sexta-feira, março 23, 2007

Todos os links, num só lugar!




Para você que está chegando agora, todos os links disponibilizados nesse blog estão num só lugar: a página da Plebe Rude no My Space. Então, tá esperando o quê? Vamos ver o que mais terei pela frente na semana que vem.

Para aqueles que estão em São Paulo, não percam o The Evens, banda do Ian McKay, ex-Minor Threat, Embrace e Fugazi, no Sesc Vila Mariana. Quem for, por favor me mande um recado contando. Isso que dá raiva de morar nesse Planalto Central, só vem para cá Asa de Águia e Chiclete com Banana! E lota! Arg!

Para aqueles que iam ver a Peach, fiquem em casa, foi cancelada a turnê, por isso sem shows em SP e RJ. Mas aqui, em Brasília foi confirmado, vai rolar axé. Urg!

No mais, um bom fim-de-semana para todos!

Sesc Pompéia - Nov 2007 - Parte 1


Demorei porque o Rapidshare sempre caía, mas aí vai, a segunda parte do show no Sesc Pompéia.

Parte 2.

quarta-feira, março 21, 2007

No Meio de um Mar de Plebeus.



Recebi essas fotos do Luís Gustavo, lá de Nazaré das Farinhas. São excelentes fotos, que capturaram bem o momento de nossa saída do camarim, para entrar na van que nos levaria para a fazenda onde estávamos hospedados. Esse foi outro show memorável dessa nova fase, tocando em um lugar onde nunca imaginei que fossemos. Valeu pelas fotos, Luís!

Sesc Pompéia - Novembro de 2006

Agora vamos voltar ao presente, porque quem vive de recordações, parou no tempo. Eu prefiro viver de sonhos, olhando para o futuro. Ou melhor, fazer que nem esse blog e estar no passado-presente-futuro simultaneamente. O show disponibilizando desta vez foi um dos melhores que fizemos com a nova formação, no Sesc Pompéia, no dia 25 de novembro de 2006. A apresentação é o exemplo clássico da troca de energia entre a Plebe e o público. Foi emocionante ver cantarem com garra igualmente as novas como as velhas músicas. Se tudo der certo, quero começar a gravar todos os shows e botar para baixar em seguida. No bis, um Should I Stay or Should I Go, com Redson e Ronaldo Inocentes. Divirtam-se.

Devido ao tamanho dos arquivos e a limitação do Rapidshare, a apresentação foi dividida em duas partes:

Parte 1
Parte 2

terça-feira, março 20, 2007

1985 - Ultraje Não Invade Nossa Praia

O ano era 1985 e a cena em Brasília fervia. Plebe Rude, Legião Urbana, Escola de Escândalos, Elite Sofisticada faziam o som não só da tchurma, mas de todos os jovens brasilienses que, tendo em vista a história da cidade, pela primeira vez, tinham um marco cultural com o qual podem se identificar e se orgulhar: o rock de Brasília. Eram tempos incríveis, não havia MTV, nem rádio em rede para pasteurizar as cenas das cidades, que, por isso mesmo voltavam seus interesses musicais para a produção local. Não havia como ignorar a cena. Apesar de ninguém ter disco gravado, todos conheciam as principais musicas, iam para os shows, cantavam juntos, se divertiam.

Nesse contexto, era impossível para um contratante que realizava um show não considerar incluir na programação pelo menos uma das bandas locais. Assim, o Legião, ainda desconhecido, abriu para o Kid Abelha, que estava no auge. E foi pau a pau, de igual para igual. E foi dessa forma que a Plebe e a Legião abriram o show do estouradão Ultraje a Rigor no Ginásio de Esportes de Brasília. Foi um evento memorável para o rock-Br. O Ultraje mandando bem, a Legião prestes a ser contratada e a Plebe, batalhando pelo seu espaço. Foi nesse show que vimos que éramos tão bom, ou até melhor, que nossos camaradas paulistas, cariocas ou de onde quer que venham.

O legal desse show que disponibilizo aqui é a garra demonstrada pelas bandas brasilienses. O Philippe, Jander e Renato estão no seu pico de juventude entediada, querendo mostrar que são capazes de mais do que prestar um concurso púbico e mofar nos anais da burocracia estatal. São diamantes brutos pronto para serem lapidados – eta clichê!

A recordação mais forte desse show foi tocar para um ginásio lotado, pessoas realmente curtindo a prata da casa e o sabão que tinha usado para arrepiar meu cabelo derretendo e caindo no meu olho como lava quente. Ardeu, mas agüentei até o fim. O Ultraje veio invadir nossa praia, mas acabou comendo areia, há há há.

domingo, março 18, 2007

Chá das Cinco - 1988 - Plebe e Zero

Havia uma época em que as rádios ousavam e a Transamérica era uma as que saia na frente na busca de um diferencial. Para tanto criou um programa chamado Chá das Cinco, que era a transmissão ao vivo de bandas tocando no estúdio da estação. Era um risco e tanto que assumiam, pois vários riscos estavam em jogo. Por exemplo, a banda poderia ser ruim, o que iria afastar a audiência para os concorrentes. Alguém poderia falar um palavrão ou qualquer outra ofensa que geraria uma multa à rádio. Mas mesmo assim seguiram em frente com o projeto. Hoje em dia, não vejo uma estação comercial dando um espaço desses para artistas em ascensão.

Somos muito gratos à Transamérica, pois fomos escolhidos para fazer o primeiro Chá das Cinco, junto com os Paralamas, do qual foi retirado a versão entendida de Proteção, que acabou estourando a música.

O programa que estou disponibilizando aqui é um Chá das Cinco que fizemos com o Zero e o Finis Africae. Aconteceu assim: o local do encontro era a sede da EMI, em Botafogo, Rio de Janeiro. De lá sairíamos de táxi para a Transamérica. Como chegamos cedo, começamos a explorar o prédio. Entrei no escritório de um dos diretores, junto com o guitarrista do Zero, o Edu, e descobrimos ouro! Ouro líquido, para ser mais exato, uma garrafa de J. Walker Red dentro de uma gaveta. Não tivemos dúvida e secamo-la no ato. Não foi uma decisão muito esperta.

Claro que o álcool subiu direto ao cérebro e chegamos na estação de rádio já pensando torto. Não que isso comprometesse a execução das músicas, pois, afinal, somos roqueiros, há há há. Sei que teve uma hora que me perdi nos corredores da Transamérica, não sabia voltar ao estúdio. De repente, me deparo com uma central telefônica cheia de botões. Apertei todos enquanto gritava no transmissor: “emergência, emergência no estúdio, rápido, rápido!” Sei que quando consegui voltar ao local mais da metade dos funcionários da rádio estavam lá querendo saber onde estava a tal emergência!

Outro fato gozado que merece comentar. Quando o Zero foi tocar agora eu sei, pediram para o Philippe fazer o papel do Paulo Ricardo, que, na música original, cantava “o que isso me trás de dor.” Só que o sacana cantou “e isso atrás que dor!” O Guilherme Isnard não ficou nada satisfeito.

Ouçam aqui, Plebe e Zero e Finis no Chá das Cinco, em 1998.