Ontem à noite fui ao estúdio do Philippe ouvir a primeira mixagem do áudio do novo DVD. A idéia era ver o trabalho que ele trouxe de Nova York e sugerir alguns ajustes finos. Para tornar a coisa mais real, levei o meu iBook, onde rodamos o filme já editado, enquanto o computador dele rodava as músicas. Isso dava um certo trabalho, pois tínhamos que, música a música, sincronizar digitalmente os dois. E por digitalmente, quero dizer no dedo mesmo, tentando e errando até estarem mais ou menos em sinc.
Está muito muito bom. Gozado como as possibilidades de mixar mudaram durante essas décadas nas quais acompanho gravações. Nos anos 80s, mesmo em gringolândia, colocar a guitarra (ou qualquer outro instrumento) lá em cima, na cara, era sacrificar o resto da música. Hoje, não. As guitarras estão phoda, na testa do ouvinte dando tapas, e dá para identificar bem o que o baixo e bateria estão fazendo. Aqui nos trópicos, ainda não sabemos mixar assim. Nossos técnicos colocam o vocal lá em cima e um instrumental chapado atrás. E assim caminha a MPB e seus derivados.
O visual também está chapante. Começa à luz do dia, com o pôr do sol atrás. Depois penumbra e, no final, escuridão. Excelentes imagens. Tenho certeza que alguns plebeus vão ter ataques cardíacos ao se verem no “snake pit”.
Ainda há um grande trabalho pela frente. Esse ajuste fino requer uma comunicação diária com o técnico em NY, mais audições e masterização. Depois, o pessoal da filmagem tem que colocar tudo junto. Ainda tem a capa, burocracia editorial e, a parte mais importante, negociar com uma distribuidora. Daí, vai pra rua e a Plebe pra divulgação. Yeah!
Recado para quem tem twitter: durante a audição de ontem, fiquei tão empolgado que fiz uma transmissão via twits. Acompanhem, o apelido lá é apmmx.
quarta-feira, janeiro 13, 2010
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