Ontem Philippe e André tiveram um encontro no Carpe Diem com a Cláudia e o Nicolau El-moor. Respectivamente, são os criadores da capa do R ao Contrário. Ela fazendo o design gráfico, ele as fotografias. Somos muito gratos aos dois, estão de cabeça no projeto e recebendo bem menos que merecem. Aliais, a tônica do disco tem sido essa, trabalho de amigos que compraram o projeto. O encontro foi para fechar os últimos detalhes da capa, encarte e arte do disco. O que posso adiantar? Se preparem para uma capa com um R ao contrário, mais nada. Portanto, fiquem atentos. Onde? Que tal começarem a checar as bancas a partir de setembro?
Quem viu o programa Claro que é Rock, transmitido ontem? Um dos convidados foi o Zé Rodrix, que teve, entre os vários grupos do que participou, uma passagem pelo Joelho de Porco (uma das minhas bandas nacionais favoritas). Ele já gravou Olho Seco, Inocentes, conhece Ratos do Porão, em fim, é um coroa esclarecidíssimo do rock nacional. Quando o carinha do Dead Fish cantou Surfista Calhorda, o Zé sabia toda a letra! Bom, tudo isso para dizer que ele afirmou que a banda favorita dele de todo o rock Br é Plebe Rude! Ficamos honrados, muito honrados. Espero, sinceramente, um dia poder trabalhar com essa figura incrível.
Outro que falou bem da Plebe foi o Toni Garrido. Que bom que atingimos todos e tudo!
Bom fim de semana!
sexta-feira, agosto 04, 2006
quinta-feira, agosto 03, 2006
Curadores da Alma
Enquanto a mordaça não me permite divulgar mais nada sobre a Plebe – são boas as notícias! – vamos falar um pouco sobre de música.
Havia um época, no começo dos anos 90s, quando o selo mais badalado do underground era o inglês Too Pure. Os tempos eram esquisitos, a abundância criativa do pos-punk havia secado lá pelo ano 1985, quando as gravadoras acordaram e pararam de investir em talentos experimentais, passando a direcionar seus investimentos para artistas mais acessíveis, por meio de sua nova arma, a MTV. Bem quando a gente estava se acostumando a comprar discos reeditados do passado para suprir a sede de coisas legais, a Too Pure lança de uma só vez Stereolab, PJ Harvey e Th’ Faith Healers. Foi como um sopro de ar fresco após anos dentro de uma mina de carvão.
Quero falar sobre o menos conhecido e, na minha opinião, melhor desses três, Th’ Faith Healers. Imaginem uma guitarra seca, com o mínimo de distorção, se é que tem, fazendo o esporo melódico mais barulhento e harmônico que já ouviu. A voz, mixada lá no fundo, quase imperceptível, cantando harmonias lindas, naquele estilo afinado/desafinado. Cada música, uma viagem. Literalmente O grupo para se curtir sob o efeito de substâncias que fazem o cérebro focar nas emoções subliminares das músicas, aquelas emoções que só são percebidas quando há expansão da mente, foco no desconhecido.
Lançaram somente três discos, que valem a pena correr atrás. O Lido, disco de estréia, que trás o clássico Hippy Hole, além de um cover da banda Can, que deveria ter sido o Velvet Underground da geração de 90s, mas não foi. O segundo, Imaginary Friend, com solos barulhentos e viajantes. Arriscam até umas baladas que, claro, viram uma cacofonia maravilhosamente bela. Depois disso a banda acabou, cada um seguindo para seu lado. A Too Pure ainda lançou um CD com todos os compactos que não saíram nos LPs, chamado simplesmente L.
Porque a banda não estourou? Minha teoria é que a imprensa toda focou no grunge de Seattle, um “movimento” falso, fabricado e compactuado pela MTV e outros meios de comunicação. Com isso, o holofote saiu do underground londrino/nova iorquino e fixou exclusivamente naqueles flanelinhas querendo pousar de punk, mas atingindo mais o heavy metal (com exceções, claro). Uma pena, mas uma benção, pois os três discos que deixaram são pérolas que devemos guardar escondidas e mostrar só para aquelas pessoas que mereçam.
Havia um época, no começo dos anos 90s, quando o selo mais badalado do underground era o inglês Too Pure. Os tempos eram esquisitos, a abundância criativa do pos-punk havia secado lá pelo ano 1985, quando as gravadoras acordaram e pararam de investir em talentos experimentais, passando a direcionar seus investimentos para artistas mais acessíveis, por meio de sua nova arma, a MTV. Bem quando a gente estava se acostumando a comprar discos reeditados do passado para suprir a sede de coisas legais, a Too Pure lança de uma só vez Stereolab, PJ Harvey e Th’ Faith Healers. Foi como um sopro de ar fresco após anos dentro de uma mina de carvão.
Quero falar sobre o menos conhecido e, na minha opinião, melhor desses três, Th’ Faith Healers. Imaginem uma guitarra seca, com o mínimo de distorção, se é que tem, fazendo o esporo melódico mais barulhento e harmônico que já ouviu. A voz, mixada lá no fundo, quase imperceptível, cantando harmonias lindas, naquele estilo afinado/desafinado. Cada música, uma viagem. Literalmente O grupo para se curtir sob o efeito de substâncias que fazem o cérebro focar nas emoções subliminares das músicas, aquelas emoções que só são percebidas quando há expansão da mente, foco no desconhecido.
Lançaram somente três discos, que valem a pena correr atrás. O Lido, disco de estréia, que trás o clássico Hippy Hole, além de um cover da banda Can, que deveria ter sido o Velvet Underground da geração de 90s, mas não foi. O segundo, Imaginary Friend, com solos barulhentos e viajantes. Arriscam até umas baladas que, claro, viram uma cacofonia maravilhosamente bela. Depois disso a banda acabou, cada um seguindo para seu lado. A Too Pure ainda lançou um CD com todos os compactos que não saíram nos LPs, chamado simplesmente L.
Porque a banda não estourou? Minha teoria é que a imprensa toda focou no grunge de Seattle, um “movimento” falso, fabricado e compactuado pela MTV e outros meios de comunicação. Com isso, o holofote saiu do underground londrino/nova iorquino e fixou exclusivamente naqueles flanelinhas querendo pousar de punk, mas atingindo mais o heavy metal (com exceções, claro). Uma pena, mas uma benção, pois os três discos que deixaram são pérolas que devemos guardar escondidas e mostrar só para aquelas pessoas que mereçam.
terça-feira, agosto 01, 2006
Ela estava certa!
Ela tinha medo. Muito medo. Tanto medo que foi na TV e declarou: eu tenho medo do PT. Para quê? Além do Partido dos Trabalhadores, passou a ter medo também de intelectuais raivosos, acadêmicos furiosos, sindicalistas emputecidos, músicos psicóticos e uma imprensa impiedosa. Mas o tempo passa e temos que admitir: a esperança só venceu o medo na batalha, pois na guerra, medo está dando um banho.
Talvez não. Olhando mais de perto, não é o medo que está vencendo. Se fosse, até que seria bom, muitos não se reelegeriam. Quem está vencendo é um player que nem estava na jogada: a indiferença. Parece que o povão se acostumou. Também, tantas décadas vendo o patrimônio público ser repartido entre grupos de interesse, ser dilapidado diante seus olhos, que a coisa passou a ser normal. Mensalão, sanguessugas, dólar na cueca, investimento maciço em publicidade, deixando de lado as ditas ações sociais, uso da máquina pública para fins particulares, censura, mentiras, corporativismo político, ufa! – tanta coisa com um nome só: corrupção.
Sei que os defensores do Lula vão usar a velha retórica: pô, mas todo mundo faz isso! Ué? E isso lá é desculpa? Fazendo o que os outros faziam é que a esperança vai vencer o medo? A indiferença é a maior aliada dos que estão no poder. Faz com que as pessoas vão votar como se fosse uma obrigação, sem o coração estar no ato. Votam porque a lei manda, colocam um x em qualquer espaço e vão para praia, para suas casas, para a chopada sabendo que nada vai mudar.
Meu conselho? Fácil. Número 1: não vote em quem já está no poder. Pode até ser que tenha um honesto, mas esse está muito tempo lá, é fácil de corromper. Vamos para os nomes novos. Principalmente se o candidato quiser se reeleger para deputado ou vereador. Isso significa que é um político sem ambição, não quer progredir, quer ficar onde está porque está mamando. Pelo sim, pelo não, não reeleja.
Número 2: evitem candidatos que usam a profissão como atestadora de competência. Quem já viu as seguintes campanhas: Professor Fulaninho, pela educação. Cabo Sicrano, vai cuidar de sua segurança. Bispo Cifrão, abençoe essa idéia. Político tem que ser administrador – não de profissão, mas de atuação. Busque o passado, ele atuou em sindicatos, condomínios, grupos comunitários? Fez um bom serviço? É esse que se vota.
Número 3: Anote em quem votou. Anote o e-mail do candidato. Se eleito, cobre. Cobre mensalmente. Comente a atuação. Faça marcação em cima das promessas feitas. Ameace divulgar o cara como vigarista. Encha o saco!
E a próxima vez que uma voz se manifestar contra a gritaria lunática da maioria, ouça-a. Ouça bem.
segunda-feira, julho 31, 2006
Semana Decisiva!
Sim, estive fora do ar, passeando em São Paulo com a Alice, totalmente fora do alcance de qualquer computador.
Essa semana é decisiva, cruzem os dedos, façam macumba nas encruzilhadas e torçam. Hoje de manhã, assinei um contrato (que vou manter anônima a empresa, por enquanto), autentiquei ao lado das assinaturas do Philippe (que já haviam sido autenticadas) e mandei via Sedex 10 para o Mr. Ivan, o Terrível. Amanhã, ele pegará um vôo para SP, recolherá as assinaturas do Clemente e irá para a reunião final de negociação. Se tudo der certo, estarei anunciando as datas de lançamento do R ao Contrário, o quinto disco de estúdio da Plebe Rude, só com inéditas!
E ainda, esta semana, a disponibilização da música Voto em Branco no site provisório. O definitivo, só quando sair o CD – estamos preparando coisas boas para vocês.
Essa semana é decisiva, cruzem os dedos, façam macumba nas encruzilhadas e torçam. Hoje de manhã, assinei um contrato (que vou manter anônima a empresa, por enquanto), autentiquei ao lado das assinaturas do Philippe (que já haviam sido autenticadas) e mandei via Sedex 10 para o Mr. Ivan, o Terrível. Amanhã, ele pegará um vôo para SP, recolherá as assinaturas do Clemente e irá para a reunião final de negociação. Se tudo der certo, estarei anunciando as datas de lançamento do R ao Contrário, o quinto disco de estúdio da Plebe Rude, só com inéditas!
E ainda, esta semana, a disponibilização da música Voto em Branco no site provisório. O definitivo, só quando sair o CD – estamos preparando coisas boas para vocês.
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