Esse é o terceiro clipe a ser feito para o CD R ao Contrário, a música título. Acho que os produtores pegaram bem o espírito da música. Eu me arrepio muito vendo esse filminho, talvez por esperar que um dia realmente haja uma indignação popular desse tipo. Lo-fi total.
quinta-feira, fevereiro 14, 2008
terça-feira, fevereiro 12, 2008
Plebê en TV
Tem uma equipe francesa aqui em Brasília fazendo um documentário sobre os moradores da cidade. O resultado final vai passar na TV, lá na França. O trabalho dos caras é bem bacana, não querem trilhar o caminho já percorrido por outros documentários sobre Brasília. O foco do seu esforço é saber como vivem as pessoas e como a cidade influenciou o jeito deles serem.
Partem de uma tese até mencionada num dos comentários do último post, ou seja, Brasília foi uma experiência modernista que, pelo modo que foi construída e habitada, mexe muito com as pessoas. Daí tentam partir para a produção cultural da cidade, os relacionamentos, o jeito de pensar, etc.
No domingo, fizeram um churrasco para os músicos da cidade comentarem sobre o acima. Philippe e eu fomos e fomos os que mais contribuíram para o debate. Acho que viver aqui durante a ditadura, mercado fechado, falta de informação e distante de todas as capitais forjou nosso jeito de ser. O pessoal dos anos 90s e além, apesar de também serem afetados pela cidade, não foram de forma tão significativa quanto nós.
Fiquei feliz em saber que o Zeca, baixista do Suculent Fly (ou será que já está noutra banda?) tem uma tese de mestrado sobre o mesmo assunto e o título é “Muitos Porteiros e Pessoas Normais”, que sintetiza bem a cidade.
Foi bacana o domingão, churrasco, músicos, discussão e diversão. E a equipe ainda vai filmar um ensaio da Plebe em breve. Quando estrear na TV, consigo uma cópia e posto aqui.
Partem de uma tese até mencionada num dos comentários do último post, ou seja, Brasília foi uma experiência modernista que, pelo modo que foi construída e habitada, mexe muito com as pessoas. Daí tentam partir para a produção cultural da cidade, os relacionamentos, o jeito de pensar, etc.
No domingo, fizeram um churrasco para os músicos da cidade comentarem sobre o acima. Philippe e eu fomos e fomos os que mais contribuíram para o debate. Acho que viver aqui durante a ditadura, mercado fechado, falta de informação e distante de todas as capitais forjou nosso jeito de ser. O pessoal dos anos 90s e além, apesar de também serem afetados pela cidade, não foram de forma tão significativa quanto nós.
Fiquei feliz em saber que o Zeca, baixista do Suculent Fly (ou será que já está noutra banda?) tem uma tese de mestrado sobre o mesmo assunto e o título é “Muitos Porteiros e Pessoas Normais”, que sintetiza bem a cidade.
Foi bacana o domingão, churrasco, músicos, discussão e diversão. E a equipe ainda vai filmar um ensaio da Plebe em breve. Quando estrear na TV, consigo uma cópia e posto aqui.
segunda-feira, fevereiro 11, 2008
Moro em Brasília, também o Presidente....
Morar em Brasília é:
• Ter o álcool mais caro do País. Não me refiro ao consumido nas cervas e outras pingas destiladas, mas sim aquele vendido nos postos. Um excesso de produção fez com que a oferta ficasse maior que a demanda e o preço desabasse em todos os Estados, mas não do Distrito Federal. Aqui temos um ICMS de 25% (isso mesmo!, a média nacional é de 15%!) em cima do etanol e, por alguma estranha razão, a lei do mercado não funciona nesse quadradinho mágico fincado no centro do Brasil. Aliais, aqui nenhuma lei funciona.
• Ver o PT cancelar as eleições internas, com suspeitas de fraude. O atual presidente do Diretório Regional, Chico Vigilante não quer largar o osso. Perdeu as eleições e, como todo caudilho que preste, gritou “Fraude!”. Teve o maior tumulto provocado pelos militantes. E ainda dizem que o poder não altera a pessoa......
• Ter um espaço incrivelmente ideal para andar de bicicleta, mas nenhuma infra. Não existem ciclovias, os carros disputam cada espaço e o ciclista sempre perde. Que tipo de urbanista era Lúcio Costa? Acho que Brasília foi patrocinada pela indústria automobilística.
• Conviver de perto com um governo oportunista e corrupto, assim como uma oposição que só sabe denunciar e não apresenta solução nenhuma. Estamos entre o diabo e a espada. Veja, por exemplo, esse rolo do cartão corporativo. Na teoria, seria a melhor forma de controlar gastos governamentais, mas ninguém se importa em aperfeiçoar a fiscalização, querem é apontar dedos e humilhar. CPI prá quê? Quer pizza de que sabor?
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