Havia uma época em que as rádios ousavam e a Transamérica era uma as que saia na frente na busca de um diferencial. Para tanto criou um programa chamado Chá das Cinco, que era a transmissão ao vivo de bandas tocando no estúdio da estação. Era um risco e tanto que assumiam, pois vários riscos estavam em jogo. Por exemplo, a banda poderia ser ruim, o que iria afastar a audiência para os concorrentes. Alguém poderia falar um palavrão ou qualquer outra ofensa que geraria uma multa à rádio. Mas mesmo assim seguiram em frente com o projeto. Hoje em dia, não vejo uma estação comercial dando um espaço desses para artistas em ascensão.
Somos muito gratos à Transamérica, pois fomos escolhidos para fazer o primeiro Chá das Cinco, junto com os Paralamas, do qual foi retirado a versão entendida de Proteção, que acabou estourando a música.
O programa que estou disponibilizando aqui é um Chá das Cinco que fizemos com o Zero e o Finis Africae. Aconteceu assim: o local do encontro era a sede da EMI, em Botafogo, Rio de Janeiro. De lá sairíamos de táxi para a Transamérica. Como chegamos cedo, começamos a explorar o prédio. Entrei no escritório de um dos diretores, junto com o guitarrista do Zero, o Edu, e descobrimos ouro! Ouro líquido, para ser mais exato, uma garrafa de J. Walker Red dentro de uma gaveta. Não tivemos dúvida e secamo-la no ato. Não foi uma decisão muito esperta.
Claro que o álcool subiu direto ao cérebro e chegamos na estação de rádio já pensando torto. Não que isso comprometesse a execução das músicas, pois, afinal, somos roqueiros, há há há. Sei que teve uma hora que me perdi nos corredores da Transamérica, não sabia voltar ao estúdio. De repente, me deparo com uma central telefônica cheia de botões. Apertei todos enquanto gritava no transmissor: “emergência, emergência no estúdio, rápido, rápido!” Sei que quando consegui voltar ao local mais da metade dos funcionários da rádio estavam lá querendo saber onde estava a tal emergência!
Outro fato gozado que merece comentar. Quando o Zero foi tocar agora eu sei, pediram para o Philippe fazer o papel do Paulo Ricardo, que, na música original, cantava “o que isso me trás de dor.” Só que o sacana cantou “e isso atrás que dor!” O Guilherme Isnard não ficou nada satisfeito.
Ouçam aqui, Plebe e Zero e Finis no Chá das Cinco, em 1998.
domingo, março 18, 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
20 comentários:
André X, fui fazer o download e me pediu uma senha, não sei qual foi o caso, se possivel ve ai, pra gente poder conseguir mais uma raridade da plebe.
Esse programa da Transamerica foi uma idéia realmente muito interessante, coisa que remonta a época de ouro das rádios, quando Emilinha Borba e Pixingunha mandavam ver, ao vivo e no ar.
Muito legal tambem a sua estória sobre os bastidores disso. As "traquinagens"foram hilárias.
A única coisa que eu não gostei, isso não é culpa sua, é claro, foi o nome "Chá das Cinco". Esse nome soa meio aristocratico demais. Isso cria uma atmosfera de "boiolização" para o programa.
Ficaria melhor se fosse "Chá com Porrada". Lembra do Nicholas Behr, irmão do Alemão?
fala, andré
outro lugar legal pra publicar conteúdo da plebe é o www.archive.org
e tem tbm o www.estudiolivre.org basta se cadastrar e publicar as músicas no acervo livre.
o rapid share é mto chato!
O link está com uma parte do bcb que redireciona mas pede senha
usem o link sem ele assim -> Aqui
Pronto, arrumei o problema do link. Uso o Rapidshare pq só conheco esse, mas se souberem de algo melhor, postem aqui, detalhando o como fazer. Sou um leigo!
Não é que o Rapidshare é ruim ele só é o mais famoso... e você baixando algo tem que esperar um tempo até poder baixar denovo.
Tem outros legais como:
www.badongo.com
www.sendspace.com
www.turboupload.com
André eu tenho upado esses shows ai se quiser eu te mando os outros ai você faz o post.
flw.
Pessoal,
O RapidShare tem marra de cobrar dinheiro. Para o RapidShare, o certo é voce pagar um dinheiro para eles, pelas musicas que são dos outros.
No RapidShare tambem existe a opção gratis, mas tem uma certa burocracia. Tem que esperar uma contagem regressiva irritante. Me parece que voces não estão entendendo esse processo.
André,
Quer mesmo saber de algo melhor? Te recomendo então o MULTIPLY.
É no Multiply que eu distribuo musica gratis para a macacada. O download do Multiply é sem burocracia. A operação para colocar as musicas tambem é fácil.
Veja um exemplo:
http://renkenfren.multiply.com/music
Da fase que menos gostei da Plebe, a do Mais Raiva, que nem tinha Jander, o show linkado abaixo de 1993 no Circo é ótimo, mesmo com a má qualidade do som. O Philippe mudou as linhas dos vocais, pois cantava sozinho e não é que ficou legal, como, por exemplo, em Seu Jogo, com um acento de hard-rock. Além disso, tinha muitas músicas incidentais, de Rusty Cage a Jailbreak e outras que não consegui identificar. O Philippe tava inspiradíssimo, como ao avisar: "cuidado, chamem os seguranças, cuidado meninas, agora a coisa vai ficar foda". E começava Jonnhy.
Aqui em BH, até pouco tempo atrás, rolava o Macaco de Auditório, pela 98FM (uma merda de rádio). Capital, Ira, J.Queste e Skank fizeram o programa algumas dezenas de vezes.
André,
Qual a relação da Plebe com o Zero? Vc já comentou sobre várias bandas de SP, exceto a Zero, banda que gostava muito.
Não reparei o philipe mudando a letra não...
Coloquei o link desse blog no meu Multiply. Espero que voce autorize. Qualquer coisa, me fale que eu tiro do ar.
http://renkenfren.multiply.com/links
cara, essas gravações são o que há! tinha várias delas em k7 e agora é mais legal ouvir em mp3. valeu aí.
André X,
aqui o tuga (portuga) gosta do www.yousendit.com
é facil de usar.
Este programa foi de arrepiar!!!
Muito bom mesmo!..
"Brasília" teve um final bizaaaarro!!!! :D
E o Philippe fala mesmo "isso atrás que dor!" bem no final da música!..
Apesar da brincadeira do Philippe, tenho certeza que o Isnard não tem nenhum grilo com a Plebe, segundo o que ele mesmo falou, quando perguntei a ele se teria prazer em reencontrá-los (Plebe) nos palcos: "Forçação de barra nenhuma.
ZERØ e Plebe, fizeram muitas parcerias bacanas nos 80's.
Várias vezes dividimos palcos e temporadas. As brincadeiras são mais do que naturais.
As portas sempre estarão abertas pros velhos amigos." Diz ele.
X,
não consegui registrar o meu comentário do Isnard com a minha assinatura. Só como anônimo. Será que dei algum motivo para ser bloqueda?!?!?!
kkkkkk.
Beijos,
Ellen Petersen.
Sem ofender..mas esse Isnard e o Zero..São muito chatos..eca!
O Philippe fez uma guitarra no álbum do Zero lançado em 2001
Caro André, aqui fala um fãzaço dakeles anos (não ânus!).
Cá estou em junho de 2016 me divertindo com esse post e venho mendigar.
Gostaria de saber se vc tem e poderia postar (se não o fez) o Santo Graal dos Chá das Cinco, que é justamente o primeirão de todos quando a Plebe participou com a Finis Africae e os Paralamas. Tenho algumas partes e sonho há décadas em conseguir o programa inteiro. Será q vc salva? rsrsrs
Grande abraço!!
Postar um comentário