Ainda insistem em avacalhar a data tocando aquela música insuportável do Guilherme Arantes, Planeta Água. Mas o tema é dos mais sérios, pois a água é um bem escasso, ou seja, um dia vai acabar. Quando isso acontecer, tudo bem, morreremos juntos. O pior é o que ocorrerá antes: só terão acesso à água os mais ricos. Pobres serão aniquilados pela sede. Será pior que a corrida por petróleo, pois sem gasolina a vida continua, sem água, não.
E alguém se preocupa com isso? Sim, a WWF, o Greenpeace e outras organizações que, infelizmente, não apitam nada. Os políticos, que têm o dever de legislar sobre o assunto, possuem uma visão míope, que se restringe aos seus mandatos. De que adianta fazer leis que só afetará os eleitores daqui a algumas décadas se eu não estiver mais no poder? É assim que pensam. Literalmente, os burros d’água!
O Distrito Federal, de acordo com o Ibama, é um dos exemplos mais negativos no gerenciamento dos recursos hídricos. Dos três rios planejados para serem represados no intuito de abastecimento de água à população, um está inutilizado. O São Bartolomeu deveria ter sido, pelos projetos originais de Brasília, represado alguns quilômetros acima para construção de um segundo lago que viria amenizar o clima e garantir o abastecimento d´água. Devido aos condomínios e chácaras que ocuparam suas cabeceiras e boa parte das áreas que seriam inundadas, o projeto foi deixado de lado. Ou seja, permite-se o aumento da população, por meio de invasões e crescimento desordenado, mas não do acesso à água. Mais eleitores, tudo bem, mas vão passar sede. Reza o dito popular que a água é silenciosa, mas perigosa. A bomba relógio está armada.
Os bacanas que moram nos lagos desconsideram a lei e sugam sem parar do lençol freático, com sérias conseqüências para o futuro do abastecimento do DF. Fazem isso não porque são malvados e gananciosos, mas porque não existe uma política de longo prazo que eduque e, principalmente, fiscalize. Tudo para não perder votos. A água dá, a água leva. É o que vai acontecer.
Mas estou chovendo no molhado. Muitos outros também estão. Se não resulta em votos, os nossos representantes não estão interessados. Água fria não escalda pirão. Depende de nós. Águas passadas não movem moinhos, mas as urnas futuras sim.
quarta-feira, março 23, 2005
terça-feira, março 22, 2005
SHOW DA PLEBE DIA 19 DE MARÇO: KAZEBRE
O Kazebre já tem minha simpatia por ser um clube de motos. A organização é impecável, melhor camarim que pegamos nos últimos anos. Aliáis, melhor público também. Só não entendi o Iron Maiden depois que tocamos, deve ser alguma praxe do lugar, tudo bem. A reação da platéia à nova formação é inspiradora. Dá a força necessária para derrubar todos os obstáculos e seguir em frente. Conheci um monte de gente que não me lembro mais, abraços!
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