sexta-feira, agosto 26, 2005

Não julgue um livro pela capa.


Vejam o prédio acima. Bonito, não? Moderno, equipado com tudo que um edifício deveria ter. É da Procuradoria Geral da República. Custou uma fortuna aos cofres públicos. Agora, procurem na internet ou outra fonte de pesquisa a condição das escolas públicas no Brasil. Umas sem teto, a maioria com infiltração, sem luz, sem equipamento, tinta descascando, menos carteiras que alunos. Viram no noticiário a condição da UFF? Lamentável! Quer dizer, para os juizes, tem grana. Para o ensino, não.

Tenho uma teoria que é que o desenvolvimento de um povo pode ser medido por meio dos edifícios públicos que um país constrói. A relação é inversamente proporcional, ou seja, quanto mais suntuosos, menos desenvolvido é o país. Aplicando ao Brasil, vemos que estamos no fundo do poço. Nada justifica tribunais modernos, com ar condicionado central, vidros fume, espelhos de água internos, decorados com quadros bacanas, esculturas – um templo ao desperdício. Nos países desenvolvidos, os sérios, os prédios públicos são os mais discretos possíveis. Para que chamar a atenção com a fachada, quando o serviço oferecido é o que importa?

Em Washington, a maioria dos moradores não sabe onde fica o Federal Reserve, o banco central deles. É um prédio baixinho, que não chama a atenção de ninguém. Em Brasília, basta perguntar onde fica o Banco Central do Brasil e todos apontam: é aquela torre de 21 andares, com vidro preto, terraço no meio e recheado com quadros do Portinari.

Pagam mal aos professores, mas os técnicos dos tribunais ganham uma fortuna, ainda outras compensações como ajuda-créche, ajuda-terno, etc. Enfermeiros pegam horas de ônibus para chegarem aos hospitais públicos. Os juizes têm carros com ar pagos pelo erário, com motorista 24 horas.

A vida é dura para que é mole!

quinta-feira, agosto 25, 2005

Anarquia, Oi Oi Oi!


Outro dia estava ouvindo o nosso quarto disco, e a música Sem Deus, Sem Lei me chamou a atenção. Sim, certamente é uma letra anarquista, que visa o mundo ideal, onde não precisaríamos de regras e dogmas para vivermos bem uns com os outros. Pena que a imagem do anarquista foi tão deturpada nessas últimas décadas. Ser anarquista não significa pintar um A na camiseta, cobrir o rosto com um lenço e sair quebrando vidraças, dando porrada. Pelo contrário, é muito mais difícil. Trata-se de respeitar o próximo, influenciar por meio de ações boas, jogar flores, não pedras. Criar comunidades, agir localmente, pensando globalmente. Respeitar as diferenças.

segunda-feira, agosto 22, 2005

Cariocada: a Plebe vem aí!

Atenção galera do Rio de Janeiro, Niterói e proximidades! A Plebe Rude estará fazendo dois shows, dias 8 e 9 de setembro, no Teatro Odisséia, no centro. Iremos experimentar músicas para o novo show. Servirá como um preparatório para o BMF, no dia 10. Leitores cariocas do blog, aparecam para trocarmos idéias ao vivo e dar nome aos anônimos e cara aos nomes.

Trash dos Trashes!

Imaginem um programa que mistura Hebe Camargo com Domingão do Gugu e é feito por argentinos. Imaginem que esse programa tenha um grupo de bailarinas iguais as do Faustão, com uma coreografia pior (sim, aquilo pode ficar pior!), só que desengonçadas. Imaginem que a figura central, o apresentador, está tão debilitado mentalmente pelo consumo de cocaína que precisa de outro apresentador para ficar ao seu lado ditando o que fazer. Imaginem, então, que esse outro apresentador parece um sócia do Rick Martin do subúrbio, com direito à cachecol roxo em volta do pescoço, cobrindo o terninho Armani.

Esse programa trash existe! É o Camisa 10, estrelado pelo Maradona! E é muito muito muito ruim! Trash total! Pior do que o Sílvio Santos na década de 70! E apareceu o Pelé! Que cantou com Diego! E teve uma argentina vestida de mulata tentando sambar!!!!! E apareceu uma bola-humana para dizer que sente falta das “carícias” que o Maradona fazia nela! E ele chorou para a bola!!!!

Não deixem de ver. É intragável. É trash total!