quarta-feira, abril 19, 2006
Pose na ponte.
Óia nóis na ponte! Fazendo pose de roquenroul! Esse rio é aquele que serve de depósito de lixo para a cidade.
terça-feira, abril 18, 2006
Fazendo sala com Dona Lurdes
Cinema do Vampeta
Em Nazaré das Farinhas funciona o cinema mais antigo em funcionamento da América Latina, cujo propretário é o Vampeta. Olha nós lá! O cara que parece o Sideshow Bob, dos Simpsons, é o nosso iluminador, o iluminado Carlinhos. Os outros dois são plebeus que vieram especialmente para ver a Plebe, abraços! O Txotxa não aparece porque está tirando a foto.
Jorge e eu.
segunda-feira, abril 17, 2006
Nazaré das Farinhas
Quando Txotxa, Philippe e eu chegamos no aeroporto Luís Eduardo Magalhães, em Salvador, a equipe do Rio já estava lá nos esperando. Uma notinha sobre o nome desse aeroporto: tenho certeza que, quando o ACM falecer, os soteropolitanos irão tirar essa homenagem ao filho do cacique e reverter para o nome antigo: 2 de julho. Dois acarajés depois, chega o Clemente, vindo de SP, e partimos de van para Nazaré das Farinhas. O motorista nos informa que a cidade fica a duas horas, se formos de balsa, e três, se pela rodovia. Decidimos pela primeira.
A balsa que atravessa a Baia de Todos os Santos é um espetáculo à parte. Não só pela vista que proporciona ao viajante, mas também pelas figuras que estão a bordo. Do andar que fica no nível do mar, são mais três para cima, e um para baixo. Esse que fica abaixo, nem nos arriscamos a entrar, parecia algo como o trailer do filme O Albergue misturado com aqueles quadros dos navios negreiros que víamos na escola. O que nos chamou a atenção foi que tudo que era consumido a bordo e gerava resíduo, o lixo era jogado no mar. Latas, garrafas, paus de picolés, papel, etc, todo acaba na baia. O Clemente chupou um picolé e ficamos procurando uma lata de lixo. Como não tinha (!!) ele jogou no chão, num cantinho. Logo veio um sujeito e falou: porra, pára de sujar o barco, e tacou tudo na água! Temos muito que evoluir ainda.
Durante a travessia, nos animamos ao encontrarmos uns plebeus indo à Nazaré exclusivamente para ver a Plebe. Muito legal isso, estar viajando junto com o público.
Uma hora depois estávamos na praça pública da cidade, onde está acontecendo a Festa do Caxixis. Um palco montado numa ponta da praça, na outra, uma antiga ferroviária. Decidimos dar uma volta e encontrar o cinema do Vampeta. É o cinema mais antigo da América Latina em funcionamento. No caminho, mais plebeus, que nos acompanharam até o edifício, que estava fechado.
Sei que é clichê, mas quando a gente viaja por esse país reparamos que existem vários Brasis. A realidade de Nazaré das Farinhas é completamente diferente das grandes cidades. O rio que corta a cidade é onde vai parar todo o esgoto e a maioria do lixo. O poder público não se faz notar. Típico. O único contato com o mundo moderno é patrocinado pelo Paraguai e a China na forma de produtos pirateados: Cds, DVDs, óculos e relógios. Incrível como os contraventores são mais organizados que o Estado!
Como não havia hotel ou pousada disponível, ficamos hospedados numa fazenda. A proprietária, Dona Lurdes, nos recebeu muito bem. A sede, com mais de trezentos anos, é típica da época, com casa grande, senzala e engenho. Até fabricam a própria cachaça, chamada Mulata Boa. Dona Lurdes fez questão de fazer sala para quem quisesse ouvir as suas histórias e proporcionou um lanche reforçado de 50 pães, queijo, café, batata doce, bolo de aipim, etc. Valeu!
O show deve ter sido bem diferente dos outros do festival. Primeiro, não éramos axé, nem pop. Segundo, na frente, plebeus estavam dando um show à parte, dançando, fazendo mosh, gritando. Agradecemos a todos pelo incentivo. As centenas restantes de pessoas ficavam olhando como se fossemos uma aberração. Durante Voto em Branco até que se tocaram que a mensagem que tínhamos para transmitir era positiva. O prefeito que não gostou muito, he he he. Acho que ele quer se reeleger.
Terminando o show, direto para a van para enfrentar três horas de viagem até o aeroporto de Salvador. 24 horas depois de sair de Brasília, estávamos em casa novamente. Rock n roll!
PS – Fotos serão postadas ao longo da semana.
A balsa que atravessa a Baia de Todos os Santos é um espetáculo à parte. Não só pela vista que proporciona ao viajante, mas também pelas figuras que estão a bordo. Do andar que fica no nível do mar, são mais três para cima, e um para baixo. Esse que fica abaixo, nem nos arriscamos a entrar, parecia algo como o trailer do filme O Albergue misturado com aqueles quadros dos navios negreiros que víamos na escola. O que nos chamou a atenção foi que tudo que era consumido a bordo e gerava resíduo, o lixo era jogado no mar. Latas, garrafas, paus de picolés, papel, etc, todo acaba na baia. O Clemente chupou um picolé e ficamos procurando uma lata de lixo. Como não tinha (!!) ele jogou no chão, num cantinho. Logo veio um sujeito e falou: porra, pára de sujar o barco, e tacou tudo na água! Temos muito que evoluir ainda.
Durante a travessia, nos animamos ao encontrarmos uns plebeus indo à Nazaré exclusivamente para ver a Plebe. Muito legal isso, estar viajando junto com o público.
Uma hora depois estávamos na praça pública da cidade, onde está acontecendo a Festa do Caxixis. Um palco montado numa ponta da praça, na outra, uma antiga ferroviária. Decidimos dar uma volta e encontrar o cinema do Vampeta. É o cinema mais antigo da América Latina em funcionamento. No caminho, mais plebeus, que nos acompanharam até o edifício, que estava fechado.
Sei que é clichê, mas quando a gente viaja por esse país reparamos que existem vários Brasis. A realidade de Nazaré das Farinhas é completamente diferente das grandes cidades. O rio que corta a cidade é onde vai parar todo o esgoto e a maioria do lixo. O poder público não se faz notar. Típico. O único contato com o mundo moderno é patrocinado pelo Paraguai e a China na forma de produtos pirateados: Cds, DVDs, óculos e relógios. Incrível como os contraventores são mais organizados que o Estado!
Como não havia hotel ou pousada disponível, ficamos hospedados numa fazenda. A proprietária, Dona Lurdes, nos recebeu muito bem. A sede, com mais de trezentos anos, é típica da época, com casa grande, senzala e engenho. Até fabricam a própria cachaça, chamada Mulata Boa. Dona Lurdes fez questão de fazer sala para quem quisesse ouvir as suas histórias e proporcionou um lanche reforçado de 50 pães, queijo, café, batata doce, bolo de aipim, etc. Valeu!
O show deve ter sido bem diferente dos outros do festival. Primeiro, não éramos axé, nem pop. Segundo, na frente, plebeus estavam dando um show à parte, dançando, fazendo mosh, gritando. Agradecemos a todos pelo incentivo. As centenas restantes de pessoas ficavam olhando como se fossemos uma aberração. Durante Voto em Branco até que se tocaram que a mensagem que tínhamos para transmitir era positiva. O prefeito que não gostou muito, he he he. Acho que ele quer se reeleger.
Terminando o show, direto para a van para enfrentar três horas de viagem até o aeroporto de Salvador. 24 horas depois de sair de Brasília, estávamos em casa novamente. Rock n roll!
PS – Fotos serão postadas ao longo da semana.
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