sexta-feira, janeiro 02, 2009

Feliz 2009!

Com vocês, pra começar bem o ano, um video de Até quando esperar Plebe Rude com o Rogério Siqueiros improvisando no violão. Achamos isso na rede e estamos compartilhando, acho uma boa trilha para iniciar 2009.

Paz, sabedoria, paciência e compreensão para todos.

Alegria e sacanagem também!

terça-feira, dezembro 30, 2008

Philippe e Opala, 40 anos de história.


Há quarenta anos atrás, a GM lançava o Opala no Brasil. Lendo essa notícia, me veio o flashback da época que o Philippe, no auge dos seus 14 anos, rodava as ruas semi-iluminadas do Plano Piloto no Opalão branco de sua família. Fazia isso atrás do volante, com o som no máximo tocando Carpetts ou XTC ou Van Halen (urg!), com uma garrafa de Sangue de Boi gelada. Geralmente era a fonte de carona para todo o pessoal da tchurma que morava na Asa Norte ou Lago Norte. E isso ele explorava bem, geralmente com a frase: “com a chave na mão, ninguém lhe diz não”!

Imagine só, fim de noite no Gilbertinho, 1984. Lá pelas tantas da madrugada, o Philippe decidia voltar para casa. Era a chance dos nortistas conseguirem dormir em casa (em Brasília, não existe transporte público). O Opala branco saia lotado. O Philippe no volante, geralmente o Bernardo (Escola de Escândalos) no banco do co-piloto, Loro (Capital), Geraldo (Escola), Rogério (Elite Sofisticada), entre outros enfiados onde dava. Já vi o carro com quatro pessoas na frente e uns seis atrás.

Para descer nas respectivas paradas, o caronista tinha que rezar um mantra: “eu sou um carro de bombeiro, todo vermelho, com vinte homens trepados em cima, gritando píru-píru-píru”. O Philippe era sádico, enquanto a pessoa não se humilhava entoando o mantra, o carro não parava. Teve uma vez que o Rogério salto do carro em movimento, se recusando a recitar esse simples poema.

O Opala era também uma festa móvel. Quando não existia programa, íamos para a beira do Lago Paranoá (naquela época, inabitado e sem invasão pelos bacanas do Lago Sul), colocávamos o som no máximo, abríamos umas garrafas de vinho e era a tchurma se socializando no máximo.

Eu, com meu TL branco, era outra fonte de carona, mas não ficava até tardão, geralmente porque namorava e seguia o lema de que dois é bom, três é demais e uma galera é derrota total.

Hoje, o Philippe não dirige mais. As ruas estão mais seguras, mas menos divertidas.