Finalmente aparece no You Tube o vídeo do O Que Se Faz, dirigido pelo brilhante (e lunático) José Eduardo Belmonte. Adorei a abordagem que ele dá á letra, despolitizando-a e dando um cunho mais emocional.
sexta-feira, julho 04, 2008
quinta-feira, julho 03, 2008
Salve Plebe!
Ontem à noite, no estúdio Jam, do ex-Dungeon Alexandre Parente, o Salve Jorge e a Plebe Rude fizeram um ensaio do que será o nosso jam no Festival de Inverno, sábado, dia 5 de julho. Ensaiar jam é a mesma coisa que trazer discurso de improviso datilografado, mas o que importa é o resultado. Garanto, será um show único, muito legal mesmo. Cheguem cedo, pois seremos os primeiros.
Já tem no nosso Flickr um álbum do ensaio. A foto, acima, é um painel, cliquem para abrir e apreciá-la em sua totalidade. Trata-se de quatro fotos que foram emendadas pelo H.E.L., meu computador. 2001 não tinha o H.A.L.? Pois eu tenho o H.E.L.
Lembrança para todos: HOJE TEM O MAKING OF DO CONCRETO JÁ RACHOU NA MTV!
quarta-feira, julho 02, 2008
Virada Cultural SP - 2007
Um dos shows mais emocionantes do ano passado foi o da Virada Cultural em São Paulo. No mesmo dia, Cólera, Inocentes, Ratos, Garotos Podres e Plebe. Achavam que ia dar porrada, foi tudo em paz. Já, na noite anterior, Racionais e Eduardo Suplicy apanharam da polícia. Punk = paz e respeito! Vejam as fotos aqui.
terça-feira, julho 01, 2008
Eu bebo sim, mas não dirijo, tem gente que dirige e está morrendo.
Eu ia postar outro álbum da Plebe, mas isso pode esperar. Estou adorando a discussão em torno da lei que tenta coibir a direção alcoolizada. Apesar da derrapagem final, de alto nível e boa argumentação. Gostaria de colocar outras considerações, totalmente enviesadas com minhas opiniões pessoais.
1. Porque proibir a direção sob efeito da bebida? Por que causa mortes, geralmente dos que não estão embriagados, de inocentes. Mortes desestruturam famílias. Também causam danos ao erário público, que tem que pagar por conseqüentes danos ao bem público, desviando recursos que seriam melhore utilizados em outro programas.
2. Se dirigir, não beba. Se beber não dirija. O resto todo deveria estar liberado. Se há o mínimo risco de alguém beber (entenda também fumar, cheirar, tomar bala, ácido, zé gotinha, LSD ou qualquer outro entorpecente) e causar danos a outros, que não o faça. Já que não temos o bom senso de fazer isso por nós próprios, que venha uma lei e o faça.
3. Diversão boa mesmo é aquela que fazemos sem risco aos outros. Riscos a nossa própria pessoa, tudo bem. Queimem seus neurônios, criem fungos nos pulmões, torrem seus cérebros – afinal, o corpo é seu e nenhum governo, religião ou pessoa deveria te proibir. Agora, respeito o próximo.
4. Gostei da argumentação da educação. Sempre a exigimos, mas quando é dada, reclamamos.
5. Não tem essa de aumentar a tolerância. Isso é argumento típico herdado culturalmente de nossos colonizadores. Já quando do primeiro plantador de cana em solo brasileiro, foi aberta uma exceção para que a coroa portuguesa arcasse com os prejuízos. Sempre queremos ser enquadrados na exceção, desde que os outros sigam a regra. O Brasil é considerado como um país com leis excelentes que não são respeitadas, nem enforcadas. Um político já disse que as leis brasileiras são que nem teias de aranha, só pegam os insetos pequenos, os grandes a furam.
6. Gosto de beber. Sigo a máxima do Ian McCulloch que uma bebedeira por mês exorciza os diabos internos. Também os japoneses acham que os bêbados estão sendo visitados por deuses. No entanto, esses deuses não tem carteira de motorista.
1. Porque proibir a direção sob efeito da bebida? Por que causa mortes, geralmente dos que não estão embriagados, de inocentes. Mortes desestruturam famílias. Também causam danos ao erário público, que tem que pagar por conseqüentes danos ao bem público, desviando recursos que seriam melhore utilizados em outro programas.
2. Se dirigir, não beba. Se beber não dirija. O resto todo deveria estar liberado. Se há o mínimo risco de alguém beber (entenda também fumar, cheirar, tomar bala, ácido, zé gotinha, LSD ou qualquer outro entorpecente) e causar danos a outros, que não o faça. Já que não temos o bom senso de fazer isso por nós próprios, que venha uma lei e o faça.
3. Diversão boa mesmo é aquela que fazemos sem risco aos outros. Riscos a nossa própria pessoa, tudo bem. Queimem seus neurônios, criem fungos nos pulmões, torrem seus cérebros – afinal, o corpo é seu e nenhum governo, religião ou pessoa deveria te proibir. Agora, respeito o próximo.
4. Gostei da argumentação da educação. Sempre a exigimos, mas quando é dada, reclamamos.
5. Não tem essa de aumentar a tolerância. Isso é argumento típico herdado culturalmente de nossos colonizadores. Já quando do primeiro plantador de cana em solo brasileiro, foi aberta uma exceção para que a coroa portuguesa arcasse com os prejuízos. Sempre queremos ser enquadrados na exceção, desde que os outros sigam a regra. O Brasil é considerado como um país com leis excelentes que não são respeitadas, nem enforcadas. Um político já disse que as leis brasileiras são que nem teias de aranha, só pegam os insetos pequenos, os grandes a furam.
6. Gosto de beber. Sigo a máxima do Ian McCulloch que uma bebedeira por mês exorciza os diabos internos. Também os japoneses acham que os bêbados estão sendo visitados por deuses. No entanto, esses deuses não tem carteira de motorista.
segunda-feira, junho 30, 2008
Bafómetro neles!
Você logo nota quando tem grupo de lobbistas atrás da notícia, quando os jornais começam a chamar a lei que tenta controlar motoristas bêbados como “lei seca”. Lei Seca é quando NADA de álcool pode ser consumido LUGAR NENHUM, nem em casa, nem nos restaurantes, nem nos bares. A nova lei só não deixa quem beber, dirigir. São com pequenos detalhes assim que esses grupos de interesse corporativo começam a minar normas que contrariam seus intere$$es.
A lei que tenta evitar mortes no trânsito causadas por motoristas alcoolizados está gerando um tremendo debate. Eu vou ser claro quanto ao meu posicionamento: sou totalmente a favor. Não gosto de repressão. Acho que cada um tem o direito de fazer o que quiser com seu corpo. Sou a favor da liberação das drogas, do aborto, de deixar quem quiser encher a cara quando quiser. Desde que não prejudiquem os outros.
É balela dizer que você consegue dirigir com um copo de chope na cabeça. Em primeiro lugar, que chope sempre é consumido no plural, nunca no singular. Em segundo lugar, o motorista sempre acha que está em condições de dirigir. Acho que nós, que buscamos uma sociedade sem governos em nossas vidas privadas, devemos assumir a responsabilidade que esse tipo de liberdade demanda. Saímos com amigos, um não bebe. No meu caso, não é nenhum sacrifício. E olha que sou bom de copo....
Balela também dizer que o álcool não é esse vilão no trânsito que está pintando. Mais uma vez, lobistas mexendo com números, alterando as estatísticas. É só abrir o jornal: Motorista de caminhão embriagado provoca acidente e mata quatro pessoas (Correio Braziliense, 29/junho). Quatro de cada dez motoristas parados pelo DETRAN apresentam índices de álcool superiores à 2 gramas.
O debate continua, tenho certeza que, nesse momento, muitos deputados, juízes e auxiliares de ministros estão recebendo agrados da indústria bebedeira. Assim como conseguiram eliminar a lei que impedia vender bebidas nas margens das rodovias, vão dar um jeito de ridicularizar essa e torná-la inválida.
Leiam a entrevista com o Drázuio Varela no Estadão de ontem. Muito boa, mesmo para um médico global. O perigo é que hoje, devido a facilidade econômica, o jovem tem acesso à álcool e a carros. O pior, se acha no direito de encher a cara e botar o pé na estrada. Incrível como, de um lado, defendemos maior liberdade e, do outro, acham que liberdade é o indivíduo fazer o que quer, quando quer, sem respeito aos outros.
A lei que tenta evitar mortes no trânsito causadas por motoristas alcoolizados está gerando um tremendo debate. Eu vou ser claro quanto ao meu posicionamento: sou totalmente a favor. Não gosto de repressão. Acho que cada um tem o direito de fazer o que quiser com seu corpo. Sou a favor da liberação das drogas, do aborto, de deixar quem quiser encher a cara quando quiser. Desde que não prejudiquem os outros.
É balela dizer que você consegue dirigir com um copo de chope na cabeça. Em primeiro lugar, que chope sempre é consumido no plural, nunca no singular. Em segundo lugar, o motorista sempre acha que está em condições de dirigir. Acho que nós, que buscamos uma sociedade sem governos em nossas vidas privadas, devemos assumir a responsabilidade que esse tipo de liberdade demanda. Saímos com amigos, um não bebe. No meu caso, não é nenhum sacrifício. E olha que sou bom de copo....
Balela também dizer que o álcool não é esse vilão no trânsito que está pintando. Mais uma vez, lobistas mexendo com números, alterando as estatísticas. É só abrir o jornal: Motorista de caminhão embriagado provoca acidente e mata quatro pessoas (Correio Braziliense, 29/junho). Quatro de cada dez motoristas parados pelo DETRAN apresentam índices de álcool superiores à 2 gramas.
O debate continua, tenho certeza que, nesse momento, muitos deputados, juízes e auxiliares de ministros estão recebendo agrados da indústria bebedeira. Assim como conseguiram eliminar a lei que impedia vender bebidas nas margens das rodovias, vão dar um jeito de ridicularizar essa e torná-la inválida.
Leiam a entrevista com o Drázuio Varela no Estadão de ontem. Muito boa, mesmo para um médico global. O perigo é que hoje, devido a facilidade econômica, o jovem tem acesso à álcool e a carros. O pior, se acha no direito de encher a cara e botar o pé na estrada. Incrível como, de um lado, defendemos maior liberdade e, do outro, acham que liberdade é o indivíduo fazer o que quer, quando quer, sem respeito aos outros.
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