quarta-feira, maio 24, 2006
X no Porão do Rock
Como no ano passado, estarei discotecando no Porão do Rock, na noite de 3 de junho. Ao contrário do ano passado, não tentarei impor um set de punk/post-punk/new wave para um público misto que não tem definição de estilo. O que farei é tocar uma hora de bootlegs, aquelas versões não oficiais de músicas remixadas e jogadas na internet. Se preparem para ouvir o batidão de Sunshine of Your Life, do Cream; Strange Love do Depeche Mode, Wholo Lotta Love, do Led. Tudo retrabalhado, reeditado.
terça-feira, maio 23, 2006
Chaves, pior que Colombo!
Certa vez, antes de usurpar a noção do socialismo para justificar suas ações ambiciosas, Hugo Chaves proferiu a frase: “Cristóvão Colombo foi muito pior que Hitler”. Referia-se, é claro, ao genocídio do povo índio praticado pelos colonizadores espanhóis. Vários historiadores acham a frase muito simplista, pois não toma o grande número de tribos que se aliaram aos europeus invasores e outras tensões inter-nativos. No entanto, faz sentido – se bem que, saindo de Chaves, deve ter uma agenda oculta que logo aparecerá (invadir a Espanha, talvez).
O que me chama atenção é que é muito provável que, dentro de algumas décadas, um futuro líder venezuelano declare: “Chaves foi muito pior que Colombo!” Vai olhar para seu país, isolado do mundo, tendo como aliados uma Bolívia reduzida à sucata, com o povo mais sofrido do que antes. Nem uma Cuba vai estar do seu lado, tendo em vista que após a morte de Castro, a ilha se integrará ao mundo globalizado, se transformando em fornecedora de vacinas, estado-da-arte em medicina e, claro, charutos.
Num recente fascículo da revista neoliberal Economist, um balanço da América do Sul é feito. Por incrível que pareça, e eu concordo, elogiam muito o Lula, dizendo que, pelo menos economicamente, tem a cabeça no lugar. Podemos criticar, mas o Brasil está bem melhor que seus vizinhos. Podemos achar que há espaço para melhoras, mas nossa economia apresenta sinais de robustez.
O principal elogio, que também assino embaixo, é que o Lula, ao contrário dos nossos “priesidientes” vizinhos, tem uma política externa de união. Ele não ataca, tenta negociar, achar o ponto comum e chegar num acordo. Já o Chaves, não. Esse adora usar a velha teoria maquiavélica de achar um inimigo do país para desviar o foco do povo. Evo Morales também faz isso – e o inimigo somos nós, personificados na Petrobrás. Kirchner também nos escolheu, junto com o Chile, como agressores aos interesses argentinos (só se for no futebol, he he he).
Nesse momento que o Lula não é mais presidente e, sim, candidato; que não despacha mais do Palácio do Planalto, mas sim de um jatinho entre uma inauguração e outra; que não é mais idealista, mas sim estadista, buscando apoio de quem quer que seja (Quércia?!?! Sarney!?!), ainda assim, relativamente aos nossos hermanos, estamos bem melhor.
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