sexta-feira, abril 25, 2008

Fotos de Divulgação do R ao Contrário

Plebe Rude
Mais um álbum criado no Flickr da Plebe Rude. Tratam-se de fotos tiradas pelo Niclau El-mor em uma estação de metrô abandonada (foi construída, mas nunca utilizada, nem acabada) em Brasília. Esses cliques foram utilizados na divulgação do CD R ao Contrário no ano de 2007. Achei interessante compartilhá-las com vocês.
Bom fim-de-semana e cuidado com padres loucos voando pelos céus presos em balões.

quinta-feira, abril 24, 2008

60 mil bloggadas!

Quando comecei esse blog, a intenção era dar uma visão mais pessoal do que acontece no universo Plebe Rude, desabafar algumas indignações sobre esse mundeco no qual vivemos e seus habitantes e, também, divulgar alguns textos que escrevo a cada eclipse lunar. Consegui fazer bem, na minha avaliação, os primeiros dois objetivos, tenho que publicar mais contos.

Informo, com muita alegria, que ultrapassamos os 60 mil hits! Essa marca me deixa muito feliz, o objetivo é zerar o contador aos 100 mil, que espero que aconteca este ano ainda. Esse é o 778º posto, será que tem alguém além de mim que leu todos?, ha ha ha ha ha.....

Sempre procurando melhorar, um abraço para todos e espero muito mais para o futuro.

quarta-feira, abril 23, 2008

A Era dos Extremos vs. o Fim da História

A festa dos 48 anos de Brasília me lembrou de uma frase que li no livro A Era dos Extremos, do historiador marxista Eric Hobsbawn. O livro trata da história do século XX e, na observação do autor, a maioria dos jovens crescem numa espécie de presente contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado. Com isso, quis dizer que não há espaço intelectual para entender o porquê da situação atual, nem com um mínimo de planejamento para tentar mudar o futuro, mesmo que seja num microcosmo de sua própria vida.

Assim que me juntei às centenas de milhares de pessoas na esplanada me ocorreu ser muito verdade essa observação. Uma cidade com pouco menos de meio século já abriga uma população que se esqueceu as razões da capital ser onde é, de sua história, do golpe de ’64, dos anos de chumbo, da abertura, de tudo que levou a essa gente estar onde está hoje. É muito pouco tempo para esquecer um passado tão recente. Hoje se divertem na festa do Arruda. Amanhã será menos que lembranças, pois estarão pulando em águas fétidas de outra festa popular, promovido por outro governante.

Uma grande prova disso é o show do Capital Inicial, que também tem uma história de batalhas e lutas quase desconhecidas pela claque que juntavas as mãos no ar e vibrava a cada “cara” pronunciada pelo Dinho. Músicas que eu nunca havia ouvido antes eram cantadas por um milhão de vozes. Tudo bem, não ouço rádio, não vejo canal aberto, não leio Contigo. Não faço parte do público alvo da banda, mas isso não é estranho, chegar ao sucesso exluíndo do processo seus próprios pares (não eu pessoalmente, mas os que batalharam e lutaram lado a lado para estabelecer esse rock-Br)? Para uma noite tão especial, senti falta de mais material próprio, de citações do passado, não para relembrar os “bons velhos anos”, mas para dar o aval de estarem onde estão. Tirando Fátima e Veraneio Vascaína, não sabia a letra de nenhuma outra música deles.

Teve uma hora que o Dinho descreveu a sua visão de cima do palco do Congresso Nacional, dizendo ser um prédio muito pequeno, do tamanho dos homens que lá trabalham. Completou dizendo que não mereciam representar quem estava lá assistindo o Capital. Esqueceu ele que essas mesmas pessoas que o aplaudiam, eram as que colocaram os deputados e senadores lá no Congresso.

Cesar já sacava que o povo quer mesmo pane et circus.

PS – Não interpretar o texto acima como uma crítica à banda. Eles surfam o mar conforme as ondas permitam. A leitura é num contexto bem maior, usando o rock somente como referência. O show foi majestoso.

terça-feira, abril 22, 2008

Brasília - 48 anos

21 abril - Niver BSB
Ontem foi aniversário de Brasília. Impressionante quando se percebe que a capital federal tem somente 48 anos e o quanto se desenvolveu. Duvido que quaisquer dos brilhantes arquitetos, urbanistas e palpiteiros em 1960 conseguissem prever um crescimento desse porte aqui, no meio do Planalto Central.

Como ocorre em todo aniversário de Brasília, a Esplanada dos Ministérios é fechada para as comemorações. O Arruda não poupou energia e planejamento e ofereceu aos brasilienses uma festa e tanto. Liberou o metrô, possibilitando a vinda de uma manada de pessoas. Estima-se um número perto de um milhão de pessoas passaram pelo local.

Estive lá das 14 às 22 horas. Primeiro, fui levar a Ana para ver a Esquadrilha da Fumaça, que sempre me surpreende. Muita gente, uma multidão digna das metrópoles da China. Estivemos na praça do Museu da República, aquele em forma da casa dos Teletubbies. O Niemeyer projeto três lagoas circulares, que estão cheias de água fétida e suja. Claro que os tanques pareciam o Rio Gandhi, cheio de crianças nadando de cuecas. Sem nenhum banheiro por perto, duvido que saíssem para fazer suas necessidades. Consigo prever que vários irão contrair doenças até o fim do mês.

Observei os que me cercavam, a maioria, 99%, pessoas das classes C e D que vieram das cidades satélites. Interessante notar que realmente houve distribuição de renda no governo Lula (ou talvez desde o governo FHC). Todos tinham dinheiro para gastar em cervejas (vendidas ilegalmente dos porta-malas dos carros), picolés, CDs e outras coisas que estavam sendo vendidas. No entanto, educação zero. Mesmo com lixos presentes, tudo quanto era lata, garrafa e papel tinham um único destino: o chão. Lá pelas 16 horas, quando começou o Streetball, a Esplanada parecia uma grande depósito.

Outra percepção, agora que têm o que comer, comem, sem preocupação nenhuma com alimentação. O que se vê de buchos de fora incomoda. Imagem aquelas funkeiras, calça apertadinha, justinha, camisa levantada e o barrigão mostrando alegremente um piercing de latão pendurado do umbigo. Bem que o IBGE alertou, a obesidade é um risco à nossa população.

De noite, o show de gravação do DVD do Capital Inicial. Fazem um pop competente e é confortante saber que conseguiram a notoriedade que têm. Tem umas fotos nesse link, vejam como foi. Até o Arruda estava lá, de verde, claro, aprovando tudo. Dinho foi um anfitrião de primeira, mesmo não parando de falar “cara”. É sua marca registrada – além do piercing no umbigo, claro. Foi legal ver meu amigo do peito, Fê, tocando com tudo. Foi o melhor da banda, na minha opinião. Detestei aquela boneca da Natasha, parecendo mais uma dançarina do Tchã do que a roqueira retratada na letra.

Bom, não vamos falar de letras......... que venha o DVD, que incluirá Geração Coca-Cola, Que País é Esse, Mulher de Fases, Primeiros Erros, outra da Legião, além, claro, dos hits do Capital.

Desaparecimento

Não o blog não está abandonado. Tem coisas que acontecem em nossas vidas que exigem que toda nossa atenção mental e emocional fiquem focadas. Isso aconteceu comigo. Na segunda passada, meu pai foi internado na UTI, primeiro com pneumonia, desenvolvendo depois um choque séptico. Não tinha motivação para outra atividade a não ser torcer pela sua melhora e ficar com a família.

A boa notícia é que já melhorou. Ainda está em estado grave, mas sua melhora é lenta e significativa. Agradeço todos os votos de solidariedade recebidos.