Amanhã, sexta-feira, dia 19 de setembro, tem Plebe Rude no III Festival Se Rasgum, em Belém do Pará. Philippe Seabra volta às origens. Para quem não sabe, o lado maternal de sua família é de lá. A última e única vez que tocamos lá foi no Ginásio Superior de Educação Físics, em 1986. À época, tocamos com o Kiko Zambianchi, e me lembro que a acústica era péssima, o hotel maravilhoso e o público muito bom.
Leiam a entrevista no jornal O Liberal aqui.
quinta-feira, setembro 18, 2008
quarta-feira, setembro 17, 2008
Tasarac no Roxy!
É comum gestores e pessoas antenadas no comportamento da sociedade falar que estamos passando por uma tesarac. O que vem a ser isso? É um período de quebra generalizada de paradigmas. Durante esse período, a sociedade se torna caótica e confusa, para depois se reorganizar. Disso, nascem novos paradigmas e novos valores. (Nota do autor, tesarac também é um excelente nome para um disco!).
Acho que a melhor tesarac que a música já passou foi em 1977, em Londres. Lá o punk foi um divisor de águas, um desmontador de paradigmas, cujos efeitos assistimos até hoje. Um dos principais atores nesse cenário foi o rasta Don Letts, que, entre outras coisas, registrou os primeiro dias com sua câmera, recebia os jovens punks em sua casa (que virou point) e era DJ do Roxy Club, onde foi gravado o (in)famoso Live at the Roxy, com Wire, X-Ray Specs, Buzzcocks, entre outros.
E o que tocava no Roxy? Regae! Isso memso. Os alfinetados pogavam para as bandas punks e, no intervalo, dançavam para o doce som jamaicano. Pois o Don Letts, que já lançou um documentário sobre o punk que é essencial, lança agora um disco chamado Dread Meets Punk Rockers Uptown. Eu sempre tentei imaginar que tipo de reggae o Don tocava nesse início de tesarac punk. Agora eu sei: muito dub, muito politizado, muito diferente. Certamente as sementes para o pós-punk foram plantadas então.
No vídeo, uma entrevista com o dono do Roxy. Também, cenas do Roxy do filme do Don Letts, com Slaughter & the Dogs e o Eater.
terça-feira, setembro 16, 2008
Wright se une ao Syd.
Nunca poderia admitir isso no auge dos meus anos punks (1977 a 1980), mas gosto muito do Pink Floyd no seu início. Gosto do experimentalismo e ouço, até hoje, com freqüência, o Saucerful of Secrets. Não sou muito fã dos discos mais recentes, mas respeito. Inclusive, outro grande punk, o Captain Sensible, do Damned, é fã incondicional do Floyd, trazendo o baterista, Nick Mason, para produzir o segundo disco, Music for Pleasure. Isso em 1978!!!
Por isso, hoje acendo uma vela para o Richard Wright, tecladista do Pink Floyd, que faleceu ontem, vítima de câncer. O Cazuza estava errado! Meus heróis não estão morrendo de overdose, estão morrendo de velhice. Mostra o quão overrated era esse poeta (?) carioca.
Wright e eu temos em comum que nos formamos em arquitetura e somos autodidatas musicalmente. RIP!
Agora minha banda favorita no céu é: Keith Moon (batera), Johnny Ramone (guitarra base), Joe Strummer (vocais), Syd Barret (guitarra solo) e Richard Wright nos teclados.
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