Querem disco de graça? Que tal acessar o site www.rapcats.com e baixar as músicas e a capa do disco Liberation, dos visionários do hip hop Talib Kweli e Madlib. Tudo bem, talvez hip hop de vanguarda não seja a sua praia, mas vale a pena ficar de olho na atitude inusitada da dupla. Você entra no site, tem informação sobre os músicos e um link para baixar as dez músicas zipadas e um pdf da capa em alta resolução.
O que acho legal nisso é o fato de estarem dando um by-pass na gravadora. Estão entrando para o que o Thomas Friedman chama de “achatamento” que nada mas é que a colaboração direta entre pessoas, entre empresas e, nesse caso, entre artistas e fãs. Sem intermediários. Sem taxas embutidas de comercialização. Sem gordura. Direto de quem fez para quem quer ouvir.
Imagine se essa onda pega, vamos viver uma fase revolucionária nos relacionamentos musicais. As bandas vão ser responsáveis pelo seu futuro, várias inundarão a internet, mas só as melhores sobreviverão. Sem jabá, sem manipulação da mídia. Sendo o que importa mesmo para o artista é o show, que a música seja de graça!
Estou tentando convencer meus companheiros a fazer algo semelhante, tipo gravar uma música inédita e disponibilizar para quem quiser baixar no nosso site. Algo como um presente de começo de ano. Se não me engano o pessoal da Monstro Discos fez algo semelhante. Tomara que mais artistas sigam esse caminho. O mundo está aí para a gente fazer o que quiser, a tecnologia permite tudo. Estão esperando o quê?
quinta-feira, janeiro 04, 2007
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4 comentários:
É verdade, o MQN (banda do Fabrício Nobre, um dos cabeças da Mostro Discos) fez isso. A banda lançará 5 compactos de vinil em tiragem limitada, só para os que curtem o formato. Uma música de cada lado e um certo intervalo entre os lançamentos. A medida em que vão sendo lançados, as músicas ficam disponíveis no site, pra quem quiser baixar. é uma idéia legal, fugindo da maracutaia que impera hoje em dia. O primeiro compacto já foi lançado, e as músicas "Buzz in my head" e "Speed bullet" já podem ser baixadas.
Sugestão para música inédita:
- Should I stay or should I go - versão Plebe
- Algum Lado B da Plebe
- Seu Jogo com o Clemente cantando.
- Aurora versão 2006.
- Músicas menos conhecidas da Plebe, como: Consumo, 48, Não tema
- Qualquer música da Plebe com a participação dos Plebeus de Brasília no estúdio do Phillipe...
E aí, topas??
Saudações e excelente ano para todos nós.
Daniel - Plebe na pele
André, sem querer puxar a sardinha da minha banda no teu blog, não posso deixar passa a oportunidade para dizer que os Resistores (http://www.myspace.com/resistores) nasceram com o modelo virtual como a ferramenta principal para divulgação. Com o uso do Creative Commons (http://creativecommons.org/) qualquer um pode regular como, quando e aonde sua música pode ser usada ou difundida. Os Resistores defendem o livre download das músicas postadas no MySpace. Me parece o caminho óbvio da nova era. Como sabemos, a nova mídia são os Mp3 players, tanto que até a forma de mixar e masterizar musica nos estúdios passará a ser otimizada para o formato. Nossos CD players já são itens "vintage" juntos com os toca-fitas e toca-discos. Acho que você deveria tomar a frente e inundar os seus companheiros com leitura sobre o assunto e links da internet, já que 'alforriar' a música não é um conceito fácil de assimilar. Mas, definitivamente é o futuro.
Tem uma música que achei no google do Philippe em sua jornada solo, era chamada algo como "Querosene, agua benta, Santarem" e não sei porque não entrou no R ao Contrario. Poderia ser uma a ser disponibilizada. Cara, o mundo realmente está mudando em tudo. Como é que o YouTube pode valer 1 bilhão e meio de dólares?
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