sexta-feira, setembro 21, 2007

Dr. Feelgood


Estou surfando numa onda nostálgica, que começou com aqueles vídeos do Eddie & the Hot Rods que postei recentemente. Meu iPod está cheio de Tom Tom Club, Au Pairs, Mo-detts e outros afins. Daí me veio à cabeça o Dr. Feelgood.

Eles eram uma espécie de Blues Brothers sem o lado cômico. Aliais, pelo contrário, tocando nos pubs de operários na Inglaterra no início dos anos 70s, muitas vezes acabavam em brigas com a platéia bêbada (inglês bebe e logo quer cair na porrada). O guitarrista Wilco Johnson era considerado um virtuoso bluseiro, com uma pegada muito particular. O Lemmy cansou de convidar ele para formar uma banda. Se tivesse aceito, estaria no Motorhead, mas seu estilo é completamente diferente. Quem tem o primeiro LP do Motorhead, olhe o encarte que tem várias fotos do Wilco no estúdio com os caras. Bem gozado até, porque o cara não é cabeludo, só usa terno e gravata e tem cara de doido.

O vocalista Lee Brilleaux era um típico durão inglês. Álcool e porrada eram suas paixões, tirando os blues, claro. Graças à um empréstimo dele, a cena independente inglesa começou, pois ele cedeu 500 libras aos fundadores do Stiff Records, que lançou o primeiro compacto punk (New Rose, do Damned).

Posto o vídeo acima, gravado num programa adolescente de TV. Reparem que o Lee está para perder a calma e socar alguns manés da platéia, muito gozado. E o público tentando dançar como se entendessem o que está sendo tocado. Lembrem da época, eles estavam acostumados com Bay City Rollers e Rod Stewart, há há há!

Vi eles uma vez em Sheffield. Os caras não param de tocar, passam por todos seu repertório e ainda partem para os covers. Saí antes do fim, pois estava tão tarde que os ônibus iam parar de circular.

Finalizando, nas festinhas da tchurma, tinha uma música deles que rolava sempre: All Through the Night, que o pessoal cantava em coro uma versão tosca em português, cheia de palavrões. Ah, bons tempos......

quinta-feira, setembro 20, 2007



O rombo que a dupla Roriz/Abadia deixou no DF ainda está sendo sentido. O governo atual não pode contrair empréstimos internacionais, pois o GDF não está nas conformidades da Lei de Responsabilidade Fiscal. Resumindo, o que aconteceu é que o Roriz gastou mais do que podia e deixou a conta para o Arruda pagar. O Arruda não, nós! Sem empréstimos, tudo pára – especialmente o transporte integrado e outras ações que beneficiam, principalmente, a população dos entornos.

Para se adequar à Lei, os nossos nobres deputados distritais tiveram que cortar na carne para ficar dentro dos limites de gastos estabelecidos. Claro que não a carne deles, mas sim dos servidores da casa, da verba de educação, da segurança, entre outros. Por exemplo, se cortassem o 14º e o 15º salário que recebem, já bastaria. Não quiseram fazer esse sacrifício. Se cortassem a verba de representação (que só representa mais dinheiro em seus bolsos), também bastaria. Mas preferiram agir como anti-representantes, mandando a conta para outros pagarem.

Uma pergunta que não sei responder: já que o Roriz fez o rombo, não tem ação contra ele? Cadê a justiça nesse país?

Distrito Federal, eu choro por você. Além da natureza que nos castiga com essa seca recorde, nossos deputados nos castigam com uma seca orçamentária. Ovo neles!

quarta-feira, setembro 19, 2007

Martin Atkins SG Video for the Web

Mais Martin Atkins, falando dele mesmo, como chegou de baterista do NIN, Killing Joke, Ministry, Pigface, Damage Manual, Suicide Girls, PiL, até ser um palestrante no Columbia University em Chicago. Tenho orgulho dos meus heróis, sempre inovando, sempre um paso além, nunca parando e caíndo na mesmice!

The Damage Manual: Martin Atkins

Txotxa, o Martin Atkins já tocou no Killing Joke, no Ministry e no Damage Manual. Merce um espaço no seu blog! Aprecie.

terça-feira, setembro 18, 2007

Quem Viu o Plim-plim?


Quem viu o Philippe no especial Renato Russo televisionado pela Globo, na última sexta-feira? Confesso que nem em casa estava, mas sim no Monumental curtindo um choppe por ocasião do aniversário do Chico Bóia.

Ainda me impressiona o impacto que o Renato tem sobre o público brasileiro. Talvez por ter conhecido ele antes de ser o Russo, tenha uma visão diferente – o que não significa de forma nenhuma negativa – da pessoa que era. Grande amigo, influenciador, humor muito particular, metódico, saudavelmente ambicioso, profundo conhecedor de músicas, filmes e livros.

Quando ouço as pessoas falarem dele, parece que estão se referindo a outra pessoa. Descendo no elevador do prédio, na sexta de manhã, o casal do quarto andar entra cantando em uníssono Será e antecipando: “é hoje à noite, é hoje!” No sábado, outra vizinha: “me lembrei de você na sexta!”. Tomara que a Globo tenha feito seu dever de casa, pesquisado e transmitido um bom programa.

E um sniff para Pedro de Lara, o eterno júri do Silvio Santos, o pai do Lemmy e grande niteroiense!

“I’ll take my work underground to prevent it falling in the wrong hands.” - William S. Burroughs, Naked Lunch