a noite toda. Algum curto aconteceu nos poucos neurônios que ainda estavam sóbrios e ele entendeu que era para bater no Loro.
Quando falou “mete a mão na cara dele” o Philippe fez, só que na cara do Loro”! Foi uma bolacha bem no meio da cara, de mão aberta, aquela que fazem um “plac!” alto, chamando a atenção de todos. E foi com força, o então guitarrista do Blitx 64 quase foi ao chão. O murmúrio das conversas parou, um silêncio reinou no lugar. Todos se perguntando qual seria a reação do Loro. Foi tão inusitado, que o Loro teve que rir enquanto esperava o arder da bochecha passar. Reagir seria uma covardia, o jeito era botar a culpa no álcool e deixar estar. Esse dia virou lenda.
quarta-feira, dezembro 13, 2006
Anti-Nowhere League-So What?
O ANL eram mal vistos por todas as outras bandas punks no início dos 80s. Talvez seja pela violência dos membros da banda, talvez pelo consumo excessivo de anfetaminas. O fato é que So Wot? foi banido, pois o Animal (o vocalista) canta sobre tudo que ele já trepou na vida: gatos, cachorros, cabras, etc. Eles abriram uma turnê do Damned e quase mataram o Capt. Sensible com machadadas - he he he. Coisa de louco. Essa música foi gravada anos depois pelo Metallica. Prefiro a original.
O ANL eram mal vistos por todas as outras bandas punks no início dos 80s. Talvez seja pela violência dos membros da banda, talvez pelo consumo excessivo de anfetaminas. O fato é que So Wot? foi banido, pois o Animal (o vocalista) canta sobre tudo que ele já trepou na vida: gatos, cachorros, cabras, etc. Eles abriram uma turnê do Damned e quase mataram o Capt. Sensible com machadadas - he he he. Coisa de louco. Essa música foi gravada anos depois pelo Metallica. Prefiro a original.
the damned curtain call
Isso é um clássico! Nem sabia que o Damned tocava Curtain Call ao vivo! Em 1981, quando o André Pretorious saiu do exército ele voltou ao Brasil com o disco Dark Album do Damned debaixo do braço. Tinha uma música que ocupava um lado inteiro do vinil. No começo, a gente torceu o nariz, como que uma banda punk faz uma música com mais de 3 minutos? Mas virou trilha sonora de nossos fim de noite. A Plebe até se inspirou nela para fazer Ação, Solidão, Adeus, tipo uma música cheia de partes e longa. Maravilha, apreciem!
Isso é um clássico! Nem sabia que o Damned tocava Curtain Call ao vivo! Em 1981, quando o André Pretorious saiu do exército ele voltou ao Brasil com o disco Dark Album do Damned debaixo do braço. Tinha uma música que ocupava um lado inteiro do vinil. No começo, a gente torceu o nariz, como que uma banda punk faz uma música com mais de 3 minutos? Mas virou trilha sonora de nossos fim de noite. A Plebe até se inspirou nela para fazer Ação, Solidão, Adeus, tipo uma música cheia de partes e longa. Maravilha, apreciem!
terça-feira, dezembro 12, 2006
Adeus ao Marcão Adrenalina.
No crepúsculo dos anos de chumbo, lá pelo início dos anos 80s, uma entrequadra comercial diferente foi inaugurada na 205/206 norte. Parecia um castelo árabe construído por uma criança. Não tinha janelas. Era para ser um conceito novo de comercial para o Plano Piloto, mas não deu certo. Tanto é que ninguém quis alugar as lojas e salas disponíveis.
Ninguém não, uma pessoa ousou: Marcão alugou uma sala, pintou ela de cor-de-rosa choque, pendurou uma foto do Iggy Pop na parede, construiu um pequeno balcão e chamou o seu bar de Adrenalina. Quem começou a freqüentar lá foi o pessoal da tchurma, que consistia nos membros do Blitx 64, da Plebe Rude e do Aborto Elétrico, mais os agregados. À noite, sem mais nada para fazer em Brasília, íamos para lá ficar ouvindo música – o Marcão tocava tudo que a gente gostava – e bebendo. Foi lá que teve a noitada histórica quando o Philippe bolachou o Loro Jones.
Como a gente não tinha carro e os ônibus em Brasília paravam às 20 horas, o Marcão enchia o seu carro com esses punks bêbados e levava um a um para casa. Não tinha lugar melhor, além de divertido, era carona garantida para casa!
Obviamente o lugar faliu – durou pouco mais de dois meses, mas se tornou histórico. Tanto é que no clipe de Luzes, fazemos uma homenagem à Adrenalina mostrando a entrequadra. E o dono ganhou o apelido que o seguiu até o fim: Marcão Adrenalina.
Fui encontrar o Marcão em Goiânia, na turnê do Concreto. Tinha aberto outro lugar, uma boate diferente, onde tomei um porre de vodca com Toddy. Até hoje não sei como ele me convenceu a beber aquela porra! De volta à Brasília, encontrava esporadicamente o Marcão, mas sempre era de um papo agradabilíssimo e centrado no velho rock n roll.
Ele teve meu voto nas eleições de 2002, quando se candidatou à Deputado Distrital pelo PV. Seu solgan era: Mandando V! Pena que não foi eleito, sua figura assustou até os mais radicas verdes.
Marcão Adrenalina faleceu no último sábado. Não fui ao enterro, pois estava em Pirinópolis e só soube na segunda. Quero deixar aqui meus profundos sentimentos à família, aos amigos e ao rock de Brasília, que perdeu um dos seus grandes patrocinadores. Tomara que esteja lá no céu, com seus heróis Hendrix, Brian Jones e os três Ramones.
Ninguém não, uma pessoa ousou: Marcão alugou uma sala, pintou ela de cor-de-rosa choque, pendurou uma foto do Iggy Pop na parede, construiu um pequeno balcão e chamou o seu bar de Adrenalina. Quem começou a freqüentar lá foi o pessoal da tchurma, que consistia nos membros do Blitx 64, da Plebe Rude e do Aborto Elétrico, mais os agregados. À noite, sem mais nada para fazer em Brasília, íamos para lá ficar ouvindo música – o Marcão tocava tudo que a gente gostava – e bebendo. Foi lá que teve a noitada histórica quando o Philippe bolachou o Loro Jones.
Como a gente não tinha carro e os ônibus em Brasília paravam às 20 horas, o Marcão enchia o seu carro com esses punks bêbados e levava um a um para casa. Não tinha lugar melhor, além de divertido, era carona garantida para casa!
Obviamente o lugar faliu – durou pouco mais de dois meses, mas se tornou histórico. Tanto é que no clipe de Luzes, fazemos uma homenagem à Adrenalina mostrando a entrequadra. E o dono ganhou o apelido que o seguiu até o fim: Marcão Adrenalina.
Fui encontrar o Marcão em Goiânia, na turnê do Concreto. Tinha aberto outro lugar, uma boate diferente, onde tomei um porre de vodca com Toddy. Até hoje não sei como ele me convenceu a beber aquela porra! De volta à Brasília, encontrava esporadicamente o Marcão, mas sempre era de um papo agradabilíssimo e centrado no velho rock n roll.
Ele teve meu voto nas eleições de 2002, quando se candidatou à Deputado Distrital pelo PV. Seu solgan era: Mandando V! Pena que não foi eleito, sua figura assustou até os mais radicas verdes.
Marcão Adrenalina faleceu no último sábado. Não fui ao enterro, pois estava em Pirinópolis e só soube na segunda. Quero deixar aqui meus profundos sentimentos à família, aos amigos e ao rock de Brasília, que perdeu um dos seus grandes patrocinadores. Tomara que esteja lá no céu, com seus heróis Hendrix, Brian Jones e os três Ramones.
sexta-feira, dezembro 08, 2006
Estréia do Clipe Novo!
Quem entrar no http://mtv.terra.com.br/prog/estreias/index.shtml vai ter uma surpresa das boas. Já está agendada a estréia do clipe de O Que Se Faz na MTV – e a estréia está destacada na página com o seguinte texto: “Ícone da geração 80, a Plebe Rude mostra que ainda faz rock dos bons.”
É bom ser um ícone, mesmo sempre ter me considerado um iconoclasta, he he he. E é bom ainda fazer rock dos bons.
Esse clipe foi um parto. Começou quando a gente ainda estava gravando o disco e, numa noitada, esbarro no José Eduardo Belmonte, que estava finalizando o seu segundo longa-metragem, Concepção. Me falou que usou uma música da Plebe no filme, Seu Jogo, e estava tendo dificuldade da liberação da faixa na EMI, que queria receber uma grana preta. Tinha usado também uma música solo minha, Samba Inferno, e queria saber sobre a sua liberação. Combinei com ele o seguinte: a gente libera tudo de graça e ele faria o clipe de uma música do disco novo. José Eduardo topou.
Terminamos o CD e o diretor sumiu. Oras estava em São Paulo, oras em lugar nenhum. Foi um parto agendar a gravação em cima da torre de TV. Outro parto para ele entregar o clipe finalizado. Sabe, vida de diretor é estressante. Mas conseguimos e estará na sua telinha no dia 19 de dezembro, no MTVLab. Depois conto mais sobre o produto final.
É bom ser um ícone, mesmo sempre ter me considerado um iconoclasta, he he he. E é bom ainda fazer rock dos bons.
Esse clipe foi um parto. Começou quando a gente ainda estava gravando o disco e, numa noitada, esbarro no José Eduardo Belmonte, que estava finalizando o seu segundo longa-metragem, Concepção. Me falou que usou uma música da Plebe no filme, Seu Jogo, e estava tendo dificuldade da liberação da faixa na EMI, que queria receber uma grana preta. Tinha usado também uma música solo minha, Samba Inferno, e queria saber sobre a sua liberação. Combinei com ele o seguinte: a gente libera tudo de graça e ele faria o clipe de uma música do disco novo. José Eduardo topou.
Terminamos o CD e o diretor sumiu. Oras estava em São Paulo, oras em lugar nenhum. Foi um parto agendar a gravação em cima da torre de TV. Outro parto para ele entregar o clipe finalizado. Sabe, vida de diretor é estressante. Mas conseguimos e estará na sua telinha no dia 19 de dezembro, no MTVLab. Depois conto mais sobre o produto final.
quinta-feira, dezembro 07, 2006
HD/DC
Um dos discos que mais escutava no início da Plebe era a coletânea Flex Your Head, com bandas de punk hardcore de Washington DC. O selo era o Dischord, do então Minor Threat, hoje Fugazi, Ian McKay, uma das figuras pensantes mais importante do movimento. Já naquela época, quando o punk e o pós-punk começavam a se distanciar um do outro, a gente via no hardcore de Washington uma coisa diferente. Primeiro, eles eram abertos à experimentalismo. Tinham uma turma muito coesa, que lembrava muito a nossa de Brasília e, finalmente, eram muito ativos politicamente. O Clemente me confessou outro dia que, por coincidência, também ouvia muito esse disco.
Hoje, meu grande amigo e irmão do Philippe, o Alex, que mora em Washington, me mandou um link muito bacana, que recomendo para os que conseguem se virar em inglês. Trata-se do http://yellowarrow.net/capitolofpunk/index.html, que conta a história do punk hardcore de Washington. É muito legal e eu realmente recomendo para os que gostam de garimpar a história do rock, entender um pouco das origens da Plebe e descobrir coisas novas.
O mais bacana é a história dos protestos em frente à Embaixada da África do Sul. O punk de DC definitivamente não era rascista, pelo contrário, queriam o fim do aparteid. A forma como resolveram agir é muito legal, vale a pena. Outra coisa bacana foi o show em frente à Casa Branca. Que inveja, sempre quis tocar em frente ao Palácio da Alvorada!
Reparem, os punks não são aqueles clones do Sid Vicious ou moicanos. São normais, como éramos em Brasília. Dica que assino em baixo.
Traficante de Álcool em Congonhas.
Depois do show em Vitória da Conquista, no Festival de Inverno da Bahia, que aconteceu nesse ano, a gente nem voltou para o hotel. A ordem era de ir com as malas prontas, pois, do palco, seria subir no ônibus para ir direto para o aeroporto de Ilhéus. E foi assim que aconteceu. Fizemos o show, após uma apresentação recheada de hits do Nando Reis, descemos do palco, esperamos a equipe desmontar e guardar os equipamentos, subimos no ônibus e seguimos de madrugada, pela neblina e estrada esburacada até Ilhéus. De Ilhéus, a equipe voltaria direto ao Rio e, não sei por qual esperteza logística, os músicos iram até Congonhas, onde ficaria o Clemente, e, o restante, de lá à Brasília. Resumindo, uma maratona.
Claro que isso significa ficar sem dormir, virar a noite. É impossível dormir bem num ônibus viajando à noite de Vitória da Conquista até Ilhéus. Primeiro, pela preocupação do motorista apagar de sono, bater o veículo, sair da estrada. Segundo, pelos buracos que fazem a velocidade se modificar constantemente, sacolejando todos no interior do ônibus. No avião, até que dá para tirar uma soneca, mas tem sempre uma aeromoça, passageiro ou voz do comandante para atrapalhar.
Resumindo, chegamos exaustos em Congonhas e eu tive uma idéia: “a gente merece um refresco, um prêmio pela maratona, vamos entrar no salão de embarque que sei que tem um lugar que vende Guiness lá dentro.” Philippe e Txotxa concordam. A gente passa pelo raio-x, pega nossas tralhas e saímos à procura do carrinho com a marca preta e branca da Guiness. Nada, nem sinal da cerveja irlandesa.
Vendo nossas caras de perdidos, uma moça, atrás de um balcão de vidro lotado de uísques e vodcas, chama a gente. “Estão procurando a Guiness?” Confirmamos. “Ela fechou, mas tenho uma outra sugestão para não deixar vocês na mão. Olha, tem essa garrafinha de Johnny Walker Red que tá baratinha. Vocês fazem uma vaquinha e podem ir tomá-la lá naquele canto, que tal?” O canto, apontado por ela, ficava atrás de uma coluna, tipo lugarzinho escondido para bebum encher a cara.
Ficamos uns segundos sem responder. Será que a gente ouviu direito? Ela está sugerindo que a gente compre e vire assim, no seco, sem gelo, uma garrafa inteira de uísque? E ela já estava com a garrafa na mão, fora da caixa, estourando o lacre. O Txotxa foi o primeiro a reagir: to fora! E a gente segue ele, fugindo dos gritos da louca: “se quiserem tem vodca também!”
Claro que isso significa ficar sem dormir, virar a noite. É impossível dormir bem num ônibus viajando à noite de Vitória da Conquista até Ilhéus. Primeiro, pela preocupação do motorista apagar de sono, bater o veículo, sair da estrada. Segundo, pelos buracos que fazem a velocidade se modificar constantemente, sacolejando todos no interior do ônibus. No avião, até que dá para tirar uma soneca, mas tem sempre uma aeromoça, passageiro ou voz do comandante para atrapalhar.
Resumindo, chegamos exaustos em Congonhas e eu tive uma idéia: “a gente merece um refresco, um prêmio pela maratona, vamos entrar no salão de embarque que sei que tem um lugar que vende Guiness lá dentro.” Philippe e Txotxa concordam. A gente passa pelo raio-x, pega nossas tralhas e saímos à procura do carrinho com a marca preta e branca da Guiness. Nada, nem sinal da cerveja irlandesa.
Vendo nossas caras de perdidos, uma moça, atrás de um balcão de vidro lotado de uísques e vodcas, chama a gente. “Estão procurando a Guiness?” Confirmamos. “Ela fechou, mas tenho uma outra sugestão para não deixar vocês na mão. Olha, tem essa garrafinha de Johnny Walker Red que tá baratinha. Vocês fazem uma vaquinha e podem ir tomá-la lá naquele canto, que tal?” O canto, apontado por ela, ficava atrás de uma coluna, tipo lugarzinho escondido para bebum encher a cara.
Ficamos uns segundos sem responder. Será que a gente ouviu direito? Ela está sugerindo que a gente compre e vire assim, no seco, sem gelo, uma garrafa inteira de uísque? E ela já estava com a garrafa na mão, fora da caixa, estourando o lacre. O Txotxa foi o primeiro a reagir: to fora! E a gente segue ele, fugindo dos gritos da louca: “se quiserem tem vodca também!”
quarta-feira, dezembro 06, 2006
Pelas Curvas de Santos em '87.
Perdemos o vôo do Rio para São Paulo. Estávamos vindo de João Pessoa e o próximo show era Santos, uma de nossas praças favoritas. Não foi culpa dos controladores, pois em 1987 eles ainda baixavam a cabeça e obedeciam cegamente a hierarquia militar imposta sobre a profissão. Foi por causa de uma incompatibilidade de horários do nosso vôo que ia nos deixar no Galeão e o próximo que iria sair para São Paulo.
Solução: sair correndo para o balcão das empresas e tentar marcar outro vôo. Todos lotados, o máximo que conseguimos foram três lugares. Mandamos o Gutje e o Gregório, o técnico de som, na frente, eles seriam os primeiros a reclamar mesmo e não poderíamos deixar a moral da equipe baixar, junto com o Philippe, o front-man da banda, que, qualquer coisa teria que subir no palco e tocar violão para os santistas.
Certo, agora éramos o Jander, eu, os roadies Chris e Freddie, e o empresário Pedro Ribeiro, junto com uma tonelada de equipamento. O que fazer? Táxi aéreo é muito caro. O contratante não quer nem saber, pagou pelas passagens de avião e não vai colocar mais nenhum centavo. Solução, alugar duas Kombi e seguir pela Rio-Santos, torcendo chegar a tempo.
Só não contávamos com a disposição dos motoristas em apostar corrida até Santos. Sabe aquela música do Roberto Carlos, Curvas da Estrada de Santos? Foi muito pior. Calor fudido, pneus rasgando em cada curva, a gente jogado de um lado para o outro dentro do veículo e o sol já no horizonte, indicando que tínhamos pouco tempo para chegar lá.
Lá pelas tantas, o vidro de trás de uma das Kombi sai voando. Tudo bem, ventila um pouco. O pior foi quando o enjôo começou. Daí era só torcer para manter a comida no estômago. Não adiantava nem ficar de olho no horizonte, pois já estava escuro lá fora.
Finalmente chegamos, quase meia-noite. O público ensandecido exige a Plebe no palco já. O Philippe não sabe o que fazer. Em tempo recorde, os roadies montam o palco, a gente sobe e faz um dos shows mais memoráveis da história de Plebe. Santos sempre trás boas lembranças para a Plebe.
No próximo dia, o contratante satisfeito e grato pelo sacrifício que fizemos, nos banca uma mega-refeição numa churrascaria de luxo e ainda nos leva para São Paulo ver os Ramones de camarote. Foi um fim-de-semana legal.
Solução: sair correndo para o balcão das empresas e tentar marcar outro vôo. Todos lotados, o máximo que conseguimos foram três lugares. Mandamos o Gutje e o Gregório, o técnico de som, na frente, eles seriam os primeiros a reclamar mesmo e não poderíamos deixar a moral da equipe baixar, junto com o Philippe, o front-man da banda, que, qualquer coisa teria que subir no palco e tocar violão para os santistas.
Certo, agora éramos o Jander, eu, os roadies Chris e Freddie, e o empresário Pedro Ribeiro, junto com uma tonelada de equipamento. O que fazer? Táxi aéreo é muito caro. O contratante não quer nem saber, pagou pelas passagens de avião e não vai colocar mais nenhum centavo. Solução, alugar duas Kombi e seguir pela Rio-Santos, torcendo chegar a tempo.
Só não contávamos com a disposição dos motoristas em apostar corrida até Santos. Sabe aquela música do Roberto Carlos, Curvas da Estrada de Santos? Foi muito pior. Calor fudido, pneus rasgando em cada curva, a gente jogado de um lado para o outro dentro do veículo e o sol já no horizonte, indicando que tínhamos pouco tempo para chegar lá.
Lá pelas tantas, o vidro de trás de uma das Kombi sai voando. Tudo bem, ventila um pouco. O pior foi quando o enjôo começou. Daí era só torcer para manter a comida no estômago. Não adiantava nem ficar de olho no horizonte, pois já estava escuro lá fora.
Finalmente chegamos, quase meia-noite. O público ensandecido exige a Plebe no palco já. O Philippe não sabe o que fazer. Em tempo recorde, os roadies montam o palco, a gente sobe e faz um dos shows mais memoráveis da história de Plebe. Santos sempre trás boas lembranças para a Plebe.
No próximo dia, o contratante satisfeito e grato pelo sacrifício que fizemos, nos banca uma mega-refeição numa churrascaria de luxo e ainda nos leva para São Paulo ver os Ramones de camarote. Foi um fim-de-semana legal.
terça-feira, dezembro 05, 2006
Turistas, o Filme.
Foi lançado, nos EUA, e logo em telas verde-e-amarelas, um filme que vem gerando uma onda de protestos por parte de defensores da imagem do Brasil lá fora. Trata-se do longa Turistas – assim mesmo em português – que, dizem os críticos, retrata o Brasil como sendo um país das drogas, violência e sexo. A história é centrada em seis turistas americanos que vêm ao país, são drogados e torturados por uma gangue especializada em roubo de órgãos.
Ué, e o retrato está errado? Não é o próprio governo que vem vendendo no exterior a imagem da pinga, da cachaça, da caipirinha? Drogas não correm soltas em qualquer noitada, seja de playboy, seja de morro? Não exportamos a nossa mulata, vendemos sua bunda? Não somos campeões de mortes por policiais, de jovens e em prisões? Sexo, drogas e violência? Acertaram em cheio!, de que reclamam esses defensores de nossa imagem?
Agora, por mais criativa que Hollywood tente ser, nunca vai conseguir retratar o Brasil como ele realmente é. E ele é bem pior do que eles imaginam. Se quiserem mesmo, podem se basear em fatos reais, que dariam filmes com roteiros bem melhores dos que os inventados pelos seus escritores. Sacam só algumas sinopses, baseadas em fatos reais, sem inventar nada:
· Seis turistas brasileiros chegam em Recife e são apanhados no aeroporto pelo seu guia, que os leva para a Praia do Futuro, onde são embriagados, apanham até ficar inconscientes e são enterrados vivos debaixo de uma placa de cimento. (Aconteceu em abril/2004).
· Turistas ingleses chegam no Aeroporto Internacional do Rio, entram num ônibus e seguem pelo aterro do Flamengo. Nem uma hora em solo tupiniquim, o veículo é abordado por três sujeitos, que fazem uma limpa nos gringos, chegando a distribuir coronhadas entre os coitados. (Aconteceu em novembro/2006).
· Um dos maiores velejadores do mundo está navegando pelos rios do Amapá, numa expedição pela Amazonas, quando seu barco é abordado por piratas que o matam cruelmente e levam, somente, seu relógio e um motorzinho de popa. (Aconteceu em dezembro/2001).
· Família do interior de São Paulo vai conhecer o Corcovado. Passeando pela Estrada das Paineiras, são abordados por marginais que tentam seqüestrar a filha. Tentando evitar a violência, o pai é assassinado com dois tiros. Os bandidos fogem. (Aconteceu em julho/2006).
Eu poderia escrever páginas e páginas sobre eventos reais que serveriam de inspiração para Hollywood fazer outros filmes sobre o Brasil. Sem essa de manchar a nossa imagem, estragar a nossa reputação. Quem faz a imagem e a reputação somos nós! O governo liderando e o povo marcando em cima. Educação, saúde, segurança e esperança no futuro. Tudo isso nos falta.
Que venham outros Simpsons, Turistas e South Parks tirarem onda com a gente! Talvez sirva para acordarmos e tomarmos conta da situação. Ou será que o brasileiro só vai acordar quando, parafraseando um leitor anônimo do blog, o Pan se verificar um fracasso, a Copa for para a Argentina, – agora eu acrescento – o Carnaval for cancelado, a seleção não ganhar mais nada e o verão virar inverno permanente?
Ué, e o retrato está errado? Não é o próprio governo que vem vendendo no exterior a imagem da pinga, da cachaça, da caipirinha? Drogas não correm soltas em qualquer noitada, seja de playboy, seja de morro? Não exportamos a nossa mulata, vendemos sua bunda? Não somos campeões de mortes por policiais, de jovens e em prisões? Sexo, drogas e violência? Acertaram em cheio!, de que reclamam esses defensores de nossa imagem?
Agora, por mais criativa que Hollywood tente ser, nunca vai conseguir retratar o Brasil como ele realmente é. E ele é bem pior do que eles imaginam. Se quiserem mesmo, podem se basear em fatos reais, que dariam filmes com roteiros bem melhores dos que os inventados pelos seus escritores. Sacam só algumas sinopses, baseadas em fatos reais, sem inventar nada:
· Seis turistas brasileiros chegam em Recife e são apanhados no aeroporto pelo seu guia, que os leva para a Praia do Futuro, onde são embriagados, apanham até ficar inconscientes e são enterrados vivos debaixo de uma placa de cimento. (Aconteceu em abril/2004).
· Turistas ingleses chegam no Aeroporto Internacional do Rio, entram num ônibus e seguem pelo aterro do Flamengo. Nem uma hora em solo tupiniquim, o veículo é abordado por três sujeitos, que fazem uma limpa nos gringos, chegando a distribuir coronhadas entre os coitados. (Aconteceu em novembro/2006).
· Um dos maiores velejadores do mundo está navegando pelos rios do Amapá, numa expedição pela Amazonas, quando seu barco é abordado por piratas que o matam cruelmente e levam, somente, seu relógio e um motorzinho de popa. (Aconteceu em dezembro/2001).
· Família do interior de São Paulo vai conhecer o Corcovado. Passeando pela Estrada das Paineiras, são abordados por marginais que tentam seqüestrar a filha. Tentando evitar a violência, o pai é assassinado com dois tiros. Os bandidos fogem. (Aconteceu em julho/2006).
Eu poderia escrever páginas e páginas sobre eventos reais que serveriam de inspiração para Hollywood fazer outros filmes sobre o Brasil. Sem essa de manchar a nossa imagem, estragar a nossa reputação. Quem faz a imagem e a reputação somos nós! O governo liderando e o povo marcando em cima. Educação, saúde, segurança e esperança no futuro. Tudo isso nos falta.
Que venham outros Simpsons, Turistas e South Parks tirarem onda com a gente! Talvez sirva para acordarmos e tomarmos conta da situação. Ou será que o brasileiro só vai acordar quando, parafraseando um leitor anônimo do blog, o Pan se verificar um fracasso, a Copa for para a Argentina, – agora eu acrescento – o Carnaval for cancelado, a seleção não ganhar mais nada e o verão virar inverno permanente?
segunda-feira, dezembro 04, 2006
Paraná nas Libertadores!
Torço para o Atlético Paranaense, o Furacão, mas sou um pouco bairrista. Quero os times do Paraná em destaque, para comprovar a minha teoria de que nosso futebol é bem melhor do que o carioca. Tudo bem que o Coritiba me decepcionou - o que esperava do Coxa? - permanecendo na segundona. Mas o Paraná mostrou garra e é o representante paranaense nas Libertadores. Rumo ao Japão, Paraná!
sábado, dezembro 02, 2006
O Que Lula Tem A Aprender com a China.
O interior da China era muito parecido com o Nordeste brasileiro em 2001. Muita gente pobre, sem qualificação profissional, vivendo de favores de governos e oligarquias locais. Hoje em dia, é a maior concentração de fábricas estrangeiras, que fazem de tudo, desde peças para automóveis até a programação básica da Microsoft. Foram-se as oligarquias, entraram os investidores estrangeiros, proporcionando um salto de qualidade de vida jamais vista em toda história daquele grande país.
Os líderes chineses sacaram que não compensava ficar isolado do mundo, pelo contrário, queria não só fazer parte dele, mas entrar competindo, fazendo sentir a sua presença. Em 1977 (grande ano!) o líder chinês Deng Xiaoping declarou que “enriquecer é glorioso”, colocando a China no mapa da economia global. O plano não era simplesmente servir como repositório de mão-de-obra barata para o ocidente, mas sim aprender e vence-los no próprio jogo. Mas mesmo no começo, sendo repositório de mão-de-obra barata, já ajudou muito o povo antes pobre, agora com emprego, dinheiro e dignidade.
Tinham um plano por trás da abertura econômica. Para tanto, estão munindo seus jovens com as competências necessárias para competir de igual para igual com o resto do mundo, construindo infra-estrutura, desburocratizando, principalmente leis trabalhistas, e, mais importante, criando incentivos para investidores estrangeiros. O objetivo é que na próxima geração, os produtos não sejam somente “made in China”, mas sim “created in China”. E eles vão chegar lá. A consolidação do plano foi a entrada do país no OMC, em 2001.
Aqui, o máximo que conseguem é dar bolsa-família e um programa falido chamado Fome Zero. Iniciativas que nunca vão colocar o Brasil no mapa econômico, deixando os coitados nordestinos à mercê das oligarquias e Estado paternalista. Ou seja, gerações e gerações de pobres pela frente. E mandatos mais mandatos de presidentes, governadores e prefeitos populistas. Com nossas leis trabalhistas, judiciário ineficiente e falta de investimentos em educação e infra-estrutura, os únicos que vão querer investir aqui é a Venezuela de Chaves, plantando banana, e o Paraguai, vendendo produtos falsificados. Nada que agregue valor ao brasileiro.
Hoje, o interior da China tem cidades imensas, com mais de um milhão de habitantes, todos empregados e satisfeitos. Seus filhos vão à escola e têm um futuro promissor pela frente. Lula tem muito que aprender com a China. Mas será que ele quer? Ou prefere ficar puxando saco de países africanos subdesenvolvidos e ficar abraçando o Kadafi?
Os líderes chineses sacaram que não compensava ficar isolado do mundo, pelo contrário, queria não só fazer parte dele, mas entrar competindo, fazendo sentir a sua presença. Em 1977 (grande ano!) o líder chinês Deng Xiaoping declarou que “enriquecer é glorioso”, colocando a China no mapa da economia global. O plano não era simplesmente servir como repositório de mão-de-obra barata para o ocidente, mas sim aprender e vence-los no próprio jogo. Mas mesmo no começo, sendo repositório de mão-de-obra barata, já ajudou muito o povo antes pobre, agora com emprego, dinheiro e dignidade.
Tinham um plano por trás da abertura econômica. Para tanto, estão munindo seus jovens com as competências necessárias para competir de igual para igual com o resto do mundo, construindo infra-estrutura, desburocratizando, principalmente leis trabalhistas, e, mais importante, criando incentivos para investidores estrangeiros. O objetivo é que na próxima geração, os produtos não sejam somente “made in China”, mas sim “created in China”. E eles vão chegar lá. A consolidação do plano foi a entrada do país no OMC, em 2001.
Aqui, o máximo que conseguem é dar bolsa-família e um programa falido chamado Fome Zero. Iniciativas que nunca vão colocar o Brasil no mapa econômico, deixando os coitados nordestinos à mercê das oligarquias e Estado paternalista. Ou seja, gerações e gerações de pobres pela frente. E mandatos mais mandatos de presidentes, governadores e prefeitos populistas. Com nossas leis trabalhistas, judiciário ineficiente e falta de investimentos em educação e infra-estrutura, os únicos que vão querer investir aqui é a Venezuela de Chaves, plantando banana, e o Paraguai, vendendo produtos falsificados. Nada que agregue valor ao brasileiro.
Hoje, o interior da China tem cidades imensas, com mais de um milhão de habitantes, todos empregados e satisfeitos. Seus filhos vão à escola e têm um futuro promissor pela frente. Lula tem muito que aprender com a China. Mas será que ele quer? Ou prefere ficar puxando saco de países africanos subdesenvolvidos e ficar abraçando o Kadafi?
sexta-feira, dezembro 01, 2006
Espermograma.
Espermograma é o nome do teste clínico que fazem para determinar se o homem é fértil ou não. Consiste em pegar uma amostra do sêmen e, antes que os espermatozóides morram, passar por uma máquina que conta quantos têm. Assim se determina como está a saúde reprodutiva do paciente.
Isso é a tese, na prática a teoria é outra. Tive que fazer um espermograma a pedido do meu médico, que, num pedaço de papel escreveu: “Exame de sêmen, infertilidade?”. Só isso, bem no meio do papel, com bastante destaque às palavras, que ele fez questão de sublinhar. Fui à clínica e, morrendo de vergonha, entreguei o pedido à atendente que faz a triagem.
“A gente não faz isso aqui não, só na outra clínica, lá no Brasília Shopping, primeiro andar”.
Perguntei se não poderia pelo menos me dar o coletor, pois daí tiraria a amostra em casa e levaria para a clínica. “A amostra tem que ser coletada no local”, me responde. Aliais, que eufemismo esse, heim? Coletar a amostra, quando nós dois sabemos que se trata de masturbação simples e comum. Mas vamos ficar com a metáfora.
Então lá vou eu, para outra triagem constrangedora. A mulher – sempre é uma mulher! – lê o pedido, me olha com os óculos pendurados na ponta do nariz, e me dá uma senha. Número 77, pelo menos é punk!, e me indica para o final do corredor, onde tem uma fila de cadeiras encostadas numa parede. Me dá um frasco, que é para encher com a “amostra” e lá vou eu, me juntar a outros dois senhores, também segurando aquele frasco patético na mão. Todos que passam nos olham sabendo que vamos “colher amostras”.
A espera é longa. Tem uma cabine, com o dizer na porta: “colheta masculina”. Tem um monte de mulher solteira que pode achar que é uma plantação de machos e estariam loucas para colher seus maridos ali. Deveriam colocar entre parêntesis: “Punhetódramo”, para não haver dúvidas. Como são metafóricos esses médicos! Em cima da porta tem uma luz vermelha acessa, que me fez lembrar de um corredor de puteiro.
Aparece uma enfermeira que nos pede desculpas pela demora: o paciente está tendo dificuldades para colher sua amostra. Eu tento segurar o riso. Coitado, imagino ele lá dentro, no cinco-contra-um, sabendo que está atrasando a vida de outros que estão na fila. Daí é que não consegue mesmo. E não consegue porque o lugar é totalmente séptico, sem sensualidade nenhuma. Pelo contrário, é um corta-tesão de primeira, parecendo mais uma açougue de luxo.
Número 77! É a minha vez. Quando me levanto, os que estão atrás de mim me olham com aquela cara de “não vá demorar também, heim?”. E lá vou eu seguindo a enfermeira que abre a porta, ascende a luz vermelha e diz: vou te dar as instruções. Quase congelei! Para que instruções, faço isso desde adolescente! Não era nada disso. Era para me dizer como proceder: entrar na sala, trancar a porta, colher a amostra, colocar o frasco numa bandejinha, apertar um botão verde, abrir a porta e sair da clínica por uma outra porta no final do corredor. A clínica tem uma saída própria para os colhedores de amostra, há há há, que imagino saírem morrendo de presa, temendo uma enfermeira sair gritando atrás: “Só isso?!?! Não dá nem para o começo!”
Dentro da sala tem um balcão com pia, uma cadeira e uma privada super-moderna, que gira o assento ao usuário se levantar! Para “auxiliar” os colhedores, uma pilha de revistas de sacanagem. Olho em volta, temendo ter “amostras” no chão, parede ou cadeira. Não, tudo limpo. Pego a primeira revista, impressa em papel jornal, contendo somente fotos de amadores, geralmente mulheres fotografadas pelos respectivos maridos. Um bando de gordas em posições que deveriam ser eróticas, mas parecem mais aberrações de circo – freakshow!. Não é a toa que o cara antes demorou tanto! Recuso essa e vejo o que mais tem. Acho uma Sexy – a do mês! – e mãos à obra!
Quando estava quase conseguindo “colher a amostra”, viro a página e aparece uma foto de página inteira do rosto do Ivan Lins! Tão querendo sacanear comigo! Quase me sabota, esse Ivan Lins. Viro logo as páginas, encho o frasco, aperto o botão verde e saio correndo! Que mundo estranho esse nosso.
Isso é a tese, na prática a teoria é outra. Tive que fazer um espermograma a pedido do meu médico, que, num pedaço de papel escreveu: “Exame de sêmen, infertilidade?”. Só isso, bem no meio do papel, com bastante destaque às palavras, que ele fez questão de sublinhar. Fui à clínica e, morrendo de vergonha, entreguei o pedido à atendente que faz a triagem.
“A gente não faz isso aqui não, só na outra clínica, lá no Brasília Shopping, primeiro andar”.
Perguntei se não poderia pelo menos me dar o coletor, pois daí tiraria a amostra em casa e levaria para a clínica. “A amostra tem que ser coletada no local”, me responde. Aliais, que eufemismo esse, heim? Coletar a amostra, quando nós dois sabemos que se trata de masturbação simples e comum. Mas vamos ficar com a metáfora.
Então lá vou eu, para outra triagem constrangedora. A mulher – sempre é uma mulher! – lê o pedido, me olha com os óculos pendurados na ponta do nariz, e me dá uma senha. Número 77, pelo menos é punk!, e me indica para o final do corredor, onde tem uma fila de cadeiras encostadas numa parede. Me dá um frasco, que é para encher com a “amostra” e lá vou eu, me juntar a outros dois senhores, também segurando aquele frasco patético na mão. Todos que passam nos olham sabendo que vamos “colher amostras”.
A espera é longa. Tem uma cabine, com o dizer na porta: “colheta masculina”. Tem um monte de mulher solteira que pode achar que é uma plantação de machos e estariam loucas para colher seus maridos ali. Deveriam colocar entre parêntesis: “Punhetódramo”, para não haver dúvidas. Como são metafóricos esses médicos! Em cima da porta tem uma luz vermelha acessa, que me fez lembrar de um corredor de puteiro.
Aparece uma enfermeira que nos pede desculpas pela demora: o paciente está tendo dificuldades para colher sua amostra. Eu tento segurar o riso. Coitado, imagino ele lá dentro, no cinco-contra-um, sabendo que está atrasando a vida de outros que estão na fila. Daí é que não consegue mesmo. E não consegue porque o lugar é totalmente séptico, sem sensualidade nenhuma. Pelo contrário, é um corta-tesão de primeira, parecendo mais uma açougue de luxo.
Número 77! É a minha vez. Quando me levanto, os que estão atrás de mim me olham com aquela cara de “não vá demorar também, heim?”. E lá vou eu seguindo a enfermeira que abre a porta, ascende a luz vermelha e diz: vou te dar as instruções. Quase congelei! Para que instruções, faço isso desde adolescente! Não era nada disso. Era para me dizer como proceder: entrar na sala, trancar a porta, colher a amostra, colocar o frasco numa bandejinha, apertar um botão verde, abrir a porta e sair da clínica por uma outra porta no final do corredor. A clínica tem uma saída própria para os colhedores de amostra, há há há, que imagino saírem morrendo de presa, temendo uma enfermeira sair gritando atrás: “Só isso?!?! Não dá nem para o começo!”
Dentro da sala tem um balcão com pia, uma cadeira e uma privada super-moderna, que gira o assento ao usuário se levantar! Para “auxiliar” os colhedores, uma pilha de revistas de sacanagem. Olho em volta, temendo ter “amostras” no chão, parede ou cadeira. Não, tudo limpo. Pego a primeira revista, impressa em papel jornal, contendo somente fotos de amadores, geralmente mulheres fotografadas pelos respectivos maridos. Um bando de gordas em posições que deveriam ser eróticas, mas parecem mais aberrações de circo – freakshow!. Não é a toa que o cara antes demorou tanto! Recuso essa e vejo o que mais tem. Acho uma Sexy – a do mês! – e mãos à obra!
Quando estava quase conseguindo “colher a amostra”, viro a página e aparece uma foto de página inteira do rosto do Ivan Lins! Tão querendo sacanear comigo! Quase me sabota, esse Ivan Lins. Viro logo as páginas, encho o frasco, aperto o botão verde e saio correndo! Que mundo estranho esse nosso.
quinta-feira, novembro 30, 2006
Plebe na CBN
Na Plebe, quem tem carro é o Txotxa e eu. O Clemente tinha um Parati 87, mas foi roubado ano passado, junto com um para de botas Doc Martins, que estavam no porta-malas (qual a maior perda?). Se você entrar em qualquer um de nossos carros e ligar o rádio, certamente estará sintonizado na CBN. Nossos locutores favoritos são o Heródoto Barbeiro, Sardenberg, Piotto e, claro o João Carlos Santana. Por isso a satisfação de fazer a entrevista para seu programa Sala de Música, que vai ao ar todos os sábados. Eu recomendo, é um sopro de ar fresco no marasmo das ondas musicais. Um locutor falando sobre música que realmente gosta e entende de música. A nossa vai ao ar no último sábado de dezembro. Ouçam.
Além desse programa, a emissora também tem outros ótimos. Eu recomendo o Sessão de Cinema, Ética nos Negócios, Mundo Sustentável e Responsabilidade Social. Rádio não é só música. A CBN é uma ótima alternativa para fugir dos playlists de hits insuportáveis que rola nas ondas das rádios.
O Txotxa e eu queríamos um autógrafo do Heródoto, mas ficamos com vergonha de pedir. Eu li sua introdução ao livro sobre o relatório do CIA sobre os próximos vinte anos. Vale a leitura.
E olha a gente, acima, com o João Carlos.
Plebe na Fnac/Brasília
Não sei quem mandou melhor, a Plebe ou os Plebeus. Na verdade, foi uma sinergia dos dois, que tomaram conta de todo o espaço do Franz Café, dentro da Fnac, e fizeram um show único, memorável. Philippe e Clemente com violões, o Txotxa tendo que tocar baixinho, mas sem perder a velocidade, e somente eu no terreno conhecido, com meu baixo e um amp. Nossa, cantaram tudo com a gente, letras novas e velhas. Foi tão bom, que, mesmo com a Fnac desmontando o palco, voltamos para um bis de R ao Contrário e Luzes.
Infelizmente minha máquina quebrou. A Rosa conseguiu tirar somente as fotos acima. Mas como tinha muita gente tirando fotos por lá, tenho certeza que outras irão aparecer. E tem mais, o Rafael filmou tudo com minha filmadora. Vou editar e colocar o show interio na internet. Aguardem.
quarta-feira, novembro 29, 2006
Hoje Tem Pocket Show Fnac
É em Brasília, no Park Shopping. Sim, a Plebe vai invadir o templo do consumo, a meca do capitalismo, a catedral financeira, para divulgar o R ao Contrário! Somos o vírus na máquina, o lixo debaixo do tapete, a meleca grudada sob a mesa! Não levem isso tão à sério, estou me abrindo em lágrimas enquanto escrevo. Será uma ótima oportunidade da gente mostrar outras versões de nossas músicas, pois lá não dá para colocar o equipamento todo. Acho que Philippe e/ou Clemente usarão violões em alguma parte. E vão se supreender como dominam bem o acúsitico! Sabiam que o primeiro instrumento do Clemente foi um cavaquinho? Pronto, dedurei! Melhor ainda, será uma ótima chance da gente conversar com os plebeus. Estejam lá! 19h30min!
Ha, sim, demos um banho ontem na UOL. Mais de 13 mil visitas no clipe da Plebe. Estamos disputando o mais do mês! Obrigado.
E vamos votar na Bizz!
Ha, sim, demos um banho ontem na UOL. Mais de 13 mil visitas no clipe da Plebe. Estamos disputando o mais do mês! Obrigado.
E vamos votar na Bizz!
terça-feira, novembro 28, 2006
Plebe Passa Sandy & Júnior!
Está acontecendo no site da UOL. Filmaram parte do show de sexta-feira, no Sesc Pompéia, e disponibilizaram na UOL, no Showbiz (?). As informações que recebemos é que está tendo audiência récorde. Entrem lá e ajudem a gente a passar todos!
segunda-feira, novembro 27, 2006
Morte e Impostos
Benjamim Franklin um vez falou: não há nada certo na Terra, tirando impostos e a morte. Se ele vivesse no Brasil, nos dias de hoje, certamente preferiria a morte. Em 1970, um brasileiro tinha que trabalhar 2 meses e vinte dias para pagar toda sua contribuição para o governo. Esse ano, saiu um cálculo que para honrar todas suas dívidas com o fisco, o brasileiro médio trabalha 4 meses e 17 dias. A estimativa para 2007 é uma jornada de 4 meses e vinte dias, ou seja, quase 5 meses! O que você arrecadar o resto do ano é seu.
O revoltante de tudo isso é que não recebemos nada de volta. O norueguês, que também paga um imposto violento, tem escolas de qualidade, creches que funcionam, um sistema de saúde impecável, infra-estrutura física e regulamentar que ajudam o empreendedor e, ainda, um policiamento preventivo que dá conta da segurança das cidades. Acho que ele não acha ruim gastar quase meio ano trabalhando para o governo. Já o brasileiro, rala para pagar salários de servidores públicos, obras faraônicas e programas sociais eleitoreiros. E não é só desse governo, é de todos os anteriores também.
Crescemos num ritmo africano, 2% ao ano, enquanto os gastos governamentais tem uma inflação de 6% ao ano. Não é necessário ser um gênio para perceber que se essa situação continuar, vamos, de fato, virar uma economia africana. Enquanto Índia, Rússia e, principalmente, a China atraem os investidores externos, a gente vai atrair somente o Chaves, o Morales e outros populistas que procuram seu espaço nos holofotes internacionais. Como o Lula já avisou que não tem onde cortar os gastos, se preparem para trabalhar mais e mais para bancar a conta. Bom trabalho!
domingo, novembro 26, 2006
Fim-de-semana sensacional.
O segundo show no Sesc Poméia, na noite de sábado, 25 de novembro, foi histórico. Imaginem no palco, de uma só vez: Clemente e Ronaldo dos Inocentes, Redson, Philippe, Txotxa e eu. Tocando I Fought the Law, do Clash. Isso porque, antes, já havia rolado Pânico em SP, com o Ronaldo nas guitarras, e Medo, com o Redson. Aqueles que conseguiram vencer a chuva torrencial que castigou SP a noite toda, foram premiados com uma performance incrível.
Do Sesc, saímos voando para o Kazebre, para o segundo turno da noite. Mais precisamente, da madrugada, pois entramos lá pelas duas e meia do domingo. Esse show foi bem energético, contou de novo com uma participação do Ronaldo, mas para mim foi sofredor faze-lo. Minutos antes de entrar no palco, me abaixei para pegar uma água na geladeira do camarim e dei um mal jeito nas costas. Não conseguia me mexer, a base da coluna doía feito louco! Doeu ficar paradão no palco, numa posição que a dor fosse suportável. Quem chegou ao Kazebre é um herói. Quem esperou até a nossa entrada e ainda demonstrou tamanha energia, merece um parabéns em dobro da Plebe.
Foi um fim-de-semana sensacional.
Do Sesc, saímos voando para o Kazebre, para o segundo turno da noite. Mais precisamente, da madrugada, pois entramos lá pelas duas e meia do domingo. Esse show foi bem energético, contou de novo com uma participação do Ronaldo, mas para mim foi sofredor faze-lo. Minutos antes de entrar no palco, me abaixei para pegar uma água na geladeira do camarim e dei um mal jeito nas costas. Não conseguia me mexer, a base da coluna doía feito louco! Doeu ficar paradão no palco, numa posição que a dor fosse suportável. Quem chegou ao Kazebre é um herói. Quem esperou até a nossa entrada e ainda demonstrou tamanha energia, merece um parabéns em dobro da Plebe.
Foi um fim-de-semana sensacional.
sábado, novembro 25, 2006
Enfurnado num quarto, em contato com o mundo.
O autor de O Mundo é Plano, Thomas Friedman, ficaria orgulhoso de mim. Estou num quarto de hotel em SP, com meu laptop plugado na internet, já atualizei meu blog horas depois de um show e, agora, a menos de 24 horas do fim do show, já tenho comentários sobre o evento. A tecnologia é maravilhosa e vai revolucionar muito nosso mundo e costumes ainda.
Aproveito o imediatismo para avisar que é possível a participação do Redson no show de hoje.
Hoje, não saio do meu quarto! Dormir é bom.
Aproveito o imediatismo para avisar que é possível a participação do Redson no show de hoje.
Hoje, não saio do meu quarto! Dormir é bom.
Sabado em Pompeia.
O show de ontem, sexta-feira, no Sesc Pompéia foi o melhor da turnê até o momento. Tinha tudo para dar errado, subimos ao palco num stress fudido, sem ter passado som, famintos e exaustos fisicamente e emocionalmente. Mas, por incrível que pareça, são nessas condições adversas que a Plebe melhor atua, superando os obstáculos, vencendo o desafio.
Chegamos às 6 da manhã no aeroporto de Brasília, vôo para Guarulhos estava previsto para decolar na hora certa. Tínhamos conseguido escapar do apagão aéreo, nosso principal risco para o sucesso da viagem. Philippe, Txotxa e eu chegamos em solos paulistanos na hora certa, sem atrasos, mas quando saímos pelo portão de desembarque, não havia ninguém segurando uma placa escrito Plebe Rude. Ligamos para o Ivan, que estava vindo de carro do Rio, com o Felipão. Era para o motorista estar lá! Esperamos, esperamos, esperamos.
O Txotxa foi abordado por um senhor, que poderia ter saído de um conto sobre o Lampião, perguntando se a gente era o João Carlos que estava indo para a Rádio Excelsior. Ele respondeu que não. Horas depois o sujeito volta e pergunta se o Txotxa tinha certeza que não éramos nós. Quando ele mostra a plaquinha, dobrada em sua mão, lemos: João Carlo Paleberude. Porra, somos nós! Só que não tem nenhum João Carlos, nem queremos ir para a Excelsior! O sujeito ainda tinha o numero do vôo errado! E se tivesse com a placa exposta, invés de debaixo do sovaco, teria poupado muito trabalho.
Nisso, não havíamos tomado café, tirando o lanchinho mingúe servido na Gol. E lá vamos nós, a zero por hora, passando por um engarrafamento monstro, num calor demoníaco, para a CBN. Claro, chegamos atrasados. O Clemente já tinha gravado sua parte e nos aguardava entediado. Fazemos uma entrevista sensacional para o Sala de Musica, e vamos voando para o Play TV. A caminho, descobrimos que o Felipao tinha passado mal e estava internado no Hospital das Clínicas, com suspeita de problemas renais.
A Plebe viaja com uma equipe reduzida de duas pessoas, a fim de tornar nosso show mais barato e conseguirmos viabilizar para contratantes de lugares menores, tipo Nazaré das Farinhas. O Felipão é parte vital dessa dupla, pois cuida das guitarras e solta os samplers. Sem ele, o Júnior fica sozinho, tornando montar e desmontar o palco, e ainda monitorar o show, uma tarefa herculana. E ainda seriam três shows em dois dias! Alem de, claro, estarmos preocupados com a saúde de nosso amigo. E ainda, o Júnior e o Vlad estavam ainda no Rio com o equipamento. Seu vôo atrasado, vitima da operação padrão dos controladores aéreos. Não vai dar para passar som.
Não dava para almoçar. Cumprimos nossa jornada de entrevistas e chegamos no hotel na hora de sair para o Sesc. Um banho rápido, nada de comer, e vamos nós! Chegando lá, pensando em comer um sanduba, pelo menos, somos informados sobre outra equipe de TV que nos aguardava. Outra entrevista, da qual saímos direto para o palco.
Nisso, aparece o Felipão, bem melhor. Era nervo ciático, não rins. Mas não vai poder pegar peso. Está sendo substituído pelo roadie do Clemente, seu cunhado Tiago.
E o show foi incrível. Uma platéia vibrante, com as letras novas e velhas na ponta da língua. O Fê estava na platéia e subiu para tocar Voto em Branco, música que não estava no set list. Vamos aos dois de hoje!
Chegamos às 6 da manhã no aeroporto de Brasília, vôo para Guarulhos estava previsto para decolar na hora certa. Tínhamos conseguido escapar do apagão aéreo, nosso principal risco para o sucesso da viagem. Philippe, Txotxa e eu chegamos em solos paulistanos na hora certa, sem atrasos, mas quando saímos pelo portão de desembarque, não havia ninguém segurando uma placa escrito Plebe Rude. Ligamos para o Ivan, que estava vindo de carro do Rio, com o Felipão. Era para o motorista estar lá! Esperamos, esperamos, esperamos.
O Txotxa foi abordado por um senhor, que poderia ter saído de um conto sobre o Lampião, perguntando se a gente era o João Carlos que estava indo para a Rádio Excelsior. Ele respondeu que não. Horas depois o sujeito volta e pergunta se o Txotxa tinha certeza que não éramos nós. Quando ele mostra a plaquinha, dobrada em sua mão, lemos: João Carlo Paleberude. Porra, somos nós! Só que não tem nenhum João Carlos, nem queremos ir para a Excelsior! O sujeito ainda tinha o numero do vôo errado! E se tivesse com a placa exposta, invés de debaixo do sovaco, teria poupado muito trabalho.
Nisso, não havíamos tomado café, tirando o lanchinho mingúe servido na Gol. E lá vamos nós, a zero por hora, passando por um engarrafamento monstro, num calor demoníaco, para a CBN. Claro, chegamos atrasados. O Clemente já tinha gravado sua parte e nos aguardava entediado. Fazemos uma entrevista sensacional para o Sala de Musica, e vamos voando para o Play TV. A caminho, descobrimos que o Felipao tinha passado mal e estava internado no Hospital das Clínicas, com suspeita de problemas renais.
A Plebe viaja com uma equipe reduzida de duas pessoas, a fim de tornar nosso show mais barato e conseguirmos viabilizar para contratantes de lugares menores, tipo Nazaré das Farinhas. O Felipão é parte vital dessa dupla, pois cuida das guitarras e solta os samplers. Sem ele, o Júnior fica sozinho, tornando montar e desmontar o palco, e ainda monitorar o show, uma tarefa herculana. E ainda seriam três shows em dois dias! Alem de, claro, estarmos preocupados com a saúde de nosso amigo. E ainda, o Júnior e o Vlad estavam ainda no Rio com o equipamento. Seu vôo atrasado, vitima da operação padrão dos controladores aéreos. Não vai dar para passar som.
Não dava para almoçar. Cumprimos nossa jornada de entrevistas e chegamos no hotel na hora de sair para o Sesc. Um banho rápido, nada de comer, e vamos nós! Chegando lá, pensando em comer um sanduba, pelo menos, somos informados sobre outra equipe de TV que nos aguardava. Outra entrevista, da qual saímos direto para o palco.
Nisso, aparece o Felipão, bem melhor. Era nervo ciático, não rins. Mas não vai poder pegar peso. Está sendo substituído pelo roadie do Clemente, seu cunhado Tiago.
E o show foi incrível. Uma platéia vibrante, com as letras novas e velhas na ponta da língua. O Fê estava na platéia e subiu para tocar Voto em Branco, música que não estava no set list. Vamos aos dois de hoje!
quinta-feira, novembro 23, 2006
R ao Contrário em SP
A Plebe chegará à São Paulo, nessa sexta, dia 24, por Guarulhos, logo de manhãzinha. Isso é, se o apagão aéreo permitir. De lá, vamos direto para a Rádio CBN dar uma entrevista, onde nos encontraremos com nosso representante paulista, Clemente. Depois de um rápido almoço, às 14 horas estaremos na Play TV, depois disso, passagem de som (o tédio, o tédio!). Mas ainda não terminou! Às 17 horas, entrevista para o programa Zig Zag do canal 14.
No sábado, dois shows, um no Sesc Pompeia, às 21 horas, outro no Kazebre, na madrugada de domingo.
Pronto, já sabem do nosso intinerário. Nos encontrem onde puder.
SP é nossa segunda casa. Muitas vezes o Philippe e eu nos questionamos porque a gente se mudou para RJ nos anos 80s. Temos muitos amigos em sampa, sempre somos tratados bem e temos uma identidade cultural com a cidade. Vai ser ótimo o lançamento do CD esse fim-de.
E ainda, o nosso amigo Paulo Marchetti estará filmando os shows no Sesc para um mini-documentário que iremos disponibilizar para vocês. Promete!
No sábado, dois shows, um no Sesc Pompeia, às 21 horas, outro no Kazebre, na madrugada de domingo.
Pronto, já sabem do nosso intinerário. Nos encontrem onde puder.
SP é nossa segunda casa. Muitas vezes o Philippe e eu nos questionamos porque a gente se mudou para RJ nos anos 80s. Temos muitos amigos em sampa, sempre somos tratados bem e temos uma identidade cultural com a cidade. Vai ser ótimo o lançamento do CD esse fim-de.
E ainda, o nosso amigo Paulo Marchetti estará filmando os shows no Sesc para um mini-documentário que iremos disponibilizar para vocês. Promete!
terça-feira, novembro 21, 2006
Pocket Show na Fnac.
• Data: Quarta-Feira 29/11/2006 19:30
Lançamento do cd e Pocket show da Plebe Rude
A Fnac convida para um bate papo seguido por pocket show para marcar o lançamento do novo cd R ao Contrário da Plebe Rude. Desde a gravação de Enquanto a Trégua Não Vem, o álbum ao vivo que marcou a volta da Plebe Rude, em 2000, um disco de inéditas vinha sendo aguardado pelos fãs. Pois a espera acabou com R ao Contrário, o novo álbum, lançado pela Revista Outracoisa e que marca a estréia, em disco, da formação que vem tocando pelo Brasil desde 2004. Além de Philippe Seabra (vocal e guitarra) e André X (baixo), remanescentes da Plebe original, estão na banda Clemente (guitarra e vocal), também integrante do Inocentes, outra lenda do punk rock nacional, e o baterista Txotxa, ex-Maskavo Roots.
Acima, o chamado no site da Fnac/Brasília para o nosso pocket-show. Por incrível que pareca, esse é um dos eventos futuros da Plebe que estou mais ansioso para fazer. Gosto dessa idéia de tocar em uma loja que vende nossos discos e falar direto com os compradores sobre o produto. Como vamos fazer? Não sei, estou deixando a cargo da genialidade musical do Philippe. Certamente ele saberá como aproveitar aquele espaço pequeno e sem muitos recursos para levar umas versões bem bacanas das nossas músicas para quem estiver presente.
E o mais legal é que nosso CD está custando um pouco menos do que 20 reais na Fnac. Isso é mutio, mas muito mais barato que o preço do CD médio vendido lá. Realmente tem suas vantagens estar fora de uma major.
Lançamento do cd e Pocket show da Plebe Rude
A Fnac convida para um bate papo seguido por pocket show para marcar o lançamento do novo cd R ao Contrário da Plebe Rude. Desde a gravação de Enquanto a Trégua Não Vem, o álbum ao vivo que marcou a volta da Plebe Rude, em 2000, um disco de inéditas vinha sendo aguardado pelos fãs. Pois a espera acabou com R ao Contrário, o novo álbum, lançado pela Revista Outracoisa e que marca a estréia, em disco, da formação que vem tocando pelo Brasil desde 2004. Além de Philippe Seabra (vocal e guitarra) e André X (baixo), remanescentes da Plebe original, estão na banda Clemente (guitarra e vocal), também integrante do Inocentes, outra lenda do punk rock nacional, e o baterista Txotxa, ex-Maskavo Roots.
Acima, o chamado no site da Fnac/Brasília para o nosso pocket-show. Por incrível que pareca, esse é um dos eventos futuros da Plebe que estou mais ansioso para fazer. Gosto dessa idéia de tocar em uma loja que vende nossos discos e falar direto com os compradores sobre o produto. Como vamos fazer? Não sei, estou deixando a cargo da genialidade musical do Philippe. Certamente ele saberá como aproveitar aquele espaço pequeno e sem muitos recursos para levar umas versões bem bacanas das nossas músicas para quem estiver presente.
E o mais legal é que nosso CD está custando um pouco menos do que 20 reais na Fnac. Isso é mutio, mas muito mais barato que o preço do CD médio vendido lá. Realmente tem suas vantagens estar fora de uma major.
segunda-feira, novembro 20, 2006
Plebe Indicada para o Prêmio Bizz 2007
É bom estar de volta no circuito! Este mês, a revista Bizz provou que a volta da Plebe é definitiva com o entrevistão do Philippe e, ainda, a indicação em três categorias para o Prêmio Bizz 2007. Nos indicaram para melhor disco, melhor música (Mil Gatos) e melhor banda.
Nunca fui de pedir votos, mas, aproveitando o ano eleitoral, gostaria de solicitar para todos os plebeus, aqueles que ouvem o antigo com prazer e aguardam ansiosamente o novo, que dediquem alguns minutos do seu dia para votar na Plebe Rude. Basta ir para o site http://bizz.abril.com.br/premiobizz2007/ e ticar as opções onda a gente aparece. Vai ser muito difícil sairmos com alguma coisa, mas vamos deixar a nossa marca.
Digo difícil, porque não temos gravadora grande por trás que paga para call-centers ficarem votando. Estão surpresos? Acham que não é assim? Bem vindos ao mundo real! Mas temos algo que muita dessas bandas não tem, que são os plebeus. Aqueles que agüentaram mais de uma década por um disco novo. Aqueles que pintam as próprias camisas, que não são levados pelas ondas das rádios jabás, que pensam e têm idéias próprias. Contamos com vocês!
Nunca fui de pedir votos, mas, aproveitando o ano eleitoral, gostaria de solicitar para todos os plebeus, aqueles que ouvem o antigo com prazer e aguardam ansiosamente o novo, que dediquem alguns minutos do seu dia para votar na Plebe Rude. Basta ir para o site http://bizz.abril.com.br/premiobizz2007/ e ticar as opções onda a gente aparece. Vai ser muito difícil sairmos com alguma coisa, mas vamos deixar a nossa marca.
Digo difícil, porque não temos gravadora grande por trás que paga para call-centers ficarem votando. Estão surpresos? Acham que não é assim? Bem vindos ao mundo real! Mas temos algo que muita dessas bandas não tem, que são os plebeus. Aqueles que agüentaram mais de uma década por um disco novo. Aqueles que pintam as próprias camisas, que não são levados pelas ondas das rádios jabás, que pensam e têm idéias próprias. Contamos com vocês!
sexta-feira, novembro 17, 2006
O Carioca é Oco.
Quando o R ao Contrário chegou à redação do Globo, no Rio de Janeiro, vários jornalistas culturais se recusaram a fazer a crítica. Acabou na mão de um lá – nem me lembro o nome – que nem de rock gosta e, obviamente, deu uma notinha qualquer. Não me incomoda a crítica contrária, gosto até de ler as opiniões de outros para ver onde erramos, onde poderíamos melhorar. O que me deixou chateado foi a recusa por parte de pessoas que conheço desde os primórdios do rock-Br renunciando o passado.
Isso é típico do jornalismo carioca, infelizmente. Estão sempre querendo estar na moda, mas estão sempre correndo atrás. Quando São Paulo, Porto Alegre e Brasília já deitavam e rolavam nas raves, o Rio, por meio de alguns jornalistas do Globo, descobriram o filão. Deve ser ruim estar sempre na traseira do que acontece no mundo. Imagino quando chegou o nosso novo cd na redação, os carinhas lendo seus NMEs, DJ Mags, e outros periódicos importados, tentando se atualizar, dizendo que não têm tempo de ouvir o rock 80s da Plebe. Coitados. Essa importância que dão ao vanguardismo sem nunca conseguir ser, leva-os a escrever textos ruins, sempre transmitindo aquela sensação de notícia regurgitada.
Impossível um jornalista carioca meter pau, digamos, num Beck. Porra, o cara é idolatrado lá fora, vamos pular nessa onda – aliais, sendo o Rio, devem usar uma expressão tipo essa, onda, surfe, bermuda, sol, etc. Assim, tecem elogios aos Mobys, Underworlds e trance de terceira. Para que ficar ouvindo as produções nacionais, rocks do século passado? Vamos limar tudo isso e nos posicionar na crista da onda mundial. Pena que já vi todos esses pogando no Circo Voador e sei que teriam capacidade de inserir o disco nos dias de hoje, mesmo sendo uma crítica negativa. Mas nem tentar eles tentam. Deve ser por isso que o caderno cultural do Globo tem mais fotos do que texto.
Chegam em casa, se olham no espelho e perguntam: espelho, espelho meu, existe algum jornalista mais atualizado do que eu? Se pudesse, o reflexo responderia que a novidade não elimina o passado. Que cultura jovem é acumulativa, se apóia no passado, olha para o futuro. Nem esperam a resposta, correm para o seu aparelho de som e colocam para tocar o novo CD que ganharam de graça de uma gravadora grande, enquanto procuram na internet como que foi recebido lá fora, para ver se deveriam gostar ou não.
Deixe pra lá! Só tenho a desejar boa sorte para eles, nunca serão um Hunter Thompson, mas se estão contentes sendo um xérox de carne e osso, que sejam felizes.
Isso é típico do jornalismo carioca, infelizmente. Estão sempre querendo estar na moda, mas estão sempre correndo atrás. Quando São Paulo, Porto Alegre e Brasília já deitavam e rolavam nas raves, o Rio, por meio de alguns jornalistas do Globo, descobriram o filão. Deve ser ruim estar sempre na traseira do que acontece no mundo. Imagino quando chegou o nosso novo cd na redação, os carinhas lendo seus NMEs, DJ Mags, e outros periódicos importados, tentando se atualizar, dizendo que não têm tempo de ouvir o rock 80s da Plebe. Coitados. Essa importância que dão ao vanguardismo sem nunca conseguir ser, leva-os a escrever textos ruins, sempre transmitindo aquela sensação de notícia regurgitada.
Impossível um jornalista carioca meter pau, digamos, num Beck. Porra, o cara é idolatrado lá fora, vamos pular nessa onda – aliais, sendo o Rio, devem usar uma expressão tipo essa, onda, surfe, bermuda, sol, etc. Assim, tecem elogios aos Mobys, Underworlds e trance de terceira. Para que ficar ouvindo as produções nacionais, rocks do século passado? Vamos limar tudo isso e nos posicionar na crista da onda mundial. Pena que já vi todos esses pogando no Circo Voador e sei que teriam capacidade de inserir o disco nos dias de hoje, mesmo sendo uma crítica negativa. Mas nem tentar eles tentam. Deve ser por isso que o caderno cultural do Globo tem mais fotos do que texto.
Chegam em casa, se olham no espelho e perguntam: espelho, espelho meu, existe algum jornalista mais atualizado do que eu? Se pudesse, o reflexo responderia que a novidade não elimina o passado. Que cultura jovem é acumulativa, se apóia no passado, olha para o futuro. Nem esperam a resposta, correm para o seu aparelho de som e colocam para tocar o novo CD que ganharam de graça de uma gravadora grande, enquanto procuram na internet como que foi recebido lá fora, para ver se deveriam gostar ou não.
Deixe pra lá! Só tenho a desejar boa sorte para eles, nunca serão um Hunter Thompson, mas se estão contentes sendo um xérox de carne e osso, que sejam felizes.
quinta-feira, novembro 16, 2006
Contos Infantis
Tenho lido várias histórias infantis para a Ana ultimamente e alguma coisa nelas tem me incomodado. Nem todas têm uma lição de moral que, na primeira leitura, parecem ter.
Um exemplo disso é a lenda da corrida entre a lebre e a tartaruga. Rapidamente, o que se passa é que os dois bichos apostam uma corrida que, a primeira vista, é vitória certa da lebre. Acontece que a tartaruga tem um monte de irmãos parecidos que ficam posicionados estrategicamente no percurso e aparecem sempre à frente do coelho, que, ultimamente perde. Só que a tartaruga roubou!! Ela usou clones para estar na frente, enganando a lebre. Que lição horrível para nossos filhos! Praticamente estamos falando que é ok fazer de tudo para vencer. A lebre, coitada, se esforçou, honestamente, para ganhar. Além disso, vivia treinando e estando em forma. A tartaruga, por outro lado, era preguiçosa e sedentária, não merecia ganhar. Se fosse a vida real, estaria expulsa do time de atletismo por fraudar os resultados.
Outra história que me incomoda é a dos cabritos e o lobo. Resumindo, tem um lobo que mora num terreno, com grama cuidada e aparada, onde também tem uma fonte de água limpa. Os cabritos comem a grama e quando vão beber a água, o lobo aparece e quer comê-los. O cabrito pequeno implora para não ser devorado, justificando que é muito pequeno e que o irmão é maior. O lobo cai nessa e vai deixando todos passarem, até que o cabrito grande e forte mata o lobo. Primeiro, isso ensina que é legal entregar os irmãos. Ensina o denuncionismo. Outra coisa que acho sacanagem é que eles invadem o terreno do lobo, matam ele e se apoderam da terra. Uma ação das mais vis, típica de movimentos tipo MST.
E a história dos três porquinhos? Essa todos conhecem. Mas eu conto da forma como ela realmente aconteceu. Foi assim: os porcos não tinham onde morar, eram uns vagabundos e não trabalhavam. Então o primeiro, o mais pode-crer, maconheiro naturalista, invade a mata e constrói uma casa de palha, que ele puxou de umas árvores em extinção. O lobo, querendo o bem do meio-ambiente, não podia deixar aquilo permanecer e foi lá tirar satisfação, em nome dos outros animais que vivam naquela área de preservação. Foi mal recebido e teve que botar a construção abaixo. Então o porco saiu correndo e ser refugiou na casa do irmão, que tinha construído de madeira oriunda de um desmatamento ilegal. O lobo foi lá e fez justiça, mesmo sabendo que o madeireiros são protegidos do PT. Os dois irmãos tiveram que se acomodar na casa do mais velho, que era engenheiro e tinha construído uma mega-casa num condomínio irregular, em terras públicas. O lobo não teve opção, pegou um trator, botou a casa abaixo, obrigou o porco a pagar o IPTU atrasado e fez uma bela porção de bacon com os três porquinhos. É assim que conto para a Ana, acho mais educativo.
Acho que vou começar a ler outro tipo de coisa para ela, um conto mais lúdico e impossível, tipo o programa de governo do Lula.
Um exemplo disso é a lenda da corrida entre a lebre e a tartaruga. Rapidamente, o que se passa é que os dois bichos apostam uma corrida que, a primeira vista, é vitória certa da lebre. Acontece que a tartaruga tem um monte de irmãos parecidos que ficam posicionados estrategicamente no percurso e aparecem sempre à frente do coelho, que, ultimamente perde. Só que a tartaruga roubou!! Ela usou clones para estar na frente, enganando a lebre. Que lição horrível para nossos filhos! Praticamente estamos falando que é ok fazer de tudo para vencer. A lebre, coitada, se esforçou, honestamente, para ganhar. Além disso, vivia treinando e estando em forma. A tartaruga, por outro lado, era preguiçosa e sedentária, não merecia ganhar. Se fosse a vida real, estaria expulsa do time de atletismo por fraudar os resultados.
Outra história que me incomoda é a dos cabritos e o lobo. Resumindo, tem um lobo que mora num terreno, com grama cuidada e aparada, onde também tem uma fonte de água limpa. Os cabritos comem a grama e quando vão beber a água, o lobo aparece e quer comê-los. O cabrito pequeno implora para não ser devorado, justificando que é muito pequeno e que o irmão é maior. O lobo cai nessa e vai deixando todos passarem, até que o cabrito grande e forte mata o lobo. Primeiro, isso ensina que é legal entregar os irmãos. Ensina o denuncionismo. Outra coisa que acho sacanagem é que eles invadem o terreno do lobo, matam ele e se apoderam da terra. Uma ação das mais vis, típica de movimentos tipo MST.
E a história dos três porquinhos? Essa todos conhecem. Mas eu conto da forma como ela realmente aconteceu. Foi assim: os porcos não tinham onde morar, eram uns vagabundos e não trabalhavam. Então o primeiro, o mais pode-crer, maconheiro naturalista, invade a mata e constrói uma casa de palha, que ele puxou de umas árvores em extinção. O lobo, querendo o bem do meio-ambiente, não podia deixar aquilo permanecer e foi lá tirar satisfação, em nome dos outros animais que vivam naquela área de preservação. Foi mal recebido e teve que botar a construção abaixo. Então o porco saiu correndo e ser refugiou na casa do irmão, que tinha construído de madeira oriunda de um desmatamento ilegal. O lobo foi lá e fez justiça, mesmo sabendo que o madeireiros são protegidos do PT. Os dois irmãos tiveram que se acomodar na casa do mais velho, que era engenheiro e tinha construído uma mega-casa num condomínio irregular, em terras públicas. O lobo não teve opção, pegou um trator, botou a casa abaixo, obrigou o porco a pagar o IPTU atrasado e fez uma bela porção de bacon com os três porquinhos. É assim que conto para a Ana, acho mais educativo.
Acho que vou começar a ler outro tipo de coisa para ela, um conto mais lúdico e impossível, tipo o programa de governo do Lula.
segunda-feira, novembro 13, 2006
Nova Semana Começa
Enquanto espero baixar o Freaks no emule, olho para o tempo londrino e penso na entrevista do Philippe na Bizz. O Freaks é para a Alice, que fez 14 anos semana passada. Ela viu uma cena do clássico de 1932 sobre uma comunidade de aberrações de um circo, no qual um pinhead falava: "we accept you, we accept you, as one of us" e se lembrou da música dos Ramones. Claro, esse filme era um favorito dos brodders. Então estamos baixando. Eu recomendo, assustador até para os padrões de hoje - sem mencionar que ele não usou efeitos especiais, as aberrações eram reais mesmo!
Voltando à entrevista, fico surpreso com a maturidade que o Philippe está demonstrando na divulgação do R ao Contrário. Acho que com a acalmada na banda, agora toda as energias sendo positivas, ele pode sair do casúlo e mostrar o verdadeiro Seabra, um cara muito inteligente, engraçado e, apesar de crítico, vê todos os lados. A lista de músicas para viagens na UOL mostra isso. Ele escolheu bem, falou bonito e deu o recado. A sua participação no Claro Que É Rock, programa do Frejah é outro exemplo. Escolheu bem a música e se saiu melhor ainda. Está no You Tube (o que não está?) para quem quer conferir.
Espero que esse tempo fique assim, adoro dias cinzas, ventosos e frios. Freaks!!!!
Voltando à entrevista, fico surpreso com a maturidade que o Philippe está demonstrando na divulgação do R ao Contrário. Acho que com a acalmada na banda, agora toda as energias sendo positivas, ele pode sair do casúlo e mostrar o verdadeiro Seabra, um cara muito inteligente, engraçado e, apesar de crítico, vê todos os lados. A lista de músicas para viagens na UOL mostra isso. Ele escolheu bem, falou bonito e deu o recado. A sua participação no Claro Que É Rock, programa do Frejah é outro exemplo. Escolheu bem a música e se saiu melhor ainda. Está no You Tube (o que não está?) para quem quer conferir.
Espero que esse tempo fique assim, adoro dias cinzas, ventosos e frios. Freaks!!!!
sexta-feira, novembro 10, 2006
Limaram as Lonas!
Inacreditável. No apagar das luzes, nos últimos segundos do jogo, caem as três datas nas Tendas Culturais no subúrbio carioca. Por diversas razões de logística, de sociologia urbana e de ordem econômica-financeira, foram sendo cancelados um a um. Uma pena, como disse, gostamos de ir onde nosso público está. Vamos ver se a gente consegue, junto à Prefeitura Carioca agendar outras datas. O pior de tudo é ficar parado num fim-de-semana que prometia.
Já leram a entrevista com o Philippe na nova Bizz? Muito legal, fiquei bastante emocionado. De repente caiu a ficha: nós dois já passamos por muita coisa. Levar uma banda que sempre esteve no liminar entre o sucesso e o desconhecido; entre o mainstream e o underground; entre o punk e o pop exige muita dedicação e fé. É gozado só perceber isso agora. E digo mais, Philippe, a gente nem chegou ao meio da estrada. Mas não se anime tanto, ela continua dificil de trilhar. Pelo menos para a gente!
Já leram a entrevista com o Philippe na nova Bizz? Muito legal, fiquei bastante emocionado. De repente caiu a ficha: nós dois já passamos por muita coisa. Levar uma banda que sempre esteve no liminar entre o sucesso e o desconhecido; entre o mainstream e o underground; entre o punk e o pop exige muita dedicação e fé. É gozado só perceber isso agora. E digo mais, Philippe, a gente nem chegou ao meio da estrada. Mas não se anime tanto, ela continua dificil de trilhar. Pelo menos para a gente!
terça-feira, novembro 07, 2006
O Pão Nosso de Cada Dia (tabelado).
Não consigo imaginar maior desperdício de dinheiro público do que pagar salários para os servidores que tabelam o preço do pão. Aliais, não consigo pensar em intervenção mais desnecessária do que a do governo na definição do quanto que o padeiro pode cobrar num pãozinho. Podem me chamar de neoliberal, de globalista e servo do capitalismo internacional, mas quero o governo fora da minha padaria!
Antigamente era assim: o padeiro cobrava o quanto podia no seu pãozinho. Claro que as leis do mercado funcionavam e, numa competição direta com as outras padarias de sua área, o preço era mantido baixo. Se ele quisesse aumentar, perderia fregueses. A não ser que conseguisse mostrar para o consumidor que seu produto fosse melhor, que valeria a pena pagar uns centavos a mais. Daí, ele capricharia, usando produtos de primeira, condições de higiene perfeitas ou, até, usar matéria prima diferenciada, como farinha integral ou um tempero importado qualquer.
Daí veio algum iluminado do Ministério da Fazenda decretando que ele só poderia cobrar uns x centavos. Numa canetada, tirou toda a competitividade entre as padarias. Tirou também todo incentivo do padeiro fazer do seu pão, o orgulho do bairro, o carro-chefe da padaria. Anos se passaram e, de repente, o governo decide que as padarias agora podem cobrar por quilo. O pãozinho não é mais individualizado, mas sim pesado à frente do consumidor e cobrado proporcionalmente, valendo quanto pesa.
De manhã acordo e vou à padaria da 111. Costumava levar o troco certo, pois o pão custava 30 centavos cada. Agora, seis pães sempre dão uma conta maluca, como R$ 1,83. Claro que o caixa nunca tem troco e acabo levando chicletes ou outra coisa desnecessária para minha vida. Além disso, de uma hora para outra, o pão começou a ficar mais pesado, por que será?
Vá de retro, governo! Sai da minha vida!
Antigamente era assim: o padeiro cobrava o quanto podia no seu pãozinho. Claro que as leis do mercado funcionavam e, numa competição direta com as outras padarias de sua área, o preço era mantido baixo. Se ele quisesse aumentar, perderia fregueses. A não ser que conseguisse mostrar para o consumidor que seu produto fosse melhor, que valeria a pena pagar uns centavos a mais. Daí, ele capricharia, usando produtos de primeira, condições de higiene perfeitas ou, até, usar matéria prima diferenciada, como farinha integral ou um tempero importado qualquer.
Daí veio algum iluminado do Ministério da Fazenda decretando que ele só poderia cobrar uns x centavos. Numa canetada, tirou toda a competitividade entre as padarias. Tirou também todo incentivo do padeiro fazer do seu pão, o orgulho do bairro, o carro-chefe da padaria. Anos se passaram e, de repente, o governo decide que as padarias agora podem cobrar por quilo. O pãozinho não é mais individualizado, mas sim pesado à frente do consumidor e cobrado proporcionalmente, valendo quanto pesa.
De manhã acordo e vou à padaria da 111. Costumava levar o troco certo, pois o pão custava 30 centavos cada. Agora, seis pães sempre dão uma conta maluca, como R$ 1,83. Claro que o caixa nunca tem troco e acabo levando chicletes ou outra coisa desnecessária para minha vida. Além disso, de uma hora para outra, o pão começou a ficar mais pesado, por que será?
Vá de retro, governo! Sai da minha vida!
segunda-feira, novembro 06, 2006
Mais Jô!
sexta-feira, novembro 03, 2006
Black n White - Top 10
Hoje acordei com sintoma de “Alta Fidelidade”, mais especificamente a vontade de escrever listas. Então bolei uma listinha contendo os melhores discos já lançados que tenham capas pretas e brancas. Sem nenhuma cor! Aliais, são as melhores capas, ainda mais quando eram em vinil (que saudades do vinil!). Vejam, abaixo, o que consegui juntar. Será que deixei algum essencial de fora? Quais vocês substituiriam?
1º - Dirk Wears White Sox – do Adam & the Ants.
Esse grupo estourou com Kings of the Wild Frontier, que se tornou um marco do movimento New Romantics. No entanto, o melhor disco deles, da época que eram independente, foi esse, que nada tem a ver com o que veio a ser os Ants. Na verdade, a banda de apoio do Adam Ant eram os excelentes músicos que depois formariam o Bow Wow Wow. Esse disco foi um marco na minha vida, pois mostrou que o velho formato punk de três acordes havia se saturado e que outras coisas mais interessantes estavam surgindo no underground.
2º - Second Edition – Public Image Ltd.
O que posso falar? A edição com capa de papel do Metal Box. O disco que quebrou os tabus criado pelo punk, misturou dub, com rock, com disco, com experimentalismo. O filho dos olhos do John Lydon. Meu disco favorito de todos os tempos. Aqui o John se livra do pseudônimo Rotten e mostra pra que veio ao mundo. Tudo bem que nunca conseguiu superar esse esforço, um marco.
3º - In the Flat Field – Bauhaus
Ouvia esse LP todo domingo de manhã no volume máximo. Não curava a ressaca, pelo contrário, amplificava-a ao ponto da agonia máxima. Coisa de dark, he he he. De novo, um divisor de águas. Daniel Ash foi meu guitar hero durante mais de uma década. Sombrio e lindo.
4º - 2x45 – Cabaret Voltaire
Será que tem alguma relação entre a capa ser em preto e branco e o disco ser um ponto de virada no mundo do rock? Essa capa era linda, um envelope preto, que, ao abrir, virava um pôster esquisito, meio prata e branco. Dentro, dois discos que tocavam em 45 rpm, eis o nome. Aqui, o CabVolt dá uma guinada no som, o tornando um pouco mais acessível ao grande público, mas sem perder o vanguardismo. Chamou a atenção de pessoas como África Baambaatta, entre outros.
5º - Fresh Fruits From Rotting Vegetebles – Dead Kennedys
O disco de estréia dos DKs, um clássico. Gosto deles assim, mais para o punk do que para o hardcore. Letras geniais e um encarte maravilhoso, que rendeu várias camisetas para o pessoal da tchurma.
6º - Unknown Pleasures – Joy Division
Cai o Heroes, do Bowie, entra o primeiro do Joy Division. Incrível, outro disco com capa preta e branca que foi um divisor de barreiras! O que dizer? Já viram o filme 24 Party People? Vejam!
7º - The Idiot – Iggy Pop
Sim, há vida após os Stooges! Produzido pelo Bowie, ainda na fase européia. Também gravado em Berlim dividida. É refrescante ver o Iggy longe das drogas e do esporro dos Stooges. Sua voz brilha e o som, na época, era de vanguarda total. Até hoje, meu Iggy Pop favorito.
8º - We Are All Prostitutes – Pop Group
Não deixem o nome espantar vocês. Esse é o grupo mais politicamente radical que vocês podem ouvir no rock. Tudo bem que o som era uma tentativa de misturar em uma só música o funk do James Brown, o reggae do Marley, o punk dos Pistols, a teoria do Mao, a força do Clash – alguma vezes com sucesso, outras sem. Um disco forte para pessoas fortes.
9º - Killing Joke.
Sai para lá, Led! Como poderia me esquecer da banda que mais influenciou a Plebe Rude? Jaz Coleman e Cia, o Killing Joke, em atividade até hoje! Essencial para entender a Plebe.
10º - O Concreto Já Rachou – Plebe Rude
Dizer o quê, sou parcial. Mas que o disco é bom pra caralho, é!
1º - Dirk Wears White Sox – do Adam & the Ants.
Esse grupo estourou com Kings of the Wild Frontier, que se tornou um marco do movimento New Romantics. No entanto, o melhor disco deles, da época que eram independente, foi esse, que nada tem a ver com o que veio a ser os Ants. Na verdade, a banda de apoio do Adam Ant eram os excelentes músicos que depois formariam o Bow Wow Wow. Esse disco foi um marco na minha vida, pois mostrou que o velho formato punk de três acordes havia se saturado e que outras coisas mais interessantes estavam surgindo no underground.
2º - Second Edition – Public Image Ltd.
O que posso falar? A edição com capa de papel do Metal Box. O disco que quebrou os tabus criado pelo punk, misturou dub, com rock, com disco, com experimentalismo. O filho dos olhos do John Lydon. Meu disco favorito de todos os tempos. Aqui o John se livra do pseudônimo Rotten e mostra pra que veio ao mundo. Tudo bem que nunca conseguiu superar esse esforço, um marco.
3º - In the Flat Field – Bauhaus
Ouvia esse LP todo domingo de manhã no volume máximo. Não curava a ressaca, pelo contrário, amplificava-a ao ponto da agonia máxima. Coisa de dark, he he he. De novo, um divisor de águas. Daniel Ash foi meu guitar hero durante mais de uma década. Sombrio e lindo.
4º - 2x45 – Cabaret Voltaire
Será que tem alguma relação entre a capa ser em preto e branco e o disco ser um ponto de virada no mundo do rock? Essa capa era linda, um envelope preto, que, ao abrir, virava um pôster esquisito, meio prata e branco. Dentro, dois discos que tocavam em 45 rpm, eis o nome. Aqui, o CabVolt dá uma guinada no som, o tornando um pouco mais acessível ao grande público, mas sem perder o vanguardismo. Chamou a atenção de pessoas como África Baambaatta, entre outros.
5º - Fresh Fruits From Rotting Vegetebles – Dead Kennedys
O disco de estréia dos DKs, um clássico. Gosto deles assim, mais para o punk do que para o hardcore. Letras geniais e um encarte maravilhoso, que rendeu várias camisetas para o pessoal da tchurma.
6º - Unknown Pleasures – Joy Division
Cai o Heroes, do Bowie, entra o primeiro do Joy Division. Incrível, outro disco com capa preta e branca que foi um divisor de barreiras! O que dizer? Já viram o filme 24 Party People? Vejam!
7º - The Idiot – Iggy Pop
Sim, há vida após os Stooges! Produzido pelo Bowie, ainda na fase européia. Também gravado em Berlim dividida. É refrescante ver o Iggy longe das drogas e do esporro dos Stooges. Sua voz brilha e o som, na época, era de vanguarda total. Até hoje, meu Iggy Pop favorito.
8º - We Are All Prostitutes – Pop Group
Não deixem o nome espantar vocês. Esse é o grupo mais politicamente radical que vocês podem ouvir no rock. Tudo bem que o som era uma tentativa de misturar em uma só música o funk do James Brown, o reggae do Marley, o punk dos Pistols, a teoria do Mao, a força do Clash – alguma vezes com sucesso, outras sem. Um disco forte para pessoas fortes.
9º - Killing Joke.
Sai para lá, Led! Como poderia me esquecer da banda que mais influenciou a Plebe Rude? Jaz Coleman e Cia, o Killing Joke, em atividade até hoje! Essencial para entender a Plebe.
10º - O Concreto Já Rachou – Plebe Rude
Dizer o quê, sou parcial. Mas que o disco é bom pra caralho, é!
quinta-feira, novembro 02, 2006
quarta-feira, novembro 01, 2006
Gravação no Programa do Jô
Ontem gravamos uma participação da Plebe Rude no Programa do Jô. Não adianta, a Globo é foda, muito profissional. Comparei com nossa última aparição no programa, quando ainda era transmitida pela SBT. O esquema global é outra coisa, horários cumpridos, normas de segurança para o público, organização, dedicação do pessoal, tudo para funcionar de forma otimizada.
Quando for ao ar – eles estão gravando um monte de programas, sem previsão de transmissão – a gente vai aparecer tocando 3 músicas! O programa vai abrir com Até Quando Esperar, durante a entrevista vai ter uma versão acústica de Proteção e, no final, O Que Se Faz. A entrevista foi bem bacana, abordando o novo disco, a ditadura, o acontecimento em Patos de Minas e a nova formação.
No público, um único plebeu, o Guilherme, que está em todas.
Quando for ao ar – eles estão gravando um monte de programas, sem previsão de transmissão – a gente vai aparecer tocando 3 músicas! O programa vai abrir com Até Quando Esperar, durante a entrevista vai ter uma versão acústica de Proteção e, no final, O Que Se Faz. A entrevista foi bem bacana, abordando o novo disco, a ditadura, o acontecimento em Patos de Minas e a nova formação.
No público, um único plebeu, o Guilherme, que está em todas.
segunda-feira, outubro 30, 2006
Like a Rolling Stone
A revista Rolling Stones – que lá fora representa o pior do rock corporativo – teve sua versão tupiniquim lançada este mês. Acredito que será melhor que sua versão ianque, assim como a MTV- Br é dezenas de vezes melhor de assistir do que a da matriz. Logo no primeiro número, trazem uma reportagem sobre a Plebe e os Inocentes. Eu ainda não li, por isso, não vou dar uma opinião.
No entanto, quem escreveu a matéria não está nem um pouco satisfeito com o que foi publicado. Veja só o e-mail que o Paulo Marchetti, o autor da matéria:
“Mais uma vez fui sacaneado. Dessa vez pela Rolling Stone. Me pediram matérias com Plebe e Inocentes. Fiz. Ontem abri a revista e vi que elas se transformaram numa pauta ridícula chamada Bodas de Prata, a qual não escrevi uma vírgula, apesar de ter minha assinatura.
Que vergonha... vou publicar a matéria que fiz com André em meu blog e na comunidade da Plebe no Orkut. Assim que posta-las eu informo vcs. Que vergonha...
abs
Paulo”
Isso é muito comum, em qualquer segmento da mídia. O veículo adota uma linha editorial, não informa ao repórter, que vai a campo e faz a matéria. Quando a entrega, não é exatamente o que os editores queriam e o texto é alterado para se ter o tal do “alinhamento editorial”. Quando o autor é avisando com antecedência, se evitam surpresas como a expressa, acima, pelo Paulo.
No entanto, quem escreveu a matéria não está nem um pouco satisfeito com o que foi publicado. Veja só o e-mail que o Paulo Marchetti, o autor da matéria:
“Mais uma vez fui sacaneado. Dessa vez pela Rolling Stone. Me pediram matérias com Plebe e Inocentes. Fiz. Ontem abri a revista e vi que elas se transformaram numa pauta ridícula chamada Bodas de Prata, a qual não escrevi uma vírgula, apesar de ter minha assinatura.
Que vergonha... vou publicar a matéria que fiz com André em meu blog e na comunidade da Plebe no Orkut. Assim que posta-las eu informo vcs. Que vergonha...
abs
Paulo”
Isso é muito comum, em qualquer segmento da mídia. O veículo adota uma linha editorial, não informa ao repórter, que vai a campo e faz a matéria. Quando a entrega, não é exatamente o que os editores queriam e o texto é alterado para se ter o tal do “alinhamento editorial”. Quando o autor é avisando com antecedência, se evitam surpresas como a expressa, acima, pelo Paulo.
Ressaca Pós 2º Turno
Outrora, os melhores pensavam pelos idiotas; hoje, os idiotas pensam pelos melhores. Criou-se uma situação realmente trágica: — ou o sujeito se submete ao idiota ou o idiota o extermina.
- Nelson Rodrigues.
- Nelson Rodrigues.
sexta-feira, outubro 27, 2006
Grungeless in Seattle
E na viagem de volta, aquela frase veio martelando na minha cabeça: “um blog tem que ter uma atualização diária!” Sim, faz sentido, já li em todos os artigos de como manter um blog. Mas estava em Seattle, a trabalho pelo Banco Central. Uma semana participando do Congresso Global de Gerenciamento de Projetos – PMI. Melhor – ou pior, depende do ponto de vista – estava sem computador, sem acesso à computador, isolado do mundo virtual!
Mas agora estou de volta e vou atualizar essa porra até o inferno congelar!
Impossível mencionar Seattle sem pensar em Grunges. Já no avião deslumbrava andar pelas calçadas apinhadas de jovens de cabelos mal tratados, camisas de flanelas, bermudas e botas. Réplicas do Kurt Cobain por tudo quanto é lugar. Pura ilusão, não vi nenhum! Sempre achei que o Grunge foi uma forçação de barra por parte da imprensa. Tudo bem, Nirvana teve seu valor, mas Alice in Chains, Soundgarden e outros eram meras bandas de heavy metal que tocavam mal e compunham pior ainda.
Voltando ao assunto, depois de procurar muito, achei uma praça cheia de jovens vestidos com roupas que poderiam ser descritas como punks. Eram meio sujos, embrulhados nuns cobertores velhos. Jovens demais para ser grunges, sujos demais para serem espertos. Dei uma moeda para um, desistindo de achar os verdadeiros grunges de Seattle.
Tem um lugar, Crocodile Café, que dizem ser onde o grunge começou. Fui lá. Só pode entrar com mais de 21 anos, o local é uma espécie de atração cult/turística. Como tudo nos EUA, conseguiram transformar o que antes era um ponto de encontro bacana, numa máquina de gerar dinheiro.
Teve também o Jello Biafra, ex-Dead Kennedys, no El Corazon. Mas era muito cedo (19 horas!) e ele não ia cantar, só dar um daqueles discursos que enchem o saco pela falta de humor e acidez gratuito.
O que me chamou a atenção é que as lojas de discos estão deixando de existir. Fui ao Tower Records, grande loja departamental de música, e eles estavam fechando as portas. Hoje, as pessoas compram música on-line, esqueçam o CD! Minha filha encomendou o último EP dos Arctic Monkeys, não achei lugar nenhum. Na Tower, o vendedor aconselhou: compre on-line!
É bom estar em casa novamente. E o Ivan garante que novembro será um mês cheio. Que venha!
Mas agora estou de volta e vou atualizar essa porra até o inferno congelar!
Impossível mencionar Seattle sem pensar em Grunges. Já no avião deslumbrava andar pelas calçadas apinhadas de jovens de cabelos mal tratados, camisas de flanelas, bermudas e botas. Réplicas do Kurt Cobain por tudo quanto é lugar. Pura ilusão, não vi nenhum! Sempre achei que o Grunge foi uma forçação de barra por parte da imprensa. Tudo bem, Nirvana teve seu valor, mas Alice in Chains, Soundgarden e outros eram meras bandas de heavy metal que tocavam mal e compunham pior ainda.
Voltando ao assunto, depois de procurar muito, achei uma praça cheia de jovens vestidos com roupas que poderiam ser descritas como punks. Eram meio sujos, embrulhados nuns cobertores velhos. Jovens demais para ser grunges, sujos demais para serem espertos. Dei uma moeda para um, desistindo de achar os verdadeiros grunges de Seattle.
Tem um lugar, Crocodile Café, que dizem ser onde o grunge começou. Fui lá. Só pode entrar com mais de 21 anos, o local é uma espécie de atração cult/turística. Como tudo nos EUA, conseguiram transformar o que antes era um ponto de encontro bacana, numa máquina de gerar dinheiro.
Teve também o Jello Biafra, ex-Dead Kennedys, no El Corazon. Mas era muito cedo (19 horas!) e ele não ia cantar, só dar um daqueles discursos que enchem o saco pela falta de humor e acidez gratuito.
O que me chamou a atenção é que as lojas de discos estão deixando de existir. Fui ao Tower Records, grande loja departamental de música, e eles estavam fechando as portas. Hoje, as pessoas compram música on-line, esqueçam o CD! Minha filha encomendou o último EP dos Arctic Monkeys, não achei lugar nenhum. Na Tower, o vendedor aconselhou: compre on-line!
É bom estar em casa novamente. E o Ivan garante que novembro será um mês cheio. Que venha!
quarta-feira, outubro 18, 2006
Palavras como armas.
A CBN está transmitindo, sempre às 9 horas, uma série de entrevistas com personagens chaves nessa disputa para o Palácio do Planalto. Ontem foi o ex-presidente FHC e, tenho que admitir, foi muito bacana ouvir um estadista, no sentido real da palavra, discorrer suas opiniões sobre a cena política atual. Fico feliz que tenha prevalecido o lado acadêmico de sua personalidade após a aposentadoria política.
Já, hoje, a entrevista com o Ministro Tarso Genro foi calamitosa. Passou alguns minutos metendo pau no ex-ministro Palocci, esquecendo que ele é do PT! Admitiu, cambaleando nas palavras, o uso de estatais para fins políticos, dizendo que a sociedade estava satisfeita com os resultados. Que resultados, ministro? A compra superfaturada de ingressos para um showmício de uma dupla sertaneja pelo Banco do Brasil? Do financiamento pela Petrobrás de “projetos” inventados por amigos do executivo?
Mas não é sobre política esse post, mas sim da capacidade de saber falar e transmitir opiniões. Isso é muito importante em todos os momentos, seja uma banda de rock tentando exprimir uma mensagem, seja numa entrevista de emprego, seja numa rodinha discutindo política ou futebol. Tive a oportunidade de ver um filiminho, real, que mostrava um casal na barca Rio-Niterói voltando de uma festa. Eles estavam muito empolgados e queriam expressar em palavras o quão legal foi o evento, só que faltavam palavras, não tinham o vocabulário. Depois de minutos, usando expressões como “legal” e “bacana”, desistiram e passaram o resto do trajeto em silêncio, pois as palavras que dominavam não atendiam ao que queriam dizer.
É muito fácil ser medíocre. Não requer esforço nenhum ser burro. Fazer parte do cardume é nadar a favor da maré, mesmo que isso signifique cair na boca da barracuda. Não morra pela boca!
Já, hoje, a entrevista com o Ministro Tarso Genro foi calamitosa. Passou alguns minutos metendo pau no ex-ministro Palocci, esquecendo que ele é do PT! Admitiu, cambaleando nas palavras, o uso de estatais para fins políticos, dizendo que a sociedade estava satisfeita com os resultados. Que resultados, ministro? A compra superfaturada de ingressos para um showmício de uma dupla sertaneja pelo Banco do Brasil? Do financiamento pela Petrobrás de “projetos” inventados por amigos do executivo?
Mas não é sobre política esse post, mas sim da capacidade de saber falar e transmitir opiniões. Isso é muito importante em todos os momentos, seja uma banda de rock tentando exprimir uma mensagem, seja numa entrevista de emprego, seja numa rodinha discutindo política ou futebol. Tive a oportunidade de ver um filiminho, real, que mostrava um casal na barca Rio-Niterói voltando de uma festa. Eles estavam muito empolgados e queriam expressar em palavras o quão legal foi o evento, só que faltavam palavras, não tinham o vocabulário. Depois de minutos, usando expressões como “legal” e “bacana”, desistiram e passaram o resto do trajeto em silêncio, pois as palavras que dominavam não atendiam ao que queriam dizer.
É muito fácil ser medíocre. Não requer esforço nenhum ser burro. Fazer parte do cardume é nadar a favor da maré, mesmo que isso signifique cair na boca da barracuda. Não morra pela boca!
segunda-feira, outubro 16, 2006
Volta blongando!
Voltei! Cara, que feriado! Dia das crianças e foi praticamente só o que vi. Crianças de todas as idades, aqui incluíndo velhos amigos de fora e da capital que não via faz tempo. E com todo esse agito, fiquei longe do computador. Resultado, um blog desatualizado! Fois mals. Mas, se o feriado de vocês também foi agitado, e tomara que foi, estamos retornando juntos.
Outubro está sendo dedicado aos vários eventos de divulgação. Não importa onde estejam, devem ter lida alguma coisa sobre o CD nos jornais locais. O Philippe não aguenta mais responder as mesmas perguntas! Mas o faz com convicção. O novo clipe está em processo de finalização e, se olharem no site, podem confirmar que os shows retornaram. Dia 11 de novembro, sabadão, estaremos na Lona Cultural de Vista Alegre - aquele show que foi cancelado, lembram? Dia 31, gravação do Jô Soares. Ainda não tem data de ir ao ar, mas manteremos todos informados. Dia 25, lançamento do CD em Sampa! Outros virão, outros virão. Estamos somente começando a decolar, e não iremos desligar o transponder!
Ah sim, também no site, todas as entrevistas e críticas que estão sendo publicadas. Destaque para a peça do Nego Lee sobre o show de Curitiba.
Para o infinito e além!
Outubro está sendo dedicado aos vários eventos de divulgação. Não importa onde estejam, devem ter lida alguma coisa sobre o CD nos jornais locais. O Philippe não aguenta mais responder as mesmas perguntas! Mas o faz com convicção. O novo clipe está em processo de finalização e, se olharem no site, podem confirmar que os shows retornaram. Dia 11 de novembro, sabadão, estaremos na Lona Cultural de Vista Alegre - aquele show que foi cancelado, lembram? Dia 31, gravação do Jô Soares. Ainda não tem data de ir ao ar, mas manteremos todos informados. Dia 25, lançamento do CD em Sampa! Outros virão, outros virão. Estamos somente começando a decolar, e não iremos desligar o transponder!
Ah sim, também no site, todas as entrevistas e críticas que estão sendo publicadas. Destaque para a peça do Nego Lee sobre o show de Curitiba.
Para o infinito e além!
terça-feira, outubro 10, 2006
Le Tigre - TKO
Se esses adolescentes todos ouvissem Le Tigre ao invés de Rebeldes, o mundo seria um lugar melhor.
Uma vez estava discotecando e uma menina veio e me pergutou: o que é isso? Siouxsie, respondi. Ah, ela disse, minha mãe ouve isso. Me senti um ancião. Depois ela pediu Le Tigre e eu voltei ao presente.
Se esses adolescentes todos ouvissem Le Tigre ao invés de Rebeldes, o mundo seria um lugar melhor.
Uma vez estava discotecando e uma menina veio e me pergutou: o que é isso? Siouxsie, respondi. Ah, ela disse, minha mãe ouve isso. Me senti um ancião. Depois ela pediu Le Tigre e eu voltei ao presente.
Clor - Love & Pain (Promo Video)
Clooooooooooooooor! Essa banda é do ano passado, mas é boa pra caralho! Hoje descobri esse clipe no YouTube (que agora é da Google Dominações Mundiais S/A). Tem algo que está me atraíndo para essas bandas que bebem no lado bom dos anos 80s, mas, ao mesmo tempo, apontam para um futuro brilhante e sorridente. Apreciem.
Clooooooooooooooor! Essa banda é do ano passado, mas é boa pra caralho! Hoje descobri esse clipe no YouTube (que agora é da Google Dominações Mundiais S/A). Tem algo que está me atraíndo para essas bandas que bebem no lado bom dos anos 80s, mas, ao mesmo tempo, apontam para um futuro brilhante e sorridente. Apreciem.
segunda-feira, outubro 09, 2006
Editoras Musicais e o R ao Contrário
Muitas pessoas questionam o porquê do EMI impresso depois das músicas no encarte do R ao Contrário. Afinal, se é uma iniciativa própria, sem grande gravadora por trás, o que faz a indicação da EMI lá?
A EMI, nesse caso, não é a gravadora, mas sim a editora, por onde as nossas músicas são editadas. O que vem a ser isso? É a empresa que cuida dos direitos autorais em cima das músicas. É a editora que corre atrás dos canais de televisão e das estações de rádio que tocam as músicas e, conforme a lei, devem pagar pela execução. Todo mês, eles nos mandam um extrato, informando quantas execuções tiveram e quanto foi depositado em nossas contas.
Se direitos autorais funcionassem no Brasil, isso seria um bom dinheiro. Nos EUA, um sucesso como Até Quando Esperar seria o suficiente para deixar os autores milionários. Aqui, dá para um pastel e alguns chopes. Tem um tal de Morris Albert, que compôs uma música chamada Feelings. O cara é brasileiro, caso vocês não saibam. Bem, ele vive muito confortavelmente bem por causa dos direitos em cima de sua música. Não tem nem um outro sucesso, só esse.
Por isso a necessidade de estar editando por uma boa empresa. No nosso caso, sempre fizemos pela EMI. Uma curiosidade: a música dos Ruts, que fizemos versão, também é editada pela EMI. Isso facilitou muito a liberação da versão.
Rock é cultura.
A EMI, nesse caso, não é a gravadora, mas sim a editora, por onde as nossas músicas são editadas. O que vem a ser isso? É a empresa que cuida dos direitos autorais em cima das músicas. É a editora que corre atrás dos canais de televisão e das estações de rádio que tocam as músicas e, conforme a lei, devem pagar pela execução. Todo mês, eles nos mandam um extrato, informando quantas execuções tiveram e quanto foi depositado em nossas contas.
Se direitos autorais funcionassem no Brasil, isso seria um bom dinheiro. Nos EUA, um sucesso como Até Quando Esperar seria o suficiente para deixar os autores milionários. Aqui, dá para um pastel e alguns chopes. Tem um tal de Morris Albert, que compôs uma música chamada Feelings. O cara é brasileiro, caso vocês não saibam. Bem, ele vive muito confortavelmente bem por causa dos direitos em cima de sua música. Não tem nem um outro sucesso, só esse.
Por isso a necessidade de estar editando por uma boa empresa. No nosso caso, sempre fizemos pela EMI. Uma curiosidade: a música dos Ruts, que fizemos versão, também é editada pela EMI. Isso facilitou muito a liberação da versão.
Rock é cultura.
sexta-feira, outubro 06, 2006
R no Top 20 Tratore!
Vocês nos colocaram lá! Na lista dos 20 mais vendidos da distribuidora Tratore. Basta acessar o http://www.tratore.com.br/listar_top20.asp que verão que estamos lá, junto com, Carlinhos Brown, Vinícius de Moraes, Arcade Fire e Sepultura, só para mencionar alguns títulos distribuídos.
blico
Para dar certo uma cena independente, é necessário um tripé formado por gravadoras, ditribuidoras e mídia, esse último incluíndo principalmente rádios, mas também televisão e imprensa. Os primeiros dois já temos. O Brasil conta hoje com uma gama de selos independetes, no melhor sentido, não significando mambembe, mas com um profissionalismo acima das grandes gravadoras. Com a Tratore, os discos já estão sendo distribuídos para lojas em todo país. Falta, infelizmente, o terceiro pé, a mídia. Existem pouquíssimas rádios interessadas em divulgar artistas que não tenham uma grande coorporação por trás (leia-se, jabá). Dessa forma, o grande público não fica sabendo e morremos todos na praia. Mas cada vez menos!
Mais uma vez: valeu plebeus! Esperamos estar logo em sua cidade para retribuir pessoalmente o esforço!
blico
Para dar certo uma cena independente, é necessário um tripé formado por gravadoras, ditribuidoras e mídia, esse último incluíndo principalmente rádios, mas também televisão e imprensa. Os primeiros dois já temos. O Brasil conta hoje com uma gama de selos independetes, no melhor sentido, não significando mambembe, mas com um profissionalismo acima das grandes gravadoras. Com a Tratore, os discos já estão sendo distribuídos para lojas em todo país. Falta, infelizmente, o terceiro pé, a mídia. Existem pouquíssimas rádios interessadas em divulgar artistas que não tenham uma grande coorporação por trás (leia-se, jabá). Dessa forma, o grande público não fica sabendo e morremos todos na praia. Mas cada vez menos!
Mais uma vez: valeu plebeus! Esperamos estar logo em sua cidade para retribuir pessoalmente o esforço!
quarta-feira, outubro 04, 2006
Plutão e seu dinheiro.
Vocês já ouviram falar da ONG Sociedade Amigos de Plutão? Pois é, esse organismo não governamental tem como bandeira a reversão da decisão da União Astronômica Internacional, que rebaixou o planeta a condição de asteróide. Ou seja, Plutão não é mais planeta e uns malucos fizeram uma sociedade de amigos do astro para que seja revista a decisão e Plutão possa voltar a brilhar com o status que eles acham que merece.
Até aí tudo bem, tem doido para tudo. Mas mais doido ainda é que a ONG foi registrada junto na Esplanada dos Ministérios e recebeu R$ 7,5 milhões do governo federal. Isso mesmo, não leram errado, quase 8 milhões de mangos, uma grana preta, dinheiro dos seus impostos foi destinado à Sociedade Amigos de Plutão. Eles alegam que precisam do tutu para viajar à Suíça, sede da União Astronômica Internacional e pleitear a sua causa.
Eles não querem que o nono astro do sistema solar veja a coisa preta pela frente. Tudo bem, lá nos confins do sistema solar, é negro mesmo, a luz do sol não chega lá. Porém, tenho informações que planejam puxar um “gato” até o ex-planeta para que brilhe um pouco mais. Se não conseguirem o que querem, uns membros mais radicais já planejam seqüestrar uns rojões e jogá-los contra vários planetários. Outra informação secreta é que eles têm apoio da Liga dos Astrólogos, que viram sua ciência virar motivo de piada, pois o planeta que regia escorpião era Plutão, agora não mais planeta. Pode um signo ser regido por um asteróide? Fizeram uma consulta ao Detran e aguardam a resposta. Com a rapidez costumeira do Detran, acham que a primeira decisão do órgão sai, com sorte, essa década ainda.
Brincadeiras à parte, tudo isso não é tão estranho assim quando a gente descobre que o líder da ONG é um ex-líder sindical, filiado à CUT e ao PT, amigo íntimo do presidente Lula. Claro que essa grana não vai para viagem nenhuma, mas sim financiar o caixa-dois de sua majestade pomposa. Que filhos da pluta! To plutão da vida com essa farra com nosso dinheiro!
Até aí tudo bem, tem doido para tudo. Mas mais doido ainda é que a ONG foi registrada junto na Esplanada dos Ministérios e recebeu R$ 7,5 milhões do governo federal. Isso mesmo, não leram errado, quase 8 milhões de mangos, uma grana preta, dinheiro dos seus impostos foi destinado à Sociedade Amigos de Plutão. Eles alegam que precisam do tutu para viajar à Suíça, sede da União Astronômica Internacional e pleitear a sua causa.
Eles não querem que o nono astro do sistema solar veja a coisa preta pela frente. Tudo bem, lá nos confins do sistema solar, é negro mesmo, a luz do sol não chega lá. Porém, tenho informações que planejam puxar um “gato” até o ex-planeta para que brilhe um pouco mais. Se não conseguirem o que querem, uns membros mais radicais já planejam seqüestrar uns rojões e jogá-los contra vários planetários. Outra informação secreta é que eles têm apoio da Liga dos Astrólogos, que viram sua ciência virar motivo de piada, pois o planeta que regia escorpião era Plutão, agora não mais planeta. Pode um signo ser regido por um asteróide? Fizeram uma consulta ao Detran e aguardam a resposta. Com a rapidez costumeira do Detran, acham que a primeira decisão do órgão sai, com sorte, essa década ainda.
Brincadeiras à parte, tudo isso não é tão estranho assim quando a gente descobre que o líder da ONG é um ex-líder sindical, filiado à CUT e ao PT, amigo íntimo do presidente Lula. Claro que essa grana não vai para viagem nenhuma, mas sim financiar o caixa-dois de sua majestade pomposa. Que filhos da pluta! To plutão da vida com essa farra com nosso dinheiro!
terça-feira, outubro 03, 2006
Plebe em Vista Alegre/RJ - ADIADO!
Devidos a problemas inerentes à prefeitura, o show foi adiado para novembro. Infelizmente!
A Lona Cultural João Bosco, inaugurada em Vista Alegre a 14 de abril de 1999, é dirigida pelo Movimento de Integração Cultural (MIC), que no final dos anos 80 uniu artistas moradores do subúrbio carioca, interessados em montar espetáculos em escolas, praças e outros espaços públicos. O MIC fez sucesso e, com o advento das Lonas, em 93, passou a trabalhar para se integrar ao projeto.
A Plebe Rude estará se apresentando na Lona de Vista Alegre no próximo sábado, dia 7 de outubro. A capacidade é de 350 lugares, tomara que todos estejam ocupados por plebeus. Para maiores informações, ligar para 2482-4200. O endereço é Avenida São Félix 601,Vista Alegre. Lá estamos em nosso ambiente: projeto com cunho social, preços populares (dizem) e tamanho de público ideal para haver a interação banda/platéia. Nos vemos lá!
A Lona Cultural João Bosco, inaugurada em Vista Alegre a 14 de abril de 1999, é dirigida pelo Movimento de Integração Cultural (MIC), que no final dos anos 80 uniu artistas moradores do subúrbio carioca, interessados em montar espetáculos em escolas, praças e outros espaços públicos. O MIC fez sucesso e, com o advento das Lonas, em 93, passou a trabalhar para se integrar ao projeto.
A Plebe Rude estará se apresentando na Lona de Vista Alegre no próximo sábado, dia 7 de outubro. A capacidade é de 350 lugares, tomara que todos estejam ocupados por plebeus. Para maiores informações, ligar para 2482-4200. O endereço é Avenida São Félix 601,Vista Alegre. Lá estamos em nosso ambiente: projeto com cunho social, preços populares (dizem) e tamanho de público ideal para haver a interação banda/platéia. Nos vemos lá!
segunda-feira, outubro 02, 2006
Faustão Plebeu
Quando a Plebe Rude recebeu o disco de ouro pelas mais de cem mil cópias vendidas do Concreto Já Rachou, a EMI queria que a gente fosse recebê-lo no programa do Charcrinha. Obviamente, a gente tinha outra idéia, receber no disco no Perdidos na Noite, programa comandado pelo Fausto Silva na Bandeirantes. O programa era bem tosco, improvisado e tinha um status cult que o tornava o lugar ideal para comemorar esse prêmio. A gravadora não entendeu nada, mas acabou cedendo.
Duas décadas depois, a gente manda uma cópia do R ao Contrário para o Faustão, assim como fizemos com todos que nos têm dado força nesses últimos anos. Não é que o cara se lembra, leva a cópia dele para a TV e, faz aquele anúncio que muito viram e outros tantos estão comentando. Não foi nada planejado, não teve jabá por trás, foi iniciativa do próprio apresentador. Fomos pegos de surpresa. Bacana isso, sem usar a força de gravadoras, sem puxar o saco, conseguimos, pela própria história da banda, aparecer no horário nobre dominical da TV brasileira.
O Cólera, quando apareceu no programa da Regina Casé tocando Pela Paz em Todo Mundo, foi duramente criticado pela galera. O Redson, comentando o fato durante a entrevista coletiva do Porão do Rock, mandou bem. Falou que quer o Cólera tocando em tudo quanto é lugar, desde que não tenha que mudar seu estilo. Disse, também, que não quer ser um fusca a vida toda, mas sim um Ferrari. É isso mesmo, vamos sair dos guetos e mostrar a cara.
Isso tudo, só para evitar aquelas críticas de vendidos, traidores, etc., que certamente virão quando a Plebe aparecer em programas populares. Prestem bem atenção, será a mesma Plebe, tocando as mesmas músicas. Conformar para deformar.
Duas décadas depois, a gente manda uma cópia do R ao Contrário para o Faustão, assim como fizemos com todos que nos têm dado força nesses últimos anos. Não é que o cara se lembra, leva a cópia dele para a TV e, faz aquele anúncio que muito viram e outros tantos estão comentando. Não foi nada planejado, não teve jabá por trás, foi iniciativa do próprio apresentador. Fomos pegos de surpresa. Bacana isso, sem usar a força de gravadoras, sem puxar o saco, conseguimos, pela própria história da banda, aparecer no horário nobre dominical da TV brasileira.
O Cólera, quando apareceu no programa da Regina Casé tocando Pela Paz em Todo Mundo, foi duramente criticado pela galera. O Redson, comentando o fato durante a entrevista coletiva do Porão do Rock, mandou bem. Falou que quer o Cólera tocando em tudo quanto é lugar, desde que não tenha que mudar seu estilo. Disse, também, que não quer ser um fusca a vida toda, mas sim um Ferrari. É isso mesmo, vamos sair dos guetos e mostrar a cara.
Isso tudo, só para evitar aquelas críticas de vendidos, traidores, etc., que certamente virão quando a Plebe aparecer em programas populares. Prestem bem atenção, será a mesma Plebe, tocando as mesmas músicas. Conformar para deformar.
quinta-feira, setembro 28, 2006
quarta-feira, setembro 27, 2006
R ao Contrário nas Lojas!
Tirei a informação abaixo do site da Tratorre, distribuidora do CD. Dêem uma olhada. Entrei, também, no site da Saraiva e, realmente, eles tem o CD a venda, só que sem o nome ocrreto (chamam de Plebe Rude/Tratorre!).
Onde Encontrar o CD R ao Contrário:
A lista abaixo indica as lojas que compraram este CD recentemente. Entre em contato com a loja para garantir que o CD ainda está em estoque.
Mubi - Tel: ( 11)3481-4707
Saraiva - Tel: ( 11)38795999
Saraiva.com - Tel: (11)3933-3366
BA - Salvador
Flashpoint - Portela - Tel: ( 71)450-3803
DF - Guará
Liv.Cultura - BSB - Tel: ( 61)3410-4033
MG - Ipatinga
Francisco Petronio - Tel: ( 31)3826-1266
MG - Juiz de Fora
Planet Music - MG - Tel: ( 32)3213-9964
PA - Belém
Ná Figueredo - Rod - Tel: ( 91)3224-8948
RS - Porto Alegre
Liv. Cultura RS(Ode) - Tel: ( 51)3028-4033
SP - São Paulo
Baratos Afins - Tel: ( 11)3223-3629
Compact Blue - Tel: ( 11) 32515248
Liv.Cultura - Market Place - Tel: ( 11)3474-4033
Livraria Cultura-Vil - Tel: ( 11)3024-3599
Livraria da Vila-Rod - Tel: ( 11)3814-5811
Neto Discos - Tel: ( 11)3141-2929
Pop´s Discos - Tel: ( 11)3083-2564
Sensorial Discos - Tel: ( 11)3333-1914
Universal - Tel: ( 11)2189-3000
Onde Encontrar o CD R ao Contrário:
A lista abaixo indica as lojas que compraram este CD recentemente. Entre em contato com a loja para garantir que o CD ainda está em estoque.
Mubi - Tel: ( 11)3481-4707
Saraiva - Tel: ( 11)38795999
Saraiva.com - Tel: (11)3933-3366
BA - Salvador
Flashpoint - Portela - Tel: ( 71)450-3803
DF - Guará
Liv.Cultura - BSB - Tel: ( 61)3410-4033
MG - Ipatinga
Francisco Petronio - Tel: ( 31)3826-1266
MG - Juiz de Fora
Planet Music - MG - Tel: ( 32)3213-9964
PA - Belém
Ná Figueredo - Rod - Tel: ( 91)3224-8948
RS - Porto Alegre
Liv. Cultura RS(Ode) - Tel: ( 51)3028-4033
SP - São Paulo
Baratos Afins - Tel: ( 11)3223-3629
Compact Blue - Tel: ( 11) 32515248
Liv.Cultura - Market Place - Tel: ( 11)3474-4033
Livraria Cultura-Vil - Tel: ( 11)3024-3599
Livraria da Vila-Rod - Tel: ( 11)3814-5811
Neto Discos - Tel: ( 11)3141-2929
Pop´s Discos - Tel: ( 11)3083-2564
Sensorial Discos - Tel: ( 11)3333-1914
Universal - Tel: ( 11)2189-3000
MTV mostra Voto em Branco Hoje!
Será transmitido o clipe de Voto em Branco na MTV, hoje às 21h36min. Tirei essa informação do site da emissora. Quem se animar, pode ligar para pedir uma reprise, he he.
9 Coisas que Me Deixariam Feliz Hoje
Coisas que me deixariam feliz hoje:
1. Todos as pesquisas de intenção de votos errarem feio.
2. Haver um segundo turno, para que a arrogância de nosso líder-mor desmorone e ele aprenda que um presidente tem é que governar, não passear.
3. Modelos ultramagras banidas das passarelas, não por decreto ou lei, mas por exigência do público consumidor.
4. Confirmadas datas de shows de norte a sul, com música da Plebe bombando nas rádios, sem o uso de jabá.
5. Que a nova era glacial chegasse logo, mais amena, claro, para que pudéssemos usar casacos todos os dias.
6. Que a Ana adorasse seu colégio novo e começasse a dormir a noite toda.
7. Ganhar um Rickenbecker branco com detalhes em preto.
8. TimFestival, MotoMix, Campari Rock e outros festivais decidissem realizar eventos em Brasília, cidade onde o vácuo cultural é fato.
9. Sarney não ser reeleito senador!
1. Todos as pesquisas de intenção de votos errarem feio.
2. Haver um segundo turno, para que a arrogância de nosso líder-mor desmorone e ele aprenda que um presidente tem é que governar, não passear.
3. Modelos ultramagras banidas das passarelas, não por decreto ou lei, mas por exigência do público consumidor.
4. Confirmadas datas de shows de norte a sul, com música da Plebe bombando nas rádios, sem o uso de jabá.
5. Que a nova era glacial chegasse logo, mais amena, claro, para que pudéssemos usar casacos todos os dias.
6. Que a Ana adorasse seu colégio novo e começasse a dormir a noite toda.
7. Ganhar um Rickenbecker branco com detalhes em preto.
8. TimFestival, MotoMix, Campari Rock e outros festivais decidissem realizar eventos em Brasília, cidade onde o vácuo cultural é fato.
9. Sarney não ser reeleito senador!
Circo Voador: Participação HV
Foi uma honra contar com a participação do Hebert Vianna no show do Circo Voador, lançamento do R ao Contrário. Chovendo no molhado, quero deixar registrado de novo que ele foi o grande responsável pela nossa contratação pela EMI, resultando no Concreto Já Rachou. Também foi a força por trás da gravação do ao vivo.
O esforço que o HV fez para estar no palco, aquela hora, foi fenomenal. Convenhamos, o Circo Voador não é o lugar mais apropriado para quem está de cadeira-de-rodas. Tirando o desconforto, o esbarra-esbarra, ainda tem o fato da demora. Por isso, conforme alguns notaram, ele estava cansado quando, finalmente, chegou sua vez de participar.
Foi um gesto de apoio, que agradecemos muito.
Obrigado pelo Dario pelas fotos.
segunda-feira, setembro 25, 2006
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