Sem que eu me desse conta, colocaram no ar Voto em Branco. Está no site, www.pleberude.com.br. Não é uma música nova, foi feita a duas décadas, quando ainda estávamos domando os nossos instrumentos. Quatro acordes, refrão fácil. Punk rock da época, vintage. Foi muito legal a ter gravado. Na primeira parte, na metade porrada, o baterista é o Fê Lemos, do Capital. No improviso final, o Txotxa. Essa parte final a gente fazia nos shows, sempre falando sobre uma coisa ou outra que evoluia para o refrão final. Como disse, não é característico do som da Plebe, a gente até cogitou em incluí-la no CD como faixa secreta. Mas foi muito divertido a ter gravado.
Daqui a pouco, no sabadão de tarde, num ponto de metrô da asa sul, estaremos tirando fotos para a revista que trará o CD e para divulgação. Domingo, a gravação do clipe. Na segunda, entrevista para a Bizz. Na quinta, viagem para Vitória da Conquista, via SP, Ilhéus e, de ônibus, para o local do festival. O show será na sexta, com provável participação do Jander (se ele topar).
Começou, galera!
sábado, agosto 12, 2006
sexta-feira, agosto 11, 2006
Sasha sem graxa!
Hoje, antes de embarcar para o Rio a trabalho, passei na banca e vi a nova Caras, com a Sasha na capa. Meu deu pena. A manchete dizia que a menina segue os passos da mãe. Tá na cara – e na Caras – que vai ser o maior fracasso. É isso que a Xuxa quer para a filha, que seja uma Xuxa II, sem personalidade, burra, mal informada, protegida do mundo por trás de grades, seguranças e mistério? Sabe aquele presidente da Sony (esqueci o nome), o todo poderoso da organização? Ele deixou para o filho somente uma educação bem dada, nada mais. Nem um empreguinho na Sony. O garoto se virou e hoje é também um empresário de sucesso. Já a Sasha vai se servir de todas as regalias globais da mãe, assim como favores e outros quem-indiques para tentar seguir os tais passos da mãe.
Daqui uns anos a vejo drogada, revoltada, sem entender como o mundo não se abriu para ela. Vai tentar viver o sonha da mãe e se dar mal. Milhões serão gastos em analistas e outros tantos em drogas pesadas. Talvez comece a andar com uns malfeitores aproveitadores de sua fragilidade, sua necessidade por atenção. Ao quebrar o coração pela enésima vez, não confiará em mais ninguém, se isolando na mansão Xuxa, tendo um fim parecido com o do Hugh Hefner. Tomara que não, mas foi a visão que a foto me trouxe.
O Brasil é o país dos filhos-que-seguem-os-pais. Vide a família Sarney. O que é aquele Sarneyzinho? E a bruxa-do-mal da filha? E o tal Tarcizinho, o que aconteceu com esse charlatão? Alguém lembra do filho do Pelé? Não tá atrás das grades? O fodão da Sony é que tava certo!
quinta-feira, agosto 10, 2006
Gravação do Novo Clipe
Nesse domingo, entre 6 da manhã e às 10, a Plebe estará gravando o clipe da música O Que Se Faz em algum ponto turístico da cidade. Mistério, mistério! Quem fará o clipe é o José Eduardo Belmonte, o mesmo que fez o de Luzes e aquele ao vivo de Até Quando Esperar. Para mais referências sobre o diretor, checar nos cinemas o filme Concpeção, que está em exibição. Reparem no filme que tem duas músicas plebeias. A primeira é Seu Jogo, do concreto. A segunda é Samba Inferno, uma música que fiz no meu computador, foi gravada pelo Acácio, o Sapo, e cantada pela Luanna. Espero postar no blog fotos da gravação na segunda.
quarta-feira, agosto 09, 2006
Misture o Caldeirão!
Quando em São Paulo, na semana retrasada, levei a Alice para conhecer o Museu da Língua Portuguesa, lá na Estação da Luz. Fui meio reticencioso, pois achava que dentro da bela obra de reforma que abriga as exposições encontraria um discurso sobre a preservação da língua portuguesa, uma defesa de nosso idioma contra incorporações de palavras estrangeiras. Essa atitude nacionalista burra se ouve muito nas universidades, sindicatos e velhos de direita. Vamos acabar com todo estrangeirismo em nossa língua- partia!, berram. E depois vão curtir um futebol, gritam gol, tomam chá marrom, acendem o abajur, ligam a TV para ver um documentário sobre avalanches, fazem um milkshake, assistem ao noticiário, tomam um chope e, sem reparar, usam um monte de expressões e palavras não natas ao idioma brasileiro.
O que encontrei lá foi exatamente o contrário. Logo no primeiro salão, um monte de computadores carregados com palavras que usamos vindas dos imigrantes europeus, dos escravos africanos e dos índios. Também, dos árabes e dos orientais. Que fantástico ter um idioma em mutação, que incorpora expressões novas, as adapta à cultura local e enriquece nosso dia-a-dia. Parabéns para todos que fizeram o museu, saí satisfeito.
Acredito muito na miscigenação, seja de idiomas, raças ou culturas. O que seria da bossa-nova sem o jazz? O que seria do jazz sem a música escrava? O que seria dos EUA sem os imigrantes? O que seria do futebol europeu sem os jogadores estrangeiros? Me digam sinceramente, a mulata não é a mulher mais gostosa do planeta? Produto de mistura de raças. Misturar só enriquece. Até o Bush tá atendo a isso, indo contra o congresso ianque no sentido de liberar as fronteiras para os imigrantes mexicanos. A cultura agradece o choque dos povos.
Já viram um vira-lata? Como é resistente a doenças, é safo e esperto? Miscigenação em ação, meus amigos. Fiquem com suas raças-puras, eu quero é me enfiar no caldeirão e fazer parte do denominador comum. Fiquem com suas proibições, seus nacionalismos baratos, eu quero é abraçar o mundo, abolir as fronteiras, comprar e vender de quem e para quem eu quiser! E quero poder usar a expressão que mais ilustre o que quero falar, seja ela do gueto, do nobre português ou um estrangeirismo qualquer. Quero beber de todas as fontes, sofrer todas as influências.
Só para terminar o papo, sabem quais os últimos dois políticos que tentaram purificar seus respectivos idiomas, por meio de torturas, leis, decretos e terrorismo cultural? Mussolini, nos anos 40 na Itália, e Mahmoud Ahmadinejad, aquele louquinho que ocupa a presidência do Irã. E o gozado é que o cara só usa terno e gravata! Quer dizer que falar como um infiel não pode, mas se vestir igual a um é legal?
See you later, alligator!
segunda-feira, agosto 07, 2006
O Maestro falou, tá falado!
Quem leu o editorial do Correio Braziliense de domingo, deve ter se deparado com artigo escrito pelo Maestro da UnB, professor titular de música, Jorge Antunes, sob o título de “Cem Anos de Perdão para os Piratas.”
O maestro trás a tona a mesma preocupação já emitida neste blog, de que a indústria fonográfica está cada vez mais voraz, se utilizando do jabá para garantir o mercado e expulsar os independentes. O artigo começa mostrando como a fusão entre Sony e BMG e a anunciada entre EMI e Warner estão a um passo de criar um monopólio cultural sobre a música que pode ameaçar toda a criação independente e autônoma. Eles estaria com toda a fabricação, distribuição e divulgação na mão. De acordo com o professor: “a gravação sonora vem se revelando, cada vez mais, meio de enriquecimento desenfreado de grupos financeiros que controlam e comandam o planeta Terra.” Muito grave, muito assustador.
Fiquei feliz com a opinião de alguém do gabarito de Jorge Antunes. A preocupação de que essas ações são muito nocivas a cultura nacional (e internacional) é muito válida. Ele se preocupa que o Estado nada está fazendo, nem para regular o jabá, nem para cuidar das fusões monopolistas. A única coisa que o governo faz é perseguir piratas, jogando a culpa nos músicos, dizendo que eles não vão receber seus direitos. Quer saber, o músico tá cagando! Ele é o menos prejudicado. Ao combater a pirataria, do jeito que está sendo feito, o Estado está fazendo o jogo das multinacionais.
O maestro termina o artigo dizendo que os piratas devem ser perdoados, pois ladrão que rouba de ladrão tem 100 anos de perdão. Assino embaixo!
O maestro trás a tona a mesma preocupação já emitida neste blog, de que a indústria fonográfica está cada vez mais voraz, se utilizando do jabá para garantir o mercado e expulsar os independentes. O artigo começa mostrando como a fusão entre Sony e BMG e a anunciada entre EMI e Warner estão a um passo de criar um monopólio cultural sobre a música que pode ameaçar toda a criação independente e autônoma. Eles estaria com toda a fabricação, distribuição e divulgação na mão. De acordo com o professor: “a gravação sonora vem se revelando, cada vez mais, meio de enriquecimento desenfreado de grupos financeiros que controlam e comandam o planeta Terra.” Muito grave, muito assustador.
Fiquei feliz com a opinião de alguém do gabarito de Jorge Antunes. A preocupação de que essas ações são muito nocivas a cultura nacional (e internacional) é muito válida. Ele se preocupa que o Estado nada está fazendo, nem para regular o jabá, nem para cuidar das fusões monopolistas. A única coisa que o governo faz é perseguir piratas, jogando a culpa nos músicos, dizendo que eles não vão receber seus direitos. Quer saber, o músico tá cagando! Ele é o menos prejudicado. Ao combater a pirataria, do jeito que está sendo feito, o Estado está fazendo o jogo das multinacionais.
O maestro termina o artigo dizendo que os piratas devem ser perdoados, pois ladrão que rouba de ladrão tem 100 anos de perdão. Assino embaixo!
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