sexta-feira, maio 25, 2007

VC Bauru - Fotos




VC Bauru - Participaçao Bacalhau





Em Baurú tivemos o prazer de reencontrar nosso velho amigo de Brasília, Bacalhau, baterista do Ultraje e ex-Rumbora. O cara é um monstro na bateria. Tem uma história gozada que conta que uma vez, para variar, o Gutje estava atrasado e estávamos a minutos de fazer uma apresentação ao vivo na TV. O bacalhau, que estava nos acompanhando, chegou a passar o som e ia tocar no programa. Na última hora, o Gutje aparece. Em Baurú, Bacalhau tocou Luzes e, junto com o Txotxa, Até Quando.

quarta-feira, maio 23, 2007

Virada Cultural Baurú - Final do Show

Em contrapartida, o show em Baurú foi excelente. Saca só Até Quando Esperar que fechou a apresentação. O carinha fazendo batuque com o Txotxa é o Bacalhau, batera do Ultraje e ex-Rumbora. Mais sobre o show mais tarde.

segunda-feira, maio 21, 2007

No Sleep till Baurú - Lasqueira!





O Txotxa é um cara tão inabalável que parece budista. Está sempre na dele, de bom humor, sereno. Quando começa a balburdiar “lasqueira” sabemos que algo está errado, pois se o problema conseguir alterar o seu imperturbado mundo, é que é grave.

Nessa viagem para Bauru, acho que além de umas duzentas lasqueiras, devo ter ouvido vários outros adjetivos não comuns saídos da boca de nosso baterista. De meus vinte e poucos anos de estrada, essa foi, definitivamente a pior viagem que a Plebe já fez. O show, em contraste, foi excelente, mas a logística de ida e volta foi catastrófica.

Começou assim: seis da manhã de domingo, encontro o Philippe debaixo do meu bloco e partimos para o aeroporto, onde pegamos um vôo para Congonhas. Na porta do desembarque, encontramos o Felipão que avisa: o microônibus está lá fora, é bom vocês aproveitarem para usar o banheiro daqui. Isso não é bom sinal, significa que o veículo ou não tem banheiro, como não tinha, ou não está em condições de ficar parando na estrada, como também não tinha.

O ônibus faria a Família Adams querer entrar para uma seita evangélica. Um horror, sem espaço dentro para a banda, o equipamento, as malas e, ainda, um co-piloto que não pilotou nada. O painel estava remendado com durex e o velocímetro não funcionava. Não tinha suspensão, então sacudia mais que a Wilza Carla fazendo cooper pelada. O espaço entre um banco e outro era milimétrico, não cabendo as pernas nem do pequeno Júnior. Tinha um buraco na porta por onde entrava fumaça liberada pelo motor penando por uma recauchutagem mecânica. Obviamente, não tinha ar condicionado, ficando insuportavelmente quente de dia e articamente gelado à noite. A porta automática estava quebrada, necessitando abrir um trinco, que só abria para quem tinha as manhãs - e não eramos nenhum de nós! Além de desconfortáveis, os bancos eram apoiados em pedaços de madeira para não despencarem.

O motorista e o co-piloto eram uma obra de arte à parte. Torciam enquanto o ônibus se esforçava para transpor as subidas e sorriam quando conseguia pegar algum embalo na descida. Vi várias lesmas e tartarugas ultrapassarem a gente durante o trajeto. Cada vez que perguntávamos quanto tempo faltava para chegar, respondiam uma hora. Na chegada de Bauru, ficaram minutos dando várias voltas no balão na entrada da cidade tentando descobrir qual rua pegar. Finalmente, tiveram a grande idéia de escolher uma com uma placa gigante escrita BAURÚ e chegamos em nosso destino.

Ou pelo menos achávamos que tínhamos chegado, pois o hotel que constava dos papéis do Felipão não tinha os nossos nomes, as reservas tinham sido canceladas. Enquanto comíamos um churrasco requentado (já eram 15 horas!), o Felipão consegue descobrir o nosso verdadeiro hotel, se é que pode ser chamado disso. Mas tudo bem, depois do check-in, avisam que dispúnhamos de somente uma hora para descansar pois o show não podia esperar.

Fazemos o show com olho no relógio. Para a equipe técnica tinham marcado um vôo que saía à um da manhã de Guarulhos, e era importante sair na hora certa, ainda mais, tendo em vista nosso transporte. Durante o show, o Felipão ficava: só mais cinco minutos, só mais dois minutos. Cortamos várias músicas, mas não o tanto para comprometer a apresentação, que foi dez. Mais sobre o show em postagens futuras.

Descemos do palco, direto para o ônibus e pé na estrada! Literalmente, pois um pneu estourou e ficamos ilhados à beira da rodovia com uma frota de caminhões passando do nosso lado. Foi um estouro mesmo, quase capotamos. Olhando para trás, parece brincadeira, mas por uma economia besta na contratação do transporte, poderíamos ter morrido.

Claro que o equipamento disponível para troca de pneu era inoperante. Ficamos horas até um solidário caminhoneiro parar para nos auxiliar. Tudo em cima, olhamos o relógio e achávamos que daria tempo ainda de chegar à Guarulhos para o vôo da equipe. Só que o motorista se perdeu, pegou atalhos cheios de buracos – e dá-lhe sacudir o esqueleto! Ainda, todos com fome e sem poder parar para comer. Desovamos o pessoal com destino ao Rio às uma e cinqüenta e seguimos para SP, onde o Clemente ia para casa e nós três, Txotxa, Philippe e eu, dormir umas horas no Íbis, em frente à Congonhas, para pegar o vôo das 6h30min para Brasília.

Quando chegamos no hotel, 3 da manhã, descobrimos que não havia a reserva do quarto triplo! Alguém tinha até ligado para fazê-la, mas como não quis deixar o número do cartão de crédito a reserva caiu. Sorte nossa que tinha ainda um quarto duplo livre, para onde nos dirigimos. O Txotxa dormiu no chão, o Philippe e eu na cama de casal – sem piadas, por favor. Na hora do banho, outro problema: sendo um quarto duplo, o terceiro ficaria sem toalha ou usaria uma molhada. Não fui eu!

Acordamos às 5h10min, seguimos para o aeroporto. Qual a nossa surpresa que estávamos reservados num vôo da BRA com duas escalas até Brasília! Com tanto vôo direto, nos colocaram num equivalente ao nosso microônibus! E ainda por cima, parava no Rio! A equipe poderia ter voltado com a gente, evitando todo aquele transtorno e estresse de ontem!

Chegamos exaustos, cansados e putos. Lasqueira!