É complicado ser um cidadão eco-consciente hoje em dia. Tome, por exemplo, os malditos sacos de supermercado. Alguém pode perguntar: o que você prefere, de plástico ou de papel? Sem pensar muito, um cidadão com viés ecológico responderia: de papel, pois são biodegradáveis e os de plástico poluem. Mas daí vem o seguinte argumento:
Sim, mas matamos 14 milhões de árvores ano passado para fazer papel, isso está contribuindo para o aquecimento global.
Certo, mas sacos de plástico consomem 12 milhões de barris de petróleo e estão afixando os oceanos e matando vida marinha.
Ok, mas a fabricação de sacos de papéis criam 70% a mais de poluição no ar.
Ah, tudo bem, mas sacos plásticos criam quatro vezes mais lixo.
Considere isso: sendo mais grossos, os sacos de papel demandam sete vezes mais caminhões para transportar o mesmo número do de plástico, liberando mais poluição, contribuindo para o aquecimento global.
E assim por diante. É importante termos as informações corretas antes de tomarmos as nossas decisões. O establishmento (Estado, Corporações, Governos, Mídia) só divulga o que é do interesse deles. Pesquisem e não aceitem como certa a primeira resposta. Sejam pastores, não carneiros.
A resposta certa para a questão acima seria: nenhum dos dois, nem plástico, nem de papel. Eu levo para o mercado meu próprio saco de pano, que reuso várias vezes. Ele tem uma caveira ecológica (contradição) pintada no lado. Quando a compra é maior, levo minha mochila. Agindo localmente, pensando globalmente. Na Europa, já cobram 15 centavos por cada saco, forçando todos a usarem o seu.
Valeu, Txotxa, pelas informações acima! Acertou em cheio, me interesso por isso.
sexta-feira, agosto 29, 2008
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8 comentários:
Que legal!
isso mesmo, e pagássemos pela embalagem, pensaríamos duas vezes antes de jogar fora!
para compras maiores, bom usar as caixas de papelão mesmo, até fica mais organizado, bonitinho, e dá para colocar no carro sem distruir compras e sacolas para todo lado!
O que vai abaixo saiu na revista Wired como 10 formas de combater o aquecimento global:
1. Viva numa cidade. Prédios de apartamentos consomem menos energia no inverno do que casas, mas esta não vale tanto para cidades grandes brasileiras como São Paulo. Uma cidade bem azeitada, como Nova York, Paris ou Londres, tem transporte público que as pessoas de fato usam. Cidades favorecem, por sua arquitetura, o transporte de grandes massas de população gastando muito pouco combustível fóssil. Quem vive no campo ou em cidades menores depende do automóvel.
2. Viva em lugares quentes. É preciso menos energia para diminuir a temperatura de um ambiente do que para esquentá-lo. Ar-condicionado gasta menos energia do que aquecedor.
3. Consuma alimentos não orgânicos. Agricultura industrial é mais eficiente. Uma vaca que não foi criada com hormônios e outros truques produz menos leite e emite mais gás. Uma plantação orgânica precisa de mais terra do que uma industrial.
4. Trate as florestas como parques. Árvores são boas e sugam carbono do ar quando saudáveis. Quando já velhas ou mortas, apodrecem e emitem carbono. Deixar as florestas bem capinadas pode transformá-las em máquinas de sucção e emissão quase zero.
5. Confie na China. Nenhum país está produzindo tanta tecnologia de produção de energia limpa quanto a China. Eles têm três motivos para estar nessa posição. O primeiro é poluição atmosférica, um sério problema lá e uma das maiores causas de insatisfação popular. O segundo é a ameaça de enchentes cada vez mais constantes pelo aquecimento nas cidades costeiras. E, por fim, há o enorme mercado externo por painéis de captura de energia solar e afins.
6. Aceite engenharia genética. A agricultura é responsável, hoje, por 14% das emissões de carbono. Temos seis bilhões de pessoas para alimentar. Hora de apostar na eficiência. Modificação genética permite diminuir a necessidade de pesticidas e, principalmente, fertilizantes a base de nitrogênio. Estes fertilizantes são os maiores vilões: são feitos com gás natural, tira-se o nitrogênio, joga o carbono para cima.
7. Abandone o modelo de créditos de carbono global. É impossível monitorá-lo. A árvore que prometeram plantar na Bolívia para compensar uma viagem de avião pode ser cortada sem que ninguém veja. Localmente o sistema pode funcionar.
8. Abrace a opção nuclear. É a única fonte de energia que tem escala industrial e não emite carbono.
9. Compre um carro usado. Fazer carro joga carbono na atmosfera. Muito. Um carro menos poluente precisará rodar muitos quilômetros e queimar muita gasolina até compensar as emissões gastas para produzi-lo. O carro usado já pagou essa conta.
10. No fim, não adianta. Se EUA, Japão e Europa desligarem suas usinas termoelétricas e seus carros agora, ainda assim as emissões de Índia e China farão com que o índice de gás carbônico salte das atuais 380 partes por millhão na atmosfera para as 450 ppm em 2070. Como nada será desligado, a marca será alcançada em 2040. Precisaremos lidar com um planeta mais quente de qualquer jeito. A revista sugere que, com nossa tecnologia, estamos mais bem preparados para lidar com o aumento de temperatura do que para evitá-lo.
A Wired tem uma forma interessante de demonstar problemas por meio do sarcarsmo. é uma revista inteligente para pessoas inteligentes. Gostei muito do transcrito, João.
E foi com extremo sarcasmo que eles listaram essas dicas. No rodapé da página, vinha uma explicação de que tudo aquilo estava errado.
A produção de papel não é necessariamente anti-ecologica. É possivel fazer papel de floresta manejada, sem precisar tocar a destruição. Ainda existem os papeis mais brutos reciclados, proprios para sacos e embrulhos.
Já o saquinho plastico é uma praga.Isso deveria ser inclusive proibido.
Bom mesmo era na época da minha avó. Faziamos compra na feira usando um carrinho proprio. As vezes, quando era muita coisa, tinha uns garotos com carrinhos patinete de rolimã que levavam tudo em casa. Na quitanda do portugues a gente comprava feijão e arroz direto da saca, na quantidade que quisesse. As garrafas de refrigerante eram de vidro. Para compras menores, a minha avó tinha uma sacola de nylon, que usava sempre.
Outro ponto importante é que os consumidores, o povão em geral, esses poluem bem menos, gastam muito menos agua e energia do que a industria e o agronegocio.
Se quiserem combater mesmo esse problema, tem que pressionar primeiro esses grandes poluidores do atacado.
Contudo, não é interesse da midia vendida expor os verdadeiros vilões desse problema. Por isso pressionam em campanhas para o povo otário. Enquanto a industria e o agronegocio detona e polui horrores, somos nós que devemos ser os lixeiros ecologicos da reciclagem e economia.
Como vovó já dizia ...
Pois é João. Para ser realmente high tech, é preciso aprender com os indios e antepassados
Não saio de casa sem minha(s) sacolas(s) de pano... e quse sempre tenho que gritar "NÃO" para os coitdaos dos empacotadores que vão com uma ânsia voraz para enfiar todas as comrpas no maior número de sacolas plasticas possível :S, principalmente quando tem algo mais pesado na compra...
Não raramente faço os coitados desfazerem os pacotes e botarem tudo nas sacolas de pano. Quem sabe assim os traumatizo um pouco e eles também viram "NO PLASTIC BAGS" ativistas? hehe
Além do mais, as malditas sacolinhas plásticas são terríveis de se carregar, quando estão pesadas machucam as mãos (quando não arrebentam no meio do caminho)...
Hmmm... Acho que agora entendi... Dá para concluir que a sacolinha plástica é mais um adendo para promover o transporte individualista do automóvel particular, já que carregar várias delas pesadas no ônibus ou andar alguns quarteirões carregando-as torna-se uma verdadeira penitência!
(Será que tem a ver mesmo? Isso é que dá ficar estudando semiótica... =P)
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